O plástico, como conhecemos hoje, foi criado em 1920 por um químico alemão que descobriu a estrutura molecular dos polímeros. Seu nome tem origem na palavra grega “plastikos”, que significa “que pode ser moldado”.
Porém, os estudos que levaram até essa descoberta começaram por volta de 1860, quando o químico e inventor britânico Alexander Parkes descobriu o nitrato de celulose, a chamada “parkesina”, um material altamente flexível, impermeável e com características de opacidade.
Ao longo dos anos, muita coisa mudou e esse material foi sendo aperfeiçoado. Pesquisadores identificaram possibilidades na variação das características de cada polímero, diversificando seus tipos. Assim surgiu a divisão dos plásticos em: termoplásticos (podem ser reciclado) e termorrígidos (não são recicláveis).
Tipos de plásticos recicláveis
Como nem todos os plásticos podem ser reciclados, aqueles que têm essa propriedade são representados por um triângulo formado por três setas e com um número de identificação para a classificação quando chegam ao centro de reciclagem.
O uso dessa simbologia nas embalagens não é necessariamente obrigatório, mas é amplamente utilizado pelos fabricantes, pois facilita o processo de separação e reciclagem dos materiais. A numeração vai de 1 a 7. Os plásticos representados pelos números de 1 a 6 são, geralmente, reciclados.
Tipos e características dos plásticos recicláveis
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1 – PET (Tereftalato de Polietileno)
O PET é um dos plásticos recicláveis mais comuns, formado pela reação entre o ácido tereftálico e o etileno glicol. Normalmente, usado na produção de frascos e garrafas para alimentos, como é o caso das garrafas de refrigerante e água, além de embalagens de medicamentos e cosméticos. Trata-se de material transparente, inquebrável, impermeável e leve.
Sua desvantagem é ser feito a partir do petróleo, uma fonte não renovável, e quando misturado a outros tipos de materiais, como fibras de algodão, torna-se inviável para reciclagem.
2 – PEAD (Polietileno de Alta Densidade)
O PEAD é comumente utilizado para fabricação de tampas e embalagens, como é o caso dos frascos de amaciantes, alvejantes, shampoos, detergentes e óleos automotivos; bem como, sacolas de supermercados, potes e utilidades domésticas.
É muito utilizado por ser inquebrável, resistente a baixas temperaturas, leve, impermeável, rígido e com resistência química. Pode ser obtido a partir do petróleo ou de fontes vegetais. Nesse último caso, temos o chamado plástico verde.
3 – PVC (Policloreto de Vinila)
O PVC é formado por 57% de cloro e 43% de eteno (derivado do petróleo). Tem como característica ser mais rígido, transparente (quando desejável), impermeável, e inquebrável.
Popularmente conhecido por seu uso na construção civil, em tubulações de água e esgoto, é também comumente encontrado em embalagens como as de óleos comestíveis, água mineral e potes de maionese. Além disso, é bastante utilizado em produtos mais resistentes, como cones de sinalização, calhas e até mesmo brinquedos. Apesar da reciclagem do PVC ser possível quando o material é bem separado, esse tipo de plástico é um dos que apresenta maior dificuldade quando chega aos centros de triagem.
4 – PEBD (Polietileno de Baixa Densidade)
O PEBD, é um tipo de plástico muito utilizado por ser flexível, leve, transparente e impermeável. Pode ser obtido a partir do petróleo ou de fontes vegetais, neste último caso chamado de plástico verde.
Usado para fabricar sacolas para supermercados e lojas, embalagens de leite e outros alimentos, como pães, frios e embutidos, bem como sacos de lixo e materiais hospitalares.
5 – PP (Polipropileno)
O PP é um tipo de plástico reciclável produzido a partir do gás propeno. Tem como características ser inquebrável, transparente, brilhante, rígido e resistente a mudanças de temperatura, além de conservar bem aromas.
Muito utilizado em filmes para embalagens e alimentos, na fabricação de produtos industriais e da construção civil, como cordas, tubos para água quente, fios e cabos. Também tem sido utilizado em frascos, caixas de bebidas, autopeças, potes e utilidades domésticas. Possui propriedades semelhantes às do polietileno, mas com um ponto de amolecimento mais elevado.
6 – PS (Poliestireno)
O PS possui características como leveza, capacidade de isolamento térmico, baixo custo, flexibilidade e é moldável sob a ação do calor, o que o deixa em forma líquida ou pastosa.
Usado para fabricar potes para alimentos, como iogurtes, sorvetes e doces, frascos, em partes de eletrodomésticos, como a parte interna de portas de geladeiras, em brinquedos e em alguns produtos descartáveis, como copos plásticos e aparelhos de barbear.
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O processo de reciclagem do plástico pode ser realizado de três formas: a reciclagem física ou mecânica, a química ou de resina, e a energética. Cada um conta com características próprias e usos distintos:
1 – Reciclagem mecânica
É o tipo mais comum de reciclagem de plásticos. O processo começa com a coleta do material, tanto de resíduos industriais, como de coleta doméstica. Em seguida, o plástico passa por uma limpeza e triagem, para que seja analisado o que será aproveitado. Depois disso, o processo de reciclagem é iniciado. Todo o material é reduzido a pequenos grãos, sem que isso modifique suas propriedades físicas, que servirão como matéria-prima para a produção de outros produtos. Esse tipo de reciclagem é visto em cooperativas de coleta seletiva.
2 – Reciclagem química ou de resina
Trata-se de um processo mais complexo, já que o plástico passa por uma transformação química capaz de fazê-lo retroceder à sua condição anterior. Esse procedimento é conhecido como logística reversa. O objeto plástico retorna à sua condição inicial por meio de manipulações químicas, que envolvem a aplicação de solventes, ácidos, calor, entre outros processos químicos.
3 – Reciclagem energética
No caso da reciclagem energética, o material recolhido é transformado em energia termelétrica, em um processo em que o plástico reciclável é submetido a altas temperaturas, e o vapor que resulta dessa incineração é convertido em energia capaz de movimentar hélices conectadas a turbinas. Desse movimento, para cada 1.000 quilos de plástico reciclado, são produzidos 640 Kwh.
O processo ocorre devido à composição do plástico, que é derivado do petróleo, capaz de produzir energia suficiente para substituir o óleo diesel e demais combustíveis fósseis quando aquecido.
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