Portugal é o pior país da União Europeia no tratamento de Resíduos de Equipamentos Eléctricos e Electrónicos (REEE), ficando abaixo da média europeia (45%), segundo dados do Eurostat. Apenas 32% dos REEE foram recolhidos em 2020, muito abaixo da meta europeia de 65%.
Em 2020, os equipamentos colocados no mercado chegaram às 212 mil toneladas, e a recolha não ultrapassou as 59 mil toneladas.
Segundo a Zero, existe subfinanciamento do sistema de gestão dos REEE, porque são muito baixos os valores que as empresas que criam os equipamentos pagam às entidades gestoras dos REEE, quando os equipamentos se tornam resíduos.
A Zero defende que os equipamentos elétricos e eletrónicos deviam ter um sistema de depósito/retorno como as embalagens de bebidas de plástico e vidro, de forma a que as pessoas recebessem o valor do depósito pago inicialmente quando compram um novo equipamento e entregam o antigo.
As empresas quando entregam, por exemplo, um frigorifico novo, muitas vezes não recolhem o frigorífico velho, não cumprindo a lei. Muitas vezes a recolha dos frigoríficos, como se viu numa reportagem da SIC, é feito por transportadoras que os vendem a sucateiros.
O mercado paralelo da reciclagem, em Portugal, fica com muitos destes electrodomésticos em fim de vida. De acordo com um estudo da Eletrão, três em cada quatro equipamento elétricos e eletrónicos usados e colocados na via pública ou nos circuitos municipais vão parar ao mercado paralelo.
Uma solução para este problema é que ocorra inspeção junto dos retalhistas para acederem às informações relativamente aos equipamentos que foram vendidos e os que foram recolhidos.
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