Em relação à Europa, a directora-geral do FMI prevê que metade dos países da União Europeia, cujas economias foram "severamente atingidas" pela guerra na Ucrânia, entrará em recessão em 2023.
A economista destaca como principal preocupação o abrandamento da economia chinesa, considerando que, “pela primeira vez em 40 anos, o crescimento em 2022 provavelmente será igual ou inferior ao crescimento global”. Paralelamente, a esperada “explosão” de casos de covid-19 nos próximos meses provavelmente afectará ainda mais a economia chinesa este ano e prejudicará o crescimento regional e global.
"Os próximos meses serão difíceis para a China, e o impacto no crescimento chinês será negativo, o impacto na região será negativo, o impacto no crescimento global será negativo", afirmou Kristalina Georgieva.
As perspectivas para a economia dos EUA são melhores, com a economista a admitir que poderão evitar a contracção total que provavelmente afectará até um terço das economias do mundo.
Os "EUA são mais resilientes", disse, e "podem evitar a recessão. Vemos que o mercado de trabalho continua bastante forte".
Kristalina Georgieva salvaguarda, contudo, que esse facto por si só representa um risco porque pode prejudicar o progresso que a Reserva Federal norte-americana (Fed) precisa de fazer para trazer a inflação dos EUA para perto do seu nível desejado, de 2%. "Isso é... uma bênção mista, porque se o mercado de trabalho estiver muito forte, a Fed pode ter de manter as taxas de juros mais rígidas por mais tempo para reduzir a inflação", disse.
Entretanto a ExxonMobil está a processar a União Europeia numa tentativa de acabar com o novo imposto sobre as empresas petrolíferas. Em Setembro, a Comissão Europeia lançou um plano de emergência para as grandes empresas petrolíferas, de gás e de carvão para pagar uma "contribuição de crise" sobre os seus lucros acrescidos e imprevistos em 2022. A Exxon argumenta que o imposto mina a confiança dos investidores e desencorajaria o investimento
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