Em toda a Europa, a dependência de pesticidas põe em perigo a nossa alimentação, a nossa saúde e as nossas comunidades. Agora, uma conquista importante que significaria o fim dos agrotóxicos está ameaçada pela ganância das corporações agroalimentares.
50% de redução é pouco. Além disso, há países que encaram mal a medida proposta por Frans Timmermans. 2030 é uma meta em que as ONGA vão empenhar-se ainda mais numa Europa menos aditiva. Consultar o relatório da Greenpeace.
A Comissão Europeia quer reduzir pela metade o uso de pesticidas químicos até 2030 sob sua nova proposta de sustentabilidade e biodiversidade. Bruxelas insiste que não é uma proibição total de seu uso, embora a meta de 50% seja juridicamente vinculativa.
“Até 2030, metade dos pesticidas químicos deve ser substituída por alternativas, com práticas como rotação de culturas e tecnologias como a agricultura de precisão. Também propomos a proibição de todo uso de pesticidas em áreas sensíveis, como escolas, hospitais, parques e áreas de trabalho e de recreio ", explicou o vice-presidente da Comissão Europeia, Frans Timmermans, em conferência de imprensa posterior.
Caso a proposta avance, os Estados-Membros terão de apresentar relatórios periódicos sobre o seu progresso ao abrigo deste novo regime. Além disso, os fundos europeus estarão disponíveis nos próximos cinco anos para cobrir o custo dos novos requisitos.
Mas muitos governos já se opõem aos novos planos. Eles acreditam que, com a atual crise alimentar, não é o momento certo. "O momento para fazer esta proposta é completamente inapropriado porque estamos em um ponto onde a comida é necessária na Europa. Estamos novamente num debate sobre segurança alimentar na Europa e propor estes dois regulamentos agora é simplesmente inapropriado", disse Herbert. Dorfmann, Deputado do Partido Popular Europeu.
Os planos também incluem uma meta obrigatória de recuperação da natureza para os países repararem 20% dos ecossistemas danificados até 2030. O Comissário Europeu para o Ambiente, Virginijus Sinkevičius, explicou à Euronews que esta ideia é benéfica para todo o mundo. “Temos de deixar de viver na ideia de que agir a favor da natureza, recuperar a natureza, é só custos e não benefícios. A nossa avaliação de impacto mostra que um euro investido traz oito euros de benefício”, defendeu o lituano.
Um dos principais objetivos é reverter o declínio de polinizadores, como as abelhas, que, segundo especialistas, aumentam a produtividade agrícola e ajudam a recuperar os ecossistemas de forma natural. Os planos devem ser aprovados pelo Parlamento Europeu e pelo Conselho da União Europeia antes de se tornarem lei.
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