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domingo, 30 de outubro de 2022

Samuel Beckett- À Espera de Godot - En attendant Godot - Waiting for Godot

Filme completo de Michael Lindsay-Hogg (2001, legendado, em Português) aqui

Norte Global, Sul Global, Oriente, Ocidente- tudo belo e diverso e com contributos lindos. Só o ódio mina esta riqueza da ecologia humana. Não há tempo a perder. É relembrando todos e todos os dias  com obras certas.

À Espera de Godot – um título que se tornou proverbial em todo o mundo. Talvez nenhuma outra peça do séc. XX tenha conhecido um alcance tão expressivo, tão global.

“O apelo que ouvimos se dirige antes a toda a humanidade. Mas neste lugar, neste momento, a humanidade somos nós, queiramos ou não. Aproveitemos enquanto é tempo. Representar dignamente, uma única vez que seja, a espécie a que estamos desgraçadamente atados pelo destino cruel.”
 


“Let us do something, while we have the chance! It is not every day that we are needed. Not indeed that we personally are needed. Others would meet the case equally well, if not better. To all mankind they were addressed, those cries for help still ringing in our ears! But at this place, at this moment of time, all mankind is us, whether we like it or not. Let us make the most of it, before it is too late! Let us represent worthily for one the foul brood to which a cruel fate consigned us! What do you say? It is true that when with folded arms we weigh the pros and cons we are no less a credit to our species. The tiger bounds to the help of his congeners without the least reflexion, or else he slinks away into the depths of the thickets. But that is not the question. What are we doing here, that is the question. And we are blessed in this, that we happen to know the answer. Yes, in the immense confusion one thing alone is clear. We are waiting for Godot to come"


Embora já conhecido de alguns círculos pela sua produção literária, como autor de poemas e romances, o nome de Beckett projetou-se internacionalmente com a estreia da sua primeira peça "À Espera de Godot", que causou celeuma em Paris, em 1952. É legítimo afirmar que, na noite em que estreou esta “tragicomédia em dois atos”, Samuel Beckett alterou por completo não apenas a literatura dramática, mas a própria condição teatral. Numa estrada, junto a uma árvore, duas criaturas sem eira nem beira, saídas de um vaudeville ou do cinema mudo, entretêm-se com jogos e picardias, rindo e chorando, discutindo tudo: um par de botas, os Evangelhos, o suicídio… Aguardam por alguém que não chega, que nunca chega: Godot, personagem-mistério que Beckett sempre se recusou a identificar com Deus, porque, mais do que aquilo que esperamos, lhe interessava realçar o que acontece enquanto esperamos. Na época, os críticos especulavam que o nome Godot seria uma corruptela de God (Deus).



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