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sábado, 24 de setembro de 2022

Literatura Gótica


Gosto imenso de literatura gótica, do macabro, contos repletos de escuridão, masmorras de castelos medievais, bruxas, vampiros, lobisomens, criptas, transumanismo, cyborgs, a morte, a arte fúnebre, pós-morte, druídas, feitiçaria, feitiços, monstros humanos e extraterrestres. Gosto de autores que explorem ambientes sombrios e usem o sobrenatural. Que usem de recursos filosóficos da  mitologia grega, mitologia hindu, mitologia céltica, mitologia dos povos indígenas, mitologia cristã e paleo-cristã, do misticismo, em geral.

No geral a literatura gótica baseia-se na sombra, do mais enigmático da psicologia e na espiritualidade.  Distingue-se da literatura de terror/horror, pois esta baseia-se mais em zombies (mortos-vivos), necrofilia, cenas sanguinárias, casas assombradas, fenómenos paranormais, canibalismo, satanismo, exorcismo, sociopatas, massacres com armas violentas (punhais, machados, serras-eléctricas, etc), visões de crianças inocentes e culto do pavor. No início dos anos 2000, houve uma onda de cinema francês com forte caráter gore e tortura . Dentro dessa tendência sangrenta e descarada, Mártires foi uma joia que não só gerou polémica pelas suas cenas de violência explícita ao extremo, como também levantou bolhas por suas críticas ao fanatismo religioso e à fé.

Faz parte da literatura gótica personagens melodramáticas: donzelas, cavaleiros, seres vis; e uma simbologia repetitiva: mistérios que surgem de tempos passados, manuscritos ocultos, previsões do futuro, imprecações. Algumas obras recorrem igualmente à psicologia do terror – o pavor, a insanidade mental, os abusos da sexualidade, entre outros temas; a esfera transcendental – espíritos, seres demoníacos, monstros alienígenas; meditações sobre a esfera do Poder – sistema colonial, as tarefas que cabem ao feminino, etc. -; debates políticos – monarquia, república, revoluções, estética nazista, estética soviética; tópicos religiosos – Inquisição, Cruzadas, etc.

Origem da palavra Gótico
O primeiro autor a referir-se ao termo gótico relacionado com literatura foi Addison nos seus ensaios. No entanto, utiliza este termo como sinónimo de bárbaro. A obra de Tobias Smollet " The Adventures of Ferdinand Count Phatom" (1753) também possui alguns dos elementos góticos. Mas é só a partir da obra The Castle of Otranto (1764), da autoria de Sir Horace Walpole, que a verdadeira literatura de cariz gótico entra nos círculos literários. Esta obra, apesar de todas as suas inverosimilhanças, teve uma grande influência para os autores que se seguiram. É a partir dela que se começa a utilizar o terror, o sobrenatural e o macabro como possíveis fontes de ficção. O submundo do inconsciente não entrava, porém, nas criações de Walpole. O uso que faz do termo gótico deve-se à sua preocupação em reconstituir o ambiente medieval – logo longínquo – que permitiria o uso da superstição, de ambientes misteriosos e terríficos.

A palavra gótico tem origem numa tribo germânica, os Godos, que por volta do século II a.C. se tinha instalado nas margens do Báltico. Esta palavra entra no vocabulário significando germânico e mais tarde, com o Renascimento e o Iluminismo, medieval. Gótico seria tudo o que dissesse respeito à Idade Média, vista como a Idade das Trevas e associada à brutalidade, às superstições e ao feudalismo. Assim, e até ao século XVIII, a palavra era usada de forma depreciativa.

Em arquitectura, o estilo gótico surge em meados do século XII e prospera até ao século XVI. Este estilo expressava a essência da fé católica, preocupada em criar um ambiente onde se sentisse a presença de Deus, incorporando algum simbolismo pagão – as gárgulas são um bom exemplo disso. A arte e arquitectura góticas tinham por objectivo criar um efeito sobrenatural e mágico no espectador, evocando uma espécie de terror, vulnerabilidade, temor, o sentir-se à mercê de um poder superior – ponto de vista do mundo medieval – e é isso que é recuperado em muitos dos romances gótico. Desta forma, a ligação entre o termo artístico gótico e o termo literário, encontra-se na ênfase que ambos dão às emoções.

No Século XVIII, e ao mesmo tempo que o Romance se estabelecia como forma literária, houve, por parte de alguns autores, um interesse por tradições mais antigas e orais, pelas sagas e baladas islandesas, nórdicas e celtas e pela literatura da Idade Média. Isto seria uma reacção contra algumas das ideias do Iluminismo. Muito do imaginário do que futuramente se denominaria literatura gótica, existia já nos elementos sobrenaturais das baladas e nos excessos dos romances de cavalaria medievais. É na primeira metade desse século que aparece também a Graveyard School of Poets (Os Poetas do Cemitério). Poetas como Thomas Parnell, Thomas Gray e Edward Young, que escreviam longos poemas meditativos sobre a morte e a imortalidade da alma, normalmente passados em cemitérios, lançaram algumas das sementes do movimento gótico. Os principais objectos poéticos destes autores eram os cemitérios, a noite, as ruínas, as almas penadas, a morte, todos eles futuros temas do romance gótico.

O século XVIII foi o século do revivalismo gótico, primeiro na arquitectura e jardinagem e só depois na literatura. O Romantismo, como movimento literário, dava preferência ao esplendor, ao pitoresco, à felicidade dos tempos passados, ao sublime espectáculo da natureza, à paixão e à beleza extraordinária. Era considerado o oposto do clássico. O gótico distinguia-se pelo seu fascínio pelo horrível, pelo repelente, pelo grotesco e sobrenatural, pelas atmosferas de mistério e suspense, pelo medieval. A junção desses elementos faz com que surja o romance gótico.

A escola gótica inglesa demonstrou-se sempre fiel à preocupação didáctica do século XVIII, que justificava o uso da crueldade e da perversidade como forma de glorificar a virtude – que no final sempre triunfava. Na sua essência, este tipo de romance é, primeiramente, um romance sentimental onde intervém o sobrenatural. O seu esquema fundamental implica uma donzela virtuosa, um herói apaixonado e um vilão que não olha a meios para obter os seus fins. A isto acrescentam-se as forças ocultas do sobrenatural e um ambiente tenebroso. Alguns dos elementos que constituem este romance gótico são, entre outros, os seguintes: a existência de um antigo manuscrito; a magia; os fantasmas ou espectros; a loucura e os sonhos proféticos; um castelo antigo ou em ruínas; as obras de arte, armaduras e espadas ferrugentas; os crimes e imenso sangue; a religião católica; a Itália; e a Natureza como leit-motif.

O romance gótico fica estabelecido e muitos autores viram no romance de Walpole uma boa fonte de inspiração, como é o caso de Clara Reeves com o romance The Champion of Virtue. A Gothic Story, publicado em 1777, mais conhecido pelo nome com que é reeditado no ano seguinte: The Old English Baron. 

No século XVIII racionalista, a incongruência do romance gótico encontrava-se na intervenção do sobrenatural. Isto foi resolvido por Ann Radcliffe que, no final dos seus romances, explicava sempre o sobrenatural por elaboradas causas naturais. É com os romances de Radcliffe que o gótico, com os seus elementos de terror e suspense, se assume como uma moda literária. Dos seus seis romances góticos, o mais famoso é, sem dúvida, The Mysteries of Udolpho, de 1794. É também a partir de Ann Radcliffe que as histórias passam a ser góticas, não por serem passadas em tempos distantes e medievais, mas pelo seu cenário. Há uma tentativa de aproximação do romance aos tempos mais próximos.

Se com Radcliffe se concretizou o «terror» gótico, é com Matthew Gregory Lewis e o seu romance The Monk publicado em 1796, que a violência brutal e os pormenores macabros passam para o romance e se concretiza o «horror» gótico. Lewis é o mais alto expoente da influência da escola gótica alemã em Inglaterra. A preocupação com a glória da virtude não existiu nesta escola, deixando espaço para a criação de formas de terror mais violentas por parte de Lewis.

Ernst Theodor Amadeus Wilhelm Hoffmann (Königsberg, 24 de janeiro de 1776 – Berlim, 25 de junho de 1822), mais conhecido por E. T. A. Hoffman, foi um escritor romântico, compositor, desenhista e jurista alemão, sendo sobretudo conhecido como um dos maiores nomes da literatura fantástica mundial.
As suas histórias foram a base da famosa ópera de Jacques Offenbach, Os Contos de Hoffmann, em que Hoffman aparece como personagem. O balé O Quebra-Nozes de Piotr Illitch Tchaikovsky foi baseado no seu conto "O Quebra-Nozes e o Rei dos Camundongos", o ballet Coppélia foi baseado em outros contos seus e a Kreisleriana de Robert Schumann é baseada no personagem Johannes Kreisler, criado por Hoffmann.

Este período foi fértil em autores e obras. Nomeadamente: Lord Byron (Horas de Lazer; Poetas Ingleses e Críticos Escoceses; A Peregrinação de Childe Harold; O prisioneiro de Chillon; Manfred; Beppo; Don Juan) e William Blake  (Songs of Innocence; Book of Thel; A Song of Liberty; The Marriage of Haven and Hell; Songs of Experience; The Song of Los; Milton; Everlasting Gospel; Jerusalem)
 
A última grande figura do panorama gótico desse século é, indubitavelmente, Charles Robert Maturin que, com o romance "Melmoth, the Wanderer" (1820), faz com que o gótico atinja altitudes nunca antes vistas, em que o medo sai do reino do convencional e desaba sobre a humanidade. O terror inspirado é ao nível do espírito.

Já no século XIX, o gótico continua a proliferar e os romances góticos, tanto Ingleses, Franceses como Alemães, continuam a aparecer em abundância: Edgar Allan Poe; Charles Baudelaire; Mary Shelley: (Frankenstein ou O Moderno Prometeu),  Lewis Carroll e as suas obras "Alice no País das Maravilhas"; "Alice no País do Espelho"; "Algumas Aventuras de Silvia e Bruno"; "Rimas do país das maravilhas"; "A caça ao Turpente" e Rudyard Kipling ("The Phantom Rickshaw," "The Strange Ride of Morrowbie Jukes," e "The Mark of the Beast" )

No final do séc. XIX surgem expoentes da literatura gótica Brasileira -Álvares de Azevedo, Augusto dos Anjos ("Saudade"; "Eu e Outras Poesias"; "Psicologia de um Vencido"; "Versos íntimos") e Cruz e Souza ("Tropos e Fantasias"; "Missal e Broquéis"; "Evocações"; "Faróis"; "Últimos Sonetos").

Em Portugal alguns poemas de Bocage e no início do séc. XX a grande poetisa Florbela Espanca, em especial:  "Livro de Mágoas"; "Livro de Sóror Saudade"; "Charneca em Flor"; "Juvenília"; "Reliquiae" e "Sonetos Completos".

Nos EUA, Charles Brockden Brown é o responsável pela difusão do gótico, embora tenha transposto a acção dos seus romances para palcos mais familiares aos seus leitores. Em vez de castelos em ruína, usa como palco florestas e longínquas localidades, que, no entanto, possuem o mesmo espírito gótico. Muitos poemas de Emily Dickinson são góticos.

É no teatro que o domínio do «negro» entra mais cedo. Em Inglaterra, já Shakespeare utilizara, nas suas peças, uma parte dos elementos que se encontram na escola gótica, como é o caso do fantasma em Hamlet, as bruxas em Macbeth ou o carácter distorcido de Ricardo III na peça com o mesmo nome. Na Alemanha, o movimento do Sturm und Drang – nome de uma peça de Klinger – difunde um novo género de drama. A sua influência em Shakespeare e suposta liberdade dos padrões clássicos, eram uma revolta contra as convenções e doutrina do classicismo francês. Os dramas eram de índole nacionalista, caracterizados pelo fervor, entusiasmo, retrato de grandes paixões, fortes experiências emocionais e lutas espirituais que irão influenciar o drama gótico. Todavia, as suas convenções foram estabelecidas pela literatura gótica. O efeito da popularidade dos romances góticos fez com que as produções dramáticas fossem em grande número. Robert Jephson foi o primeiro dramaturgo gótico: The Count of Narbonne (1781) é uma dramatização de The Castle of Otranto. Jephson simplificou e reduziu muito do romance, omitindo alguns dos elementos sobrenaturais que teriam sido difíceis de colocar em palco. Joanna Baillie distinguiu-se, com a peça De Monfort (1800), pela representação da mulher no gótico. A sua peça é uma crítica aos vários modos convencionais de dramatizar a mulher. É um thriller psicológico, que utiliza cenários, personagens e atmosferas góticas. 

Porém, a escola gótica tinha-se afundado no absurdo sendo um alvo fácil para a sátira, como o comprova Jane Austen em Northanger Abbey (1817). O romance gótico sucumbe perante a sua própria extravagância mas os mecanismos e imaginário góticos continuam a assombrar a ficção de escritores como Edgar Allen Poe, Oscar Wilde (O Retrato de Dorian Gray; O Fantasma de Canterville; O Filho da Estrela; Rosa Mystica; Flores de Ouro) e Nathanial Hawthorne. Há uma incorporação de alguns elementos góticos em obras posteriores. Um bom exemplo disso é Dracula de Bram Stoker, publicado em 1897.

No século XX, a literatura gótica encontra seguidores. Na primeira metade do século autores como M. R. James, Algernon Blackwood, Shirley Jackson, Edward Plunkett, Howard Phillips Lovecraft, Daphne du Maurier, Marion Zimmer Bradley e William Gerald Golding  são figuras de destaque. Após os anos 80, Anne Rice, Poppy Z. Brite e Patrick McGrath continuam a utilizar alguns dos consagrados elementos góticos. 

Charles Samuel Addams (Westfield, 7 de janeiro de 1912 — Nova Iorque, 29 de setembro de 1988) foi um cartoonista norte-americano conhecido por seus personagens macabros e por seu humor pouco convencional.

Ficou conhecido por ter criado A Família Addams, baseados em alguns personagens recorrentes de suas tirinhas. A família tornou-se famosa nas tirinhas do jornal The New Yorker e ganharam série de TV, musical e filmes para o cinema..
 
Edward Gorey foi um autor plurifacetado e prolífico. Os seus livros "fora da caixa" criaram um culto em torno dele. Essencialmente ilustrador e criador de figurinos para peças teatrais. As principais obras mais conhecidas são "The Doubtful Guest" e "The Gashlycrumb Tinies".

Howard Allen O'Brien, mais conhecida como Anne Rice é também uma excelente representante da literatura gótica. Nos seus livros, invariavelmente apresenta os vampiros como indivíduos com paixões, teorias, sentimentos, defeitos e qualidades, tal como os seres humanos, mas, com a diferença de terem que lutar pela sua sobrevivência por meio do sangue de suas vítimas e sua própria existência que, para alguns deles, é um fardo a ser carregado através das décadas, séculos e até mesmo milénios.

O seu livro de maior sucesso é "Entrevista com o vampiro". Anne relata que escreveu esse livro em apenas uma semana, após a morte de sua filha por leucemia, retratada na personagem Cláudia.

Terence David John Pratchett, OBE (Beaconsfield, Buckinghamshire, 28 de abril de 1948 – Broad Chalke, Wiltshire, 12 de março de 2015) foi um escritor inglês, mais conhecido pelos seus livros da série Discworld.

Terry Pratchett começou a se interessar por literatura de fantasia lendo as obras de J.R.R. Tolkien aos treze anos, na mesma época em que vendeu sua primeira história. Pratchett explica em seu site que com o dinheiro recebido, comprou uma máquina de escrever em segunda mão. A sua primeira novela humorística é "The Carpet people", e o editor Colin Smythe publicou-a em 1971. Após trabalhar em jornalismo e assessoria de imprensa por anos, escrevendo nas horas vagas, ele publicou "A Cor da Magia" em 1983, e o grande sucesso do livro, inaugurando a série Discworld, acabou por levar o autor a uma carreira literária em tempo integral.

Através de um humor cáustico e irónico ele usa histórias ambientadas num mundo de fantasia para trazer à tona incoerências e idiossincrasias bem reais. No entanto, consegue fazer isso sem prejudicar as características mais marcantes das suas obras: o bom humor e o entretenimento inteligente. O seu sucesso há muito que ultrapassou as fronteiras da Inglaterra, tendo os seus livros publicados em 36 idiomas.

William Golding é o meu favorito. São inúmeras as suas obras e reflexões  sobre parapsicologia, linguística, politeísmo, cristianismo, misticismo, o terror psicológico, as lutas espirituais, o absurdo, a obsessão, a monomania. Saliento "A Duas Vozes" e "O Pináculo".

Literatura gótica e ficção científica
Um dos autores mais impressionantes nesta vertente é sem sombra de dúvida William Gerald Golding. Os seus romances são fábulas sobre o mal, e sondam o abismo entre o mundo da ciência/razão e o mundo da verdade espiritual. Apresenta uma visão "verde" da natureza, como um ecossistema renovável, sob a ameaça sempre presente do homem. Conquistou o pódio gótico com o romance Lord of the Flies (1954)- O Senhor das Moscas. A obra recria acontecimentos que decorreriam num futuro próximo, e conta a história de um grupo de crianças, após terem sido evacuadas de Inglaterra por causa de uma guerra nuclear, sobrevivem ao despenhamento do avião em que seguiam, e que mata todos os adultos. Chegando a uma ilha de coral, formam a sua própria sociedade, que começa por ser solidária e justa, para se ir tornando gradualmente numa autêntica anarquia. 

Marion Zimmer Bradley e as suas histórias de ficção científica do ciclo Darkover (um planeta onde os seres humanos, ao contacto com os alienígenas, adquirem poderes extrapsíquicos) continuam a ter numerosos admiradores.

O gótico viu-se envolvido no séc. XX entre a literatura e roteiros para programas e séries da rádio, televisão, cinema e jogos de consola e online.
The Twilight Zone (Além da Imaginação no Brasil e A Quinta Dimensão em Portugal) é sem dúvida uma série marcadamente gótica. Criada por Rod Serling e dirigida por Stuart Rosenberg, apresenta histórias de ficção científica, suspense, fantasia e terror. Mediante o sucesso popular da série, ao longo de sua história foram realizadas diversas temporadas e continuações. Além da imaginação (1959) da CBS, possui 5 temporadas e 156 episódios, enquanto que na década de 1980 foi lançada, ainda pela CBS O Novo Além da imaginação, com três temporadas. Essa primeira continuação foi precedida por um filme, No Limite da Realidade. Já no século XXI, houve a produção, pela UPN, de Além da imaginação (2002) com apenas uma temporada, apresentada por Forest Whitaker.

Em 1 de abril de 2019, foi lançado pela CBS All Access um novo revival "The Twilight Zone (2019)". Inicialmente foi encomendado uma temporada de dez episódios.

O programa The Twilight Zone seguiu a tradição de programas de rádio mais antigos, como The Weird Circle e X Minus One, além dos trabalhos de rádio do dramaturgo Norman Corwin.

Entre 1974 e 1975 é exibida a série Kolchak: The Night Stalke. Conta as investigações do repórter Carl Kolchak, que vai atrás de casos misteriosos, geralmente envolvendo assassinos monstruosos e sobrenaturais. A série foi precedida por 2 filmes pilotos para TV: The Night Stalker (1972) e The Night Strangler (1973).

Christopher Marlon Carter ficou mundialmente conhecido por escrever e dirigir a série /filme X-files, que envolve extraterrestres, teorias da conspiração e ciência.  A série foi exibida originalmente entre 10 de setembro de 1993 e 19 de maio de 2002. 

Mais célebre e multifacetado é William Ford Gibson. Chamado de "profeta noir" do cyberpunk, subgénero da ficção científica, Gibson cunhou o termo "ciberespaço", em seu conto Burning Chrome e posteriormente popularizou o conceito no seu romance de estreia e obra mais conhecida, Neuromancer, de 1984, primeiro volume da aclamada trilogia Sprawl. Prevendo o ciberespaço, Gibson criou uma iconografia para a era da informação antes da omnipresença da internet na década de 1990.Também é creditado a ele a previsão do surgimento da "televisão de realidade/reality show" e de estabelecer as bases conceituais para o rápido crescimento de ambientes virtuais como jogos e internet. Gibson é um dos mais conhecidos escritores de ficção científica norte-americana, festejado pelo The Guardian em 1999 como "provavelmente o mais importante romancista das duas décadas passadas". Ele tem escrito mais de vinte contos e nove romances aclamados pela crítica (um em colaboração), e contribuiu com artigos para várias importantes publicações e colaborou bastante com performances de artistas, cineastas e músicos. Seu pensamento tem sido citado como uma influência em autores de ficção científica, design, académico, cibercultura e tecnologia.

É também roteirista, tendo escrito o roteiro do filme Johnny Mnemonic - O Cyborg do Futuro baseado  num conto escrito por ele em 1981, dois episódios da série de televisão Arquivo X e o primeiro roteiro de Alien 3 que foi posteriormente reescrito e modificado.

Os conceitos e ideias de Gibson influenciaram diretamente a trilogia cinematográfica Matrix, de autoria das Irmãs Wachowski.

George Raymond Richard Martin é um roteirista e escritor de ficção científica, terror e fantasia norte-americano. É mais conhecido por escrever a série de livros de fantasia épica As Crónicas de Gelo e Fogo, que originou a bem sucedida série televisiva Game of Thrones (A Guerra dos Tronos).

Frank Patrick Herbert  foi um escritor de ficção científica e jornalista americano de grande sucesso comercial e de crítica. Ele é mais conhecido pela obra Duna, e os cinco livros subsequentes da série. A saga de Duna trata de temas como sobrevivência humana, evolução, ecologia, e a interação entre religião, política e poder. Arthur C. Clarke escreve que Duna foi "uma obra única de ficção. Não conheço nada comparável a ela exceto O Senhor dos Anéis." 

Em 1986, surge o filme "O Labirinto", realizado e escrito por Jim Henson  e estrelado por David Bowie (actor e música do filme de fantasia)

O medo de fim do mundo assombra a história da humanidade. Desde o início do século XXI, o espectro de uma tecnologia fora de controle, ultrapassando e depois arrasando nossa espécie, persegue os especialistas. Entretanto chegam novidades góticas e de ficção científica em relação ao transumanismo, inteligência artificial e biotecnologia, como os humanos geneticamente modificados.  A inteligência artificial e as próteses digitais prometeriam ao Homo sapiens um destino de Frankenstein. Mas quem difunde essa narrativa e quem ganha com ela? [Ler: O Mito do Transumanismo].

E o gótico continua a fascinar milhões de utilizadores de jogos. The Last of Us lançado em 2013 é disso um bom exemplo. 

Os meus autores favoritos são: Ann Radcliffe,  Anne Rice, Charles Addams, Charles Baudelaire, Charles Brockden Brown,  Charles Robert Maturin, Dan Brown,,Daphne du Maurier, Danilo Kiš,  Edgar Allan Poe, Edgar Gorey, Emil Cioran, Emily Dickinson, Holly Black, Horace Walpole, J.K. Rolling, J. R. R. Tolkien,Lewis Carroll,  Lord Byron, Marion Zimmer Bradley, Mary Shelley, Matthew Lewis, M.R. James, Nikolai Gogol, Oscar Wilde, Peter Watts, Terry Pratchett, Washington Irving, William Beckford, William Blake e William Gerald Golding William Godwin,

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