Suicídio de média austríaca vítima de contínuas ameaças de morte de protestantes antivacinas está a chocar o país. O Presidente austríaco declarou que irá acabar com a intimidação e o medo. "O ódio e a intolerância não têm lugar na nossa Áustria".
Fotografia retirada da conta de Instagram de Lisa-Maria Kellermayr |
Líderes austríacos apelaram à unidade nacional depois do recente caso chocante de uma médica ter tirado a própria vida na sequência de ameaças de morte de ativistas antivacinação e teóricos da conspiração da pandemia de coronavírus.
"Vamos acabar com essa intimidação e medo. O ódio e a intolerância não têm lugar na nossa Áustria", declarou o presidente Alexander Van der Bellen, saudando Lisa-Maria Kellermayr como uma médica que defendia a cura das pessoas, protegendo-as de doenças e levando uma abordagem cautelosa da pandemia.
E ainda acrescentou: "Mas algumas pessoas ficaram furiosas com isso. E essas pessoas assustaram-na, ameaçaram-na, primeiro na internet e depois também pessoalmente, diretamente no seu consultório."
De acordo com a Reuters, o corpo da médica - que costumava dar entrevistas aos media sobre o combate à pandemia de coronavírus e a promoção de vacinas - foi encontrado no seu consultório no norte da Áustria na sexta-feira. Alegadamente foi encontrado junto ao seu corpo uma nota de suicídio.
Recorde-se que no mês passado, a Áustria abandonou os planos de introduzir a vacinação obrigatória contra COVID-19 para adultos, dizendo que era improvável que a medida aumentasse uma das taxas de vacinação mais baixas da Europa Ocidental.
A morte desta médica austríaca - que a associação de médicos austríacos disse refletir uma tendência mais ampla de ameaças contra a equipe médica - está a chocar o país. "O ódio contra as pessoas é indesculpável. Esse ódio deve finalmente parar", disse o ministro da Saúde, Johannes Rauch.
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