A conclusão foi revelada esta quarta-feira por um estudo publicado pela universidade americana de Brown. As operações de defesa dos EUA poluem mais que países como Portugal ou a Suécia.
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Os dados foram revelados esta quarta-feira: as operações militares dos EUA, comandadas pelo Pentágono, são responsáveis pela emissão de mais gases de efeito estufa do que países industrializados como Portugal ou a Suécia. O estudo foi feito e publicado pela universidade de Brown e diz respeito a análises e comparações realizadas durante 2017.
O Pentágono, que comanda as forças armadas americanas, gerou cerca de 59 milhões de toneladas de dióxido de carbono, um número “superior que as emissões de muitos países pequenos”, diz o estudo citado pelo The Guardian. O jornal inglês avança ainda que se o Pentágono fosse um país seria o 55.º na lista dos que mais poluem a atmosfera. Neste ranking, do Global Carbon Atlas, Portugal está no número 57 e a Suécia surge em 65.º.
Os valores foram confirmados ao The Guardian por uma das responsáveis do estudo, a cientista Neta Crawford, que defendeu que “há muito espaço para reduzir as emissões de gases nocivos” por parte do Pentágono, que não quis fazer comentários ao jornal britânico.
A movimentação de tropas e armamentos, diz a mesma publicação, é responsável por 70% do consumo energético das operações militares americanas. Aqui, o principal agente poluente é o transporte aéreo e terrestre, ou seja, a combustão de combustível de aviões e de gasóleo.
Apesar destas conclusões, Neta Crawford também disse que o Pentágono conseguiu reduzir o consumo de combustível desde 2009, através do uso de veículos mais eficientes neste aspeto e também graças à utilização de fontes de energia mais limpa, sobretudo nas bases militares. Mas Crawford diz que esta diminuição pode ser maior se, por exemplo, forem feitos cortes nas missões de proteção aos acessos petrolíferos, missões que motivam o consumo muito elevado de combustíveis. “Muitas missões poderiam ser repensadas, e isso tornaria o mundo um sítio mais seguro”, disse a cientista responsável pelo estudo.
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