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sábado, 14 de abril de 2018

Conheça Yoshi e Goby: os peixes que adoram comer plástico


Apresento-vos Yoshi, The Fish e Goby. Tratam-se de um escultura feita de arame e malha de ferro ou aço, a fonte é esclarecedora, instaladas numa praia na Índia e Bali, respectivamente, onde se pode ler: “Goby loves plastic, please feed him”.

Para limpar as praias, bastou uma escultura de peixe chamada Goby.
Esta praia na Indonésia decidiu fazer algo simples... Além de colocar ecopontos pela praia, a autarquia fez um peixe gigante transparente com os dizeres "Goby gosta de plástico, por favor alimente-o"...

A chave do sucesso foi que as pessoas alinharam no jogo em 'alimentar' o Goby, limpando por conseguinte a praia e simplesmente funcionou.

Ainda hoje, Goby é alimentado constantemente e na maioria das vezes recebe mais do que precisa para a sua refeição diária. Ele geralmente é levado pela cidade durante a noite para esvaziar todo o plástico que comeu, depois é trazido de volta na manhã seguinte com o estômago vazio para que as pessoas possam continuar alimentando-o repetidamente.

Esta foi a solução que as autoridades locais encontraram para substituir os velhos contentores. E o sucesso foi imediato, principalmente entre as crianças. Todas querem alimentar o Goby! E quanto mais se alimenta o Goby, menos plástico fica no areal das praias. Menos plástico chega ao oceano, que, neste ritmo, poderá em 2050 ter mais plástico do que peixes.

Uma solução funcional, que gera curiosidade e entusiasmo, em particular entre os mais novos, motivando-os e consciencializando-os para a importância de reciclar e de proteger o planeta desde tenra idade, para além de ser óptima para tirar selfies – e nós sabemos que já não existe Verão ou praias sem selfies – e que deveria ser seriamente considerada pelas entidades que neste país têm responsabilidades sobre a preservação da orla costeira, seja o governo, sejam as autarquias. E não tem necessariamente que ser um peixe, uma cópia do Goby. Pode, em alternativa, ser uma boa oportunidade para estabelecer parcerias com artistas plásticos nacionais, muitos deles a dar cartas lá fora, e colocar a arte portuguesa ao serviço do ambiente e da comunidade.

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