Que a população de insetos voadores na Terra – como a das borboletas, por exemplo – está em declínio, não é novidade para os pesquisadores, que acompanham passo a passo suas trajetórias. Mas estudo recente, realizado por pesquisadores em reservas naturais na Alemanha, revela que 1/4 desses insetos desapareceram num período de 25 anos, o que traz e trará implicações gravíssimas para a vida humana.
A pesquisa foi publicada na revista Plos One e baseia-se no trabalho de dezenas de entomologistas amadores da Alemanha que iniciaram o uso de formas padronizadas de coleta de insetos em 1989. São tendas especiais chamadas de “armadilhas de mal-estar”, usadas para capturar mais de 1.500 amostras de insetos em 63 reservas naturais diferentes: moscas, vespas, libélulas, borboletas, joaninhas, besouros, entre outros.
Sem eles, nossa sobrevivência está em risco! Afinal, eles são polinizadores, além de alimento para outros animais, mantendo a cadeia. Esta notícia, então, dispara um alerta para a humanidade, como se uma espécie de Armagedon Ecológico estivesse em curso. Armagedon, na Bíblia, é a batalha final de Deus contra os seres humanos. Sim, a questão é dramática assim!
“O número de insetos voadores está diminuindo a níveis acelerados e altos, em uma área tão grande e esta é uma descoberta alarmante, realmente”, disse Hans de Kroon, da Universidade de Radboud, na Holanda, que liderou a pesquisa.
O Prof. Dave Goulson, da Universidade Sussex, no Reino Unido, que integra a equipa de cientistas que realizou esse estudo, diz que “os insetos representam cerca de dois terços de toda a vida na Terra e, por isso, este declínio é terrível. Parece que estamos criando grandes extensões de terra inóspitas para a maioria das formas de vida, e seguimos o curso em direção a um Armagedon Ecológico. Se perdermos os insetos, tudo vai entrar em colapso“.
Mas quais seriam as causas do grande declínio da população de insetos? Não está claro, mas há que se levar em consideração principalmente a destruição de áreas selvagens e o uso generalizado de pesticidas. Neste último caso, ainda não há dados efetivos para comprovar, então, são conjecturas científicas. Mas e as mudanças climáticas? Deve ter seu papel nessa história, certamente, mas os cientistas descartaram essa possibilidade. Não acreditam que as alterações nas paisagens de reservas ambientais possam influenciar esse declínio.
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