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Dar o destino correto para todo nosso lixo é um desafio e tanto. A reciclagem acaba como desculpa para justificar (ou até mesmo aumentar) o consumo para muitas pessoas, mas não é tão simples assim. Neste texto argumento por que reciclar o lixo não deve ser nossa primeira opção.
A União Europeia anunciou recentemente que 46% do lixo produzido no ano de 2015 foi reciclado ou compostado, 2 pontos percentuais a mais se comparado com o ano anterior. De modo geral, 29% dos resíduos foram reciclados, 28% acabam em aterros sanitários, 26% incinerados e 17% compostados.
Nos últimos vinte anos (de 1995 a 2012), houve um grande aumento na taxa de reaproveitamento do lixo: de 17% a 46%. Se ranqueado separadamente, Alemanha lidera com 68%, seguido por Áustria e Eslovênia, com 58%, Bélgica 55% e Holanda 52%. (dados de Fevereiro de 2017)
Esse avanço é resultado das diversas iniciativas para aumentar a reciclagem de materiais descartados. Na Itália, restaurantes que doam comida têm desconto em imposto. Na Suécia, incentivos financeiros são dados para quem optar por consertar objetos antigos em vez de jogá-los fora. Na França, supermercados são proibidos de jogar alimentos fora.
Mesmo assim, a quantidade de lixo produzida no ano por cada pessoa foi de aproximadamente 477 quilos, três quilos a mais se comparado com o ano anterior. O pico de desperdício aconteceu em 2002, com 527 quilos. Desde então, políticas públicas são adotadas para reduzir o consumo e aumentar o reaproveitamento dos materiais descartados.
O objetivo agora é que, até 2030, os municípios sejam capazes de reciclar 70% do lixo e apenas 5% sejam descartados em aterros sanitários. Só para fins de comparação, a taxa de reciclagem brasileira é de 3%.
Fonte: The Greenest Post, por Jéssica Miwa
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