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sexta-feira, 30 de setembro de 2016

As Quatro Leis da Ecologia, segundo Barry Commoner


1- Tudo está ligado com tudo o mais. Existe uma única ecosfera para todos os organismos vivos, e o que afeta um deles afecta a todos.

2- Tudo tem que ir para algum lado. Não existe «lixo» na natureza e não há nenhum «lá fora» para onde o possamos atirar.

3- A Natureza sabe mais e melhor. A ausência de uma substância específica na Natureza é muitas vezes sinal de que essa substância é incompatível com a química da vida.

4- Nada procede do nada. A exploração da Natureza acarreta sempre custos ecológicos, e esses custos são significativos.

no livro The Closing Circle, de 1971

Biografia
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quinta-feira, 29 de setembro de 2016

Os perigos do oxibenzona

O oxibenzona é muito absorvido por meio da pele e uma quantidade pode permanecer no seu organismo.
Clica aqui How Sunscreen Is Harming Coral Reefs para saberes mais 
Você já deve ter lido ou ouvido o famoso texto sobre filtro solar que recomenda fortemente a utilização do cosmético. Tem gente que o interpreta de forma metafórica, mas para os que o entendem de modo literal, é bom repensar a respeito das recomendações de sempre usar o filtro solar. Sim, é necessário se proteger, mas é preciso ver quais as substâncias estão presentes no produto, pois algumas delas, como o oxibenzona, podem ser péssimas para a saúde e o meio a   oxibenzona é um composto orgânico e um agente que permite a proteção da pele com relação à incidência de determinadas ondas dos raios solares. O problema que envolve o oxibenzona está relacionado com a sua capacidade de penetrar nas camadas profundas da pele - isso faz com que uma quantidade significativa da substância permaneça no organismo.

Onde pode ser encontrado e identificado
O composto orgânico pode ser encontrado na maioria dos protetores solares comercialmente vendidos com fator de proteção maior que 30 e nos protetores de 15 a 30, em hidratantes com fator de proteção, esmalte para unhas, perfumes femininos e masculinos, protetores solares para os lábios, bases, spray de cabelo, condicionador e em alguns xampus, cremes antirrugas, BB creams, loção pós barba e protetores solares para crianças.

Nas embalagens o oxibenzona pode ser identificado como: Oxybenzone, B3, Benzophenone-3, (2-Hydroxy-4-Methoxyphenyl) Phenyl- Methanone, (2-Hydroxy-4-Methoxyphenyl) Phenylmethanone; 2-Benzoyl-5-Methoxyphenol; 2-Hydroxy-4-Methoxybenzophenone; 4-Methoxy-2-Hydroxybenzophenone, Advastab 45; Ai3-23644; Anuvex; 2-Hydroxy-4-Methoxy.

quarta-feira, 28 de setembro de 2016

Os 10 abusos escondidos contra as comunidades tribais


Young girl of the Kayapo tribe
Todos os dias são Dia dos Direitos Humanos.

Para justificar que, apesar da declaração de 1948, há ainda muito por lutar, a Survival International elaborou a lista dos 10 abusos escondidos contra as comunidades tribais, durante estas seis décadas. Muitos deles, aliás, continuam a ocorrer longe dos olhos das populações e governantes. Veja a lista: 



1. Os aborígenes australianos apenas conseguiram o direito de voto em 1965. E passaram a ser incluídos nos censos nacionais apenas em 1967. 


2. Em 2010, os turistas do Botswana relaxavam calmamente junto à piscina, no meio do deserto Kalahari, enquanto às tribos Bushmen era recusado o acesso a água, apesar dos seus direitos históricos. Muitos destes Bushmen morreram à sede. 


3. Os pigmeus Batwa, do Uganda, nunca foram caçadores de gorilas. Mas foram expulsos da sua floresta em 1991, supostamente para proteger estes primatas. Hoje, continuam a ter o estatuto de refugiados. 


4. O corpo embalsamado de um Bushman, conhecido como El Negro de Banyoles, foi mostrado num museu espanhol (a Survival International não avança qual) até 1991. Depois de vários protestos, ele foi finalmente enterrado no Botswana, em 2000. 


5. As doenças e massacres mataram um em cada cinco Yanomani, no Brasil, durante os anos 80, até que a pressão internacional levou o País a expulsar os mineiros. 


6. Nos chamados Safaris Humanos, os turistas tratam os Jarawa, na Índia, como animais, atirando-lhes comida. 


7. Vários rancheiros brasileiros impedem, consecutivamente, os Guarani de regressar às suas terras. 


8. O Potlatch, um ritual de renúncia de bens materiais – e respectiva oferta a familiares e amigos – foi proibido nos Estados Unidos e Canadá em 1884, por ser contrário aos “valores civilizacionais”. Foi reinstituído em 1951. 


9. Durante a era de Estaline, os shamans siberianos foram perseguidos. Muitos pensam que terão todos desaparecido nos anos 80. 


10. As crianças de algumas tribos aborígenes australianas, como as Torres Strait Islander, foram várias vezes retiradas das suas famílias, até perto dos anos 70.

Tradução por GreenSavers

terça-feira, 27 de setembro de 2016

Curta-Metragem da semana - Não Há Amanhã - There's No Tomorrow (2012) LEGENDADO PT



PT
É um documentário animado de 30 minutos sobre o esgotamento de recursos, energia e crescimento. Inspirado nos desenhos animados pró-capitalistas dos anos 40, o filme faz uma síntese dos dilemas
energéticos que o mundo enfrenta hoje.



EN

An animated documentary about resource depletion and the impossibility of infinite growth on a finite planet.

Para saber mais
Blogue do Autor
Blogue Animator

segunda-feira, 26 de setembro de 2016

Vidoeiros, carvalhos e castanheiros, as “árvores bombeiras” que podem travar fogos

Investigadores consideram que Portugal deve apostar nestas espécies para reflorestar o território.

Numa altura em que se coloca a necessidade de reflorestar o país, investigadores da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD) aconselham o uso das designadas “árvores bombeiras”, espécies que não só resistem ao fogo como também contribuem para travar o avanço das chamas.
Os vidoeiros, carvalhos e castanheiros são umas das principais “árvores bombeiras”, porque são folhosas e mantêm o ambiente “relativamente” húmido, abrigado do vento durante o Verão, explica à Renascença Paulo Fernandes.

O docente da UTAD e investigador do Centro de Investigação e de Tecnologias Agroambientais e Biológicas considera que “a aposta nestas árvores permitirá, a longo prazo, limitar o flagelo dos incêndios”.

“Durante o Verão estão verdes, por isso, ardem com mais dificuldade e, por outro lado, produzem uma folhada que, ao acumular-se no solo, é pouco inflamável e se decompõe com facilidade, ou seja, cai no Outono e quando chega o verão grande parte decompõe-se”, sustenta.

“Não há ali muito alimento para o fogo e, frequentemente, os incêndios ou param por si só, extinguindo-se ao entrar nas manchas, ou ardem com pouquíssima intensidade sem causar danos às árvores”.

Espécies exigentes
Paulo Fernandes enfatiza que é “raríssimo encontrar um fogo cuja origem ocorra numa área com estas espécies e, quando acontece, as árvores mantêm-se verdes”.

Na perspectiva do investigador, o problema que se levanta é o da “qualidade do solo”, já que “aquelas espécies são mais exigentes, requerem locais de solo mais fresco, de melhor qualidade e é por isso que, normalmente, ocupam vales, zonas onde há mais solo e mais humidade”.

Para as zonas com “piores condições de solo”, Paulo Fernandes aponta o uso do “sobreiro, espécie que, embora arda com maior facilidade, consegue recuperar”.

No extremo, temos aquelas espécies que ardem muito bem, como por exemplo os eucaliptos e os pinheiros. A natureza da espécie impõe o fogo, e com a acumulação de biomassa há sempre um potencial risco”.

A resposta a dar – sustenta o mesmo especialista – “está naquilo a que chamamos gestão de combustível”, explicando que “assegurando a limpeza dos espaços, mantendo o subcoberto livre de mato, eliminando pelo menos parte da manta-morta, desbastando pelo menos uma parte dessas áreas e tentando manter as copas das árvores afastadas, consegue-se limitar o efeito do fogo, mas à custa de trabalho, esforço de limpeza e intervenção”.

Fábula do beija-flor e o incêndio na floresta, narrada por Wangari Maathai



The Hummingbird and the Forest Fire Story narrated by Wangari Maathai

“Conta-se que, certo dia, houve um incêndio na floresta e que todos os animais se puseram em fuga. Todos, excepto o beija-flor. Ia e voltava, ia e voltava, trazendo uma gota de água no bico, que deixava cair sobre as labaredas e a terra calcinada. E, quando um dos animais em fuga o interpelou, dizendo ser impossível extinguir o fogo daquele modo, o beija-flor respondeu: “Eu sei que não são estas gotas que vão apagar o fogo, mas eu faço a minha parte…”


"As a fire sweeps through the forest, the animals are transfixed, and unable to do anything. Only the tiny hummingbird has the strength of heart to try to put the fire out, one drop at a time. When discouraged and questioned by the other animals, the hummingbird responds: "I am doing what I can."
Quem foi Wangari Maathai?
Em Português
English biography

domingo, 25 de setembro de 2016

Música do BioTerra: Kristin Hersh feat. Michael Stipe - Your Ghost (1994)


If I walk down this hallway
Tonight it's too quiet
So I pad through the dark
And call you on the phone
Push your old numbers
And let your house ring
'Til I wake your ghost

Let him walk down your hallway
It's not this quiet
Slide down your receiver
Sprint across the wire
Follow my number
Slide into my hand

It's the blaze across my nightgown
It's the phone's ring

I think last night
You were driving circles around me
I think last night
You were driving circles around me
I think last night
You were driving circles around me

I can't drink this coffee
'Til I put you in my closet
Let him shoot me down
Let him call me off
I take it from his whisper
You're not that tough

It's the blaze across my nightgown
It's the phone's ring

You were in my dream (I think last night)
You were driving circles around me

sábado, 24 de setembro de 2016

Drone Sobre o Oceano Capta Momento Simplesmente Maravilhoso entre baleias


O biólogo marinho Dave Anderson há muito que observa e estuda baleias e golfinhos. Numa das suas viagens ele conseguiu captar estas imagens incríveis da vida marinha no seu mais puro estado, através da utilização de um drone.


sexta-feira, 23 de setembro de 2016

Rio Sabor, por Miguel Torga


Rio Sabor

Não pares coração!
Temos ainda muito que
lutar....
Que seria dos montes
e dos rios
Da nossa infância
Sem o amor palpitante
que lhes demos
A vida inteira?
Que seria dos homens
desesperados,
Desamparados
Do conforto das tuas
pulsações
E da cadência surda
dos meus versos?
Não pares!
Continua a bater
teimosamente,
Enquanto eu,
Também cansado
Mas inconformado,
Engano a morte
a namorar os dias
Neste deslumbramento,
Confiado
Em não sei que poético
advento
Dum futuro inspirado.~ Miguel Torga, "Cordial"

quinta-feira, 22 de setembro de 2016

Video: Coral Reef Protection Project- Respire fundo e veja a beleza dos recifes de corais.


"Slow" marine animals show their secret life under high magnification. Corals and sponges build coral reefs and play crucial roles in the biosphere, yet we know almost nothing about their daily lives. These animals are actually very mobile creatures. However their motion is only detectable at different time scales compared to ours and requires time lapses to be seen.
Make sure you watch the video on a large screen. This clip is displayed in Full HD, yet the source footage (or the whole clip), is available in UltraHD 4k resolution for media productions.
The answer to a common question: yes, colors are "real" and not exaggerated by digital enhancement. We have only applied basic white balance correction. However, we used specialized lights to mimic the underwater ambient spectrum. When photographers use white light (artificial spectrum) on corals, they simply miss the vast majority of colours. Corals have spectrum-sensitive colouration due to fluorescent pigments.
The duration of sequences varied from 20 minutes to 6+ hours.

=== Technical details ===
To make this little clip we took 150000 shots. Why so many? Because macro photography involves shallow depth of field. To extend it, we used focus stacking and deconvolution algorithms. Each frame of the video is actually a stack that consists of 3-12 shots.
Just the intro and the last scene are regular real-time footage. One frame required about 10 minutes of processing time (raw conversion + stacking + deconvolution in some scenes). Unfortunately, the success rate was very low due to copious technical challenges and we spent almost 9 long months to get it right.
Music: Atmostra III by Cedric Baravaglio, Jonathan Ochmann and Zdravko Djordjevic.

quarta-feira, 21 de setembro de 2016

Superstição do diploma e “empregomania”, por António Nóvoa

Superstição do diploma e “empregomania”. Há sempre estudantes a mais?

O excesso de diplomados é uma das queixas mais frequentes desde finais do século XIX. Pode estranhar-se esta lamentação se tivermos em conta as baixíssimas qualificações escolares da população portuguesa. Mas o caso tem duas hipóteses de explicação: por um lado, a crítica social à “pedantice” dos titulares de um grau académico; por outro lado, a vontade de assegurar um “emprego adequado” para os que possuem determinadas habilitações académicas.

A pedantice dos bacharéis, nas suas “fatiotas de doutor” e nas suas “cabeças ignorantes”, inspira muitas páginas da nossa melhor literatura. A desconfiança é clara: nem sempre a posse de um diploma significa a posse de um mínimo de inteligência e de um cabedal suficiente de conhecimentos. Oliveira Martins insurge-se contra o industrialismo no ensino e António Sérgio (1918) denuncia os processos burocráticos que favorecem o diploma em detrimento do saber: “A escola exprime a sociedade, dá o que lhe pedem: e ninguém lhe pede educação, mas diplomas – sendo certo, no entanto, que os que pedem diplomas para seus filhos, e só diplomas, foram educados no seu tempo pelas escolas portuguesas”.

A segunda dimensão do problema remete para a manutenção de uma estrutura social, que reserva para os titulares de um diploma escolar os poucos empregos de prestígio disponíveis. Em 1939, Manuel Rodrigues escandaliza-se com a “inflação” a que se assiste nas profissões liberais e que pode originar a revolta daquele “que não encontra na sociedade a posição equivalente ao seu diploma”, concluindo que “é nos diplomados sem colocação que se recruta a quase totalidade dos chefes e propagandistas da destruição da ordem social”. 

Um outro exemplo, entre milhares de citações possíveis, é-nos fornecido pelo ministro Pires de Lima, em discurso de 1949 contra o excesso de estudantes: “O que seria, se, de um momento para o outro, saíssem dos nossos estabelecimentos de ensino superior mais algumas centenas de médicos ou de advogados, sem clientes, de engenheiros ou arquitectos, sem obras para realizarem, de professores sem alunos, de licenciados sem empregos remunerados? Além do fatal rebaixamento dessas classes e dessas profissões, teríamos um mal estar social de consequências sérias e graves”.
Num curioso texto de 1921, J. Santa Rita junta os dois aspectos anteriores, dizendo que “o vício da empregomania liga-se muito estreitamente à superstição do diploma”. São duas faces de uma mesma moeda, que traduzem uma dupla resistência à cultura escolar. Há quem julgue que estamos perante um discurso recente, motivado pela expansão escolar das últimas décadas. Nada mais falso! É um discurso recorrente na sociedade portuguesa. A crítica ao excesso de diplomados esquece que Portugal foi, e continua a ser, o país menos escolarizado da Europa. Seguimos prisioneiros de um sistema de ensino pensado para formar cada um à medida do lugar profissional que lhe está destinado, em vez de adoptarmos uma política de valorização pessoal e de qualificação escolar de todos.

António Nóvoa (2005). Evidentemente. Porto: ASA

terça-feira, 20 de setembro de 2016

Desmistificando o parasitismo, por João Soares

Os parasitas são uma parte essencial de cada comunidade terrestre. A sua presença torna-se mais evidente se causar doenças, em particular zoonoses e outras de importância económica e, por vezes, adapta-se às modificações evolutivas do seu hospedeiro.

Trichinella spiralis

Publicado na Revista Incomunidades, ANO 1 Edição 10 - ABRIL 2013     
             

segunda-feira, 19 de setembro de 2016

Curta-Metragem- O Lenhador



Lenhador responsável por devastar uma grande área de florestas e transformá-la em deserto fica sensibilizado com a atitude de duas crianças e resolve mudar suas atitudes.


domingo, 18 de setembro de 2016

Música do Bioterra: Olafur Arnalds - Near Light coreografado por Artem Volosov - Dance Centre Myway



Contemporary studios in Dance Centre Myway. Kiev, Ukraine. Choreography by Artem Volosov (Артем Волосов).
Dancers: Artem Volosov (Артем Волосов), Katya Serzhenko (Катя Серженко), Sophia Gah (София Гах).
Music: Olafur Arnalds - Near Light.


sábado, 17 de setembro de 2016

Video Banco de Tempo


Vídeo produzido no âmbito do projeto Banco de Tempo e Comércio Justo: Reforçando outras economias.
Banco de Tempo de Vila da Feira
O Banco de Tempo é um sistema de organização de trocas solidárias que promove o encontro entre a oferta e a procura de serviços disponibilizados pelos seus membros.

No Banco de Tempo é simples: troca-se tempo por tempo. Todas as horas têm o mesmo valor e quem participa compromete-se a dar e a receber tempo.  Por exemplo, tratando-se de um médico, ele pode oferecer uma consulta a quem não tem condições de pagar pelo serviço e, depois, receber um serviço em troca de outro membro.

Através das trocas e dos encontros, o Banco de Tempo enriquece o mundo relacional das pessoas que nele participam, joga um papel importante na recuperação, em novos moldes, da solidariedade entre vizinhos e no combate à solidão; favorece a colaboração entre pessoas de diferentes gerações, proveniências e condições sociais. Contribui também para o desenvolvimento e partilha de talentos e facilita o acesso a serviços que dificilmente poderiam ser obtidos, dado o seu valor de mercado.

O Banco de Tempo suscita questionamentos e incentiva mudanças no modo como vivemos em sociedade. Cada hora de trabalho prestada por um membro equivale a uma hora de serviço qualquer que ele precise no futuro. O bacana é que todas as horas têm o mesmo valor, independente do serviço oferecido. Uma economia solidária e justa.
Actualmente, o Banco do Tempo possui 28 agências espalhadas por várias cidades portuguesas

sexta-feira, 16 de setembro de 2016

Documentário da National Geographic: O Homem e a Natureza- Lar Selvagem [HD]




Versão Portuguesa

Sinopse: Uma profunda jornada sobre os habitats dos animais por todo o planeta Terra, revela uma nova maneira de olhar para estes lugares selvagens e os animais que vivem neles, e a esperança de um meio ambiente melhor.


Documentário que deveria ser assistido por cada habitante do planeta. Entender a importância das relações harmoniosas na natureza para nós humanos - não nos excluindo dessa teia de organismos vivos - é imprescindível para vivermos o bem estar físico e espiritual no caminho do desenvolvimento sustentável.

quinta-feira, 15 de setembro de 2016

Poema da Semana: "Não tenho pressa. Pressa de quê?" de Alberto Caeiro

Créditos fotográficos de Karl-Heinz Loof

Não tenho pressa. Pressa de quê?
Não têm pressa o sol e a lua: estão certos.
Ter pressa é crer que a gente passa adiante das pernas,
Ou que, dando um pulo, salta por cima da sombra.
Não; não sei ter pressa. ...
Se estendo o braço, chego exactamente aonde o meu braço chega

Nem um centímetro mais longe.
Toco só onde toco, não aonde penso.
Só me posso sentar aonde estou.
E isto faz rir como todas as verdades absolutamente verdadeiras,
Mas o que faz rir a valer é que nós pensamos sempre noutra coisa,
E vivemos vadios da nossa realidade.
E estamos sempre fora dela porque estamos aqui.

Alberto Caeiro, in "Poemas Inconjuntos"

Convenção de Aarhus – Informação, Participação e Justiça para a mudança


Países membros segundo a ratificação da emenda de Almaty à Convenção (2005)

A Convenção de Aarhus – Convenção sobre o Acesso à Informação, Participação do Público no Processo de Tomada de Decisão e Acesso à Justiça em Matéria de Ambiente – faz parte do ajuste institucional de capacitação dos cidadãos que, apesar da ausência de mecanismos de execução precisos, veio a ser aprovada e ratificada por quase meia centena de países (em geral europeus) e pela própria União Europeia (assinada em 1998, ratificada em 2005).

Sob a égide da Comissão Económica das Nações Unidas para a Europa, a convenção constituiu-se como um padrão de referência para as novas políticas de governança ambiental e o seu reconhecido valor – pelas instâncias de governança global (ONU) e regional (UE) – terá vindo a fomentar algum compromisso político e, por vezes, legal de envolvimento público efetivo e genuíno com os problemas ambientais. Compromisso que pode servir de alavanca à implementação de um desenvolvimento não limitado ao business as usual.

Não será despropositado alargar este compromisso de partilha do poder decisório em matéria ambiental às questões mais abrangentes da sustentabilidade e dos problemas sociais, como se de duas faces de uma mesma moeda se tratasse. De resto, promovendo o envolvimento dos diversos grupos sociais e das comunidades, de quem, em última análise, dependem a origem e a solução dos problemas ambientais, a Convenção de Aarhus confirma a intrínseca ligação sociedade-ambiente e reflete um amplo sinal de vontade política e social em implementar uma ideia transversal de sustentabilidade que Agyeman muito oportunamente designou por Just Sustainability.

Ora numa altura em que as alterações climáticas parecem impor a redefinição de prioridades socioeconómicas – a recente ratificação do Acordo de Paris (2015) pelos Estados Unidos e pela China parece um sinal promissor –, a Convenção de Aahrus ganha ainda maior significado, mantendo-se como uma das mais impressivas elaborações decorrentes do princípio 10 da Declaração do Rio (1992). Duas décadas e meia depois, pode ser vista como um guia de ação prática para técnicos da administração pública, cidadãos, representantes de ONG, agentes económicos, etc. e a execução conjunta de sua tríade de pilares – i.e., disponibilização de informação, implementação de meios de participação e acesso à justiça – ganhou estatuto de condição sine qua non para um envolvimento mais responsável e mais eficaz das populações numa mudança que a escassez ecológica, hoje em dia protagonizada sobretudo pelas alterações climáticas, parece tornar premente e até inevitável.

Em primeiro lugar, porque o acesso à informação se tornou numa pedra angular do funcionamento da democracia, permitindo aos cidadãos olhar, julgar e refletir sobre os atos de governação e dos governos, e garantindo melhores condições para enfrentar quer os problemas sociais – corrupção, degradação da qualidade dos serviços sociais ou das condições de vida… –, quer os problemas ambientais – degradação de recursos naturais, diminuição da qualidade do ar, da água, etc. Pressupõe-se que, com acesso facilitado a informação fidedigna, os cidadãos, os seus representantes e a generalidade das partes interessadas da comunidade (stakeholders) ficarão mais aptos a fazer escolhas, contribuindo para processos de tomada de decisão que se esperam mais justos, mais eficazes e mais potenciadores de corresponsabilização dos atores sociais envolvidos, sejam eles institucionais ou não institucionais, públicos ou privados.

Em segundo lugar, porque a urgência da escassez ambiental – e, como a crise económico-financeira deixou claro, também económica e social – exige um envolvimento e uma mobilização abrangentes, de forma a potenciar a aquiescência pública para políticas nem sempre consensuais e de difícil aplicação. Nesta perspetiva, a participação pública tornou-se um desiderato socioinstitucional transversal que, pelo menos ao nível do discurso, poucos contestam. Talvez porque, sem pôr em causa a validade do conhecimento técnico-científico, quando apoiada em informação fidedigna e em procedimentos transparentes, ajuda a complementá-lo e/ou a preencher lacunas, facilita a determinação de níveis adequados/aceitáveis de segurança, favorece a distribuição de custos e benefícios, faculta a compatibilização de interesses e valores sociais… A participação pública é, afinal, vista como uma ferramenta de construção de consensos que, inserida num processo que Tim Jackson designou por Prosperidade sem Crescimento, pode potenciar uma transição relativamente mais suave (espera-se que com menos convulsões sociais) em direção à almejada sociedade pós-carbono.

Por fim, em terceiro lugar, realce-se a relevância da regulação instituída e, sobretudo, da garantia do seu cumprimento. Com efeito, o acesso à justiça permite garantir que as leis ambientais se aplicam de facto; que as condições ecológicas (um bem-comum universal) estão protegidas; que os direitos e os interesses dos cidadãos estão garantidos; que qualquer instância de poder (seja político, seja económico) está sujeita à lei e que a pressão dos cidadãos pode fazer com que ela se cumpra; que a legitimidade das decisões se fortalece e se ancora na deliberação e na participação públicas. Em suma, postula-se que só a possibilidade real dos cidadãos influenciarem os processos de tomada de decisão – que decorre de um tratamento justo e equitativo alargado a todos os interesses – pode acautelar a ultrapassagem dos sentimentos de desconfiança que mostram sinais de crescimento nas sociedades contemporâneas.

No entanto, como sublinha o quarto e último relatório de implementação da convenção em Portugal, datado de 2014, o fraco envolvimento dos cidadãos em processos participativos é um facto que persiste de mãos dadas com uma sobrecarga de informação nem sempre compatível, disponibilizada por via de diferentes e dispersos meios de comunicação. Não estamos, portanto, perante nenhuma mezinha milagrosa que, só por si, permita resolver os problemas da participação para a sustentabilidade. Mantém-se a necessidade real e urgente de tornar mais acessível a informação disponibilizada (e.g., simplificando linguagens e compatibilizando fontes e meios de acesso) e de promover instrumentos de participação pública diversificados e adaptados às diversas circunstâncias. Importa, afinal, dar maior visibilidade e usabilidade às ferramentas informativas e garantir mais oportunidades para o processo participativo, sem se deixar de assegurar um célere e democrático acesso à justiça. Numa palavra, cumprir efetiva e pragmaticamente a referida tríade de Aarhus.

quarta-feira, 14 de setembro de 2016

O que é a inteligência? Qual a diferença cognitiva entre seres humanos e outras espécies?


As diferenças entre os cérebros das diferentes espécies são principalmente diferenças de grau. Roth e Dicke concluem, "A inteligência notável dos seres humanos parece resultar de uma combinação e de uma valorização das propriedades encontradas em primatas não-humanos...ao invés de propriedades «únicas». "' in


When a worm is suddenly illuminated,” Charles Darwin wrote, it “dashes like a rabbit into its burrow.” But if you keep scaring it, the worm stops withdrawing. Such apparent learning suggested to Darwin “the presence of a mind of some kind.” Watching as worms evaluated the suitability of objects for plugging their burrows, Darwin offered that worms “deserve to be called intelligent, for they then act in nearly the same manner as a man under similar circumstances.”
But what is intelligence? Nearly everyone agrees that dolphins are intelligent, but not everyone agrees on what intelligent means, or what intelligence is.

terça-feira, 13 de setembro de 2016

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Definindo o verbo Ecologizar

      
Fonte: Egologizar

Até 2016, o verbo Ecologizar ainda não consta dos dicionários Houaiss e Aurélio de língua  portuguesa.

Em 2009, o termo apareceu no Caldas-Aulete definido como Conscientizar para a importância dos princípios ecológicos. Trata-se de definição limitada à consciência, que não enfatiza a dimensão da ação.

Até 2007 ele existia em castelhano. Em 2007 foi incluído na enciclopédia global Wikipédia. Em julho de 2016, a pesquisa do termo ecologizar no Google apresentava 16.200 registros. Em francês, para o verbo ecologiser, há 1270 resultados. Em inglês, para o verbo to ecologise havia 3.170.000 resultados.

Em 2008, a artista Silvia Katz do Atelier Azul de Salta, República Argentina, publicou El pequeno ilustrado, um dicionário de verbos criado a partir de definições e ilustrações infantis. Crianças são seres em formação com grande liberdade de pensamento e de imaginação. Elas têm facilidade de expressar, com espontaneidade, criatividade e sem os condicionamentos culturais dos adultos, aquilo que percebem do mundo e das palavras. Em frases sintéticas, meninas com idades entre 10 e 12 anos definiram o verbo Ecologizar. As diferentes definições focalizam o mundo animal e vegetal; relacionam o ser humano com o ambiente; chamam a atenção para a responsabilidade humana por cuidar da Terra e do ambiente. Uma delas expressou as ameaças relacionadas com os desequilíbrios ecológicos e climáticos (Pensar que no futuro não existiremos - Bernarda); outra mostrou a importância da consciência ecológica (Usar a cabeça para proteger o meio ambiente – Lucia D.); outra ainda, chamou a atenção para a unidade entre o ser humano e o mundo, cujos destinos se entrelaçam (Pensar que se algo ocorre com a Terra, também acontecerá com o homem - Micaela) ou enfatizou a importância de conhecer o aspecto original da ecologia, que relaciona bichos e plantas com seu ambiente (Inventar uma “plantologia” e uma “animalogia” - Luciana); uma apontou a relevância da ação humana (Fazer de nosso mundo um lugar melhor - Maria Paula). Algumas definições apontaram o poder do sentimento, do amor, do afeto, do cuidado com o planeta (Sentir o meio ambiente em suas mãos e cuidar dele - Francisca); (Unir-se com a vida. Amar o mundo onde vives - Lucia S.); (Dar um grande abraço no planeta - Manuela).
No livro O verde é negócio, Hans Jöhr mencionava a “ecologização” da empresa, do escritório, da fábrica, do processo, do comércio internacional. Alguns pioneiros, como Edgar Morin, propuseram ecologizar o pensamento.
         Defino ecologizar como aplicar os conhecimentos das ciências ecológicas e da sabedoria da consciência ecológica  em todos os campos da vida. 

Quem são os 10 senhores mundiais do urânio

Estoque para gerar energia em reatores nucleares chega a 7,1 biliões de toneladas. Segundo a Agência Internacional de Energia, as reservas identificadas podem suprir a procura atual por um século. Veja os países com as maiores reservas.


Carga atómica 

São Paulo – No começo do ano, a China anunciou a retomada da construção da maior central de energia nuclear do mundo. Em paralelo, outros países também estão desenvolvendo um apetite voraz por essa fonte – seja para alcançar segurança energética ou para diminuir a pressão sobre combustíveis fósseis. É o caso dos Emirados Árabes, Indonésia e até do Brasil, que voltou a discutir a instalação de novas centrais nucleares. Não é só a procura que cresce. O estoque de urânio, matéria-prima necessária para gerar energia em reatores nucleares, aumentou 12,5% entre 2008 e 2010, para 7,8 bilhões de toneladas. E o Brasil é um dos que lidera em novas descobertas. Para se ter uma ideia, as reservas nacionais de urânio cresceram 357%, entre 2001 e 2011, segundo dados do World Nuclear. Conheça a seguir, onde estão as maiores reservas de urânio do mundo.

1. - Austrália zoom_out_map
Reservas comprovadas: 1,66 biliões de ton Participação mundial: 31% Produção em 2011: 5,98 mil toneladas Produção em 2001: 7,75 mil toneladas .Variação em 10 anos: - 30%

2. - Cazaquistão zoom_out_map
Reservas comprovadas: 629 milhões de ton Participação mundial: 12% Produção em 2011: 19,45 mil toneladas Produção em 2001: 2 mil toneladas Variação em 10 anos: 848%

3. - Rússia zoom_out_map
Reservas comprovadas: 487,7 milhões de ton Participação mundial: 9% Produção em 2011: 3 mil toneladas Produção em 2001: 2,5 mil toneladas Variação em 10 anos: 19,7%

4. - Canadá zoom_out_map
Reservas comprovadas: 468,7 milhões de ton Participação mundial: 9% Produção em 2011: 9,2 mil toneladas Produção em 2001: 12,5 mil toneladas Variação em 10 anos: - 27%

5. - Nigéria zoom_out_map
Reservas comprovadas: 421 milhões de ton Participação mundial: 8% Produção em 2011: 4,35 mil toneladas Produção em 2001: 2,9 mil toneladas Variação em 10 anos: 50%

6. - África do Sul zoom_out_map
Reservas comprovadas: 279,1 milhões de ton Participação mundial: 5% Produção em 2011: 582 toneladas Produção em 2001: 873 toneladas Variação em 10 anos: - 33,3%

7. - Brasil zoom_out_map
Reservas comprovadas: 276,7 milhões de ton Participação mundial: 5% Produção em 2011: 265 toneladas Produção em 2001: 58 toneladas Variação em 10 anos: 357%

8.- Namíbia zoom_out_map
Reservas comprovadas: 261 milhões de ton Participação mundial: 5% Produção em 2011: 3,25 mil toneladas Produção em 2001: 2,24 mil toneladas Variação em 10 anos: 45,5%

9.- Estados Unidos zoom_out_map
Reservas comprovadas: 207,4 milhões de ton Participação mundial: 4% Produção em 2011: 1,53 mil toneladas Produção em 2001: mil toneladas Variação em 10 anos: 52%

10. - China zoom_out_map
Reservas comprovadas: 166,1 milhões de ton Participação mundial: 3% Produção em 2011: 1,5 mil toneladas Produção em 2001: 655 toneladas Variação em 10 anos: 130%

segunda-feira, 12 de setembro de 2016

A vida e o exemplo de Louise Michel


O Binóculo e Louise Michel

O Binóculo foi um jornal humorístico de periodicidade primeiro quinzenal e depois semanal que se publicou em Ponta Delgada, tendo a sua redação na rua de são Brás, 98 e 100. O Binóculo foi um dos projetos dos dois irmãos editores de jornais João Cabral (1853-1916) e Augusto Cabral (1856-1924) que foram proprietários da Litografia Lusitana.

João Cabral, identificado em alguns jornais como professor de desenho, foi, segundo Ana C. Moscatel Pereira, a alma do binóculo e do seu filho “O Pist” foi “um artista de mérito que estuda e que progride a olhos vistos [...]» e que ia «conquistando lugar honroso não só pela firmeza do traço e correcção do desenho, mas também pela graça que faz presidir aos seus trabalhos”.

No seu número 47 relativo ao dia 18 de agosto de 1883, o jornal “O Binóculo” tem como assunto principal a vida da revolucionária francesa Louise Michel (1830-905) que foi professora, poetisa e escritora, foi uma das participantes da Comuna de Paris.

Como uma das principais militantes da Comuna de Paris, Louise Michel foi um pouco de tudo, desde enfermeira e condutora de ambulâncias até comandante de um batalhão feminino. A propósito da participação das mulheres nos combates escreveu: “Os nossos amigos homens são mais atreitos a desfalecimentos de coragem que nós, as mulheres. Durante a Semana Sangrenta, foram as mulheres que levantaram e defenderam a barricada da Place Blanche- e mantiveram-na até à morte”.

Tendo recebido uma educação inspirada pelos ideais da Revolução Francesa, estudou e tirou o curso de professora primária, mas como se recusou a prestar juramento a Napoleão III foi-lhe vedado o acesso ao ensino público.

Impedida de trabalhar no ensino público, Louise Michel usa a herança que recebeu do avô para abrir escolas na província. Mais tarde regressa a Paris e continua a ensinar durante quinze anos ao mesmo tempo que publica livros de poesia e romances. Na sequência da derrota da Comuna, ela que tinha conseguido fugir, acabou por se entregar para que a sua mãe presa em seu lugar fosse libertada.

Condenada a dez anos de deportação, foi enviada para a Nova Caledónia onde manteve atividade política e foi autorizada a trabalhar como professora. Mais tarde, depois de ter sido presa por diversas vezes, exilou-se em Londres onde dirigiu, durante vários anos, uma escola libertária.

Desconhecemos se João Cabral simpatizava ou não com os ideais de Louise Michel e que fontes terá utilizado para dedicar a capa e um texto àquela revolucionária francesa.

No texto referido, depois de considerar que Louise Michel havia sido condenada a “uma pena severíssima imposta a uma mulher”, “seis anos de prisão, seguidos de 10 anos de vigilância policial” por ter participado numa manifestação em que foram saqueadas três padarias”, “O Binóculo” escreveu que ela não aceitou ser considerada criminosa comum, tendo afirmado “que o seu crime era político, e não devia ser tomada responsável pelo saque dado a algumas padarias, que não promoveu, e seria levado a efeito por alguns garotos, que, coitados, teriam fome”.

Sobre o espírito de sacrifício de Louise Michel, no texto referido podemos ler que ela era "dotada de um temperamento capaz de suportar as mais rijas provações do infortúnio, sem murmurar uma queixa ou imprecação”.

Em relação à sua dedicação aos outros e à causa que abraçou, também se pode ler que “ela, no tempo de exílio, se despojava ali das meias que trazia nos pés para dar aos mais necessitados! “ e que “amava a revolução com entusiasmo, como fanatismo cego, não por amor de si, mas dos operários e da paz do universo”.

Teófilo Braga
(Correio dos Açores, 30844 de 27 de janeiro de 2016, p.14)

sábado, 10 de setembro de 2016

Uruguai ganha a primeira escola pública 100% sustentável da América Latina

Dois mil pneus, cinco mil garrafas de vidro, dois mil metros quadrados de papelão e oito mil latas de alumínio. O que dá para fazer com isso? Acredite: uma das respostas é “uma escola”, e ela já está de pé, lá no Uruguai.
Quem projetou a construção de 270 m² foi Michael Reynolds, um norte-americano que nos anos 60 percebeu que a arquitetura havia abandonado o ser humano e fundou uma comunidade para viver de forma mais inteligente e harmônica com a natureza.

Texto e imagem: Hypeness
Há 45 anos ele criou a Earthship, especializada em edifícios sustentáveis e de baixo custo. A escola de Jaureguiberry, no Uruguai, tem placas de energia solar e moinhos de vento para gerar energia, além de hortas para a produção de alimentos orgânicos.

60% do material utilizado na escola é reciclado. Desde 2014, os moradores da região foram apresentados ao projeto e fizeram o possível para torná-lo real. Assim como 200 voluntários do Uruguai e de outros países que colocaram a mão na massa durante as sete semanas de construção, aprenderam o método de Reynolds e poderão replicá-lo pelo mundo.

A escola sustentável atenderá cerca de cem alunos por ano, com um modelo de ensino que os coloca em contato direto com a natureza e o meio ambiente. O objetivo é ressignificar a escola, fazendo dela um espaço de encontro para comunidade, setor público e privado, com aprendizados sobre inovação e sustentabilidade desde a construção até as aulas.

Para saber mais visitar o site Una Escuela Sustentable