Mais leituras
Pomares urbanos, árvores de fruto nas cidades
Pomares urbanos, árvores de fruto nas cidades
Abacateiro, goiabeira, mangueira, amoreira, pitangueira. Pensar nesse conjunto de árvores frutíferas nos remete diretamente a um ambiente rural em algum lugar no interior do Brasil. Essas cinco espécies e outras 15, porém, estão espalhadas pelas ruas, vielas e avenidas de São Paulo, a maior metrópole da América do Sul.
Isso significa que as quase 12 milhões de pessoas que habitam a capital paulista têm a oportunidade de, ao caminhar pelas ruas, observar a imensidão de uma jaqueira, chupar uma manga caída ou colher amoras.
Desde 2009, o mapa virtual e colaborativo Inventário das Árvores cataloga as principais árvores existentes em São Paulo – frutíferas, exóticas, de tempero, entre outras. As centenas de espécies encontradas certamente são um alento para aqueles que prezam por uma relação mais estreita e saudável com a natureza que nos cerca, mas o levantamento também evidencia que as regiões periféricas da cidade contam com uma presença muito menor dessas árvores.
O mapa, que também chegou à cidades como Brasília e Rio de Janeiro, mostra ainda detalhes sobre a quantidade e a qualidade das frutas, a condição das árvores e o tamanho das copas. O “Inventário”, aliás, aceita novas colaborações. Contribua!
Na Europa
Ideia semelhante já acontece na Europa. Além da plataforma Fruit City em Londres, na Alemanha o site Mundraub conta com a participação da população berlinense para mapear as árvores frutíferas da capital alemã. A plataforma já identificou mais de 1600 árvores frutíferas na região. Em toda a Europa, o Mundraub já catalogou mais de 20 mil espécies.
A presença de árvores frutíferas em ambientes urbanos, para muito além de embelezá-los, aumenta a biodiversidade, já que, de acordo com texto de Ricardo Cardim no site Árvores de São Paulo, “atraem pássaros e outros animais de ambientes naturais, ajudando a reequilibrar o meio ambiente urbano através do controle de pragas e o plantio de novas árvores trazidas de suas refeições nas matas”.
Cardim prossegue: “outro aspecto importante é a humanização das cidades. Árvores frutíferas reconectam a população com prazeres simples como colher frutas silvestres no pé e a descoberta de novos sabores, incentivam o uso de espaços públicos e estimulam as crianças a subirem e brincarem com as árvores.”
Fonte: Portal Aprendiz
Sem comentários:
Enviar um comentário
1) Identifique-se com o seu verdadeiro nome e sem abreviaturas.
2) Seja respeitoso e cordial, ainda que crítico.
3) São bem-vindas objecções, correcções factuais, contra-exemplos e discordâncias.