Texto e cartaz feito por João Soares
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Fôssemos mais uma suave entrega da brisa
Ou entregues aos labores de um estorninho
E apenas o Sol fogoso animando a arte
Fôssemos mais erva, suas folhas
um atlas de pele coberta pela personalidade de um rio
sem represas, solto, indomável
Fôssemos mais chão
Largo, orgânico, fresco
Fôssemos mais baleias e peixes
usufruindo do sal e da energia do mar
o verbo maior do nosso planeta
Fôssemos todas e todos flores
pétalas atraindo polinizadores
como os músicos, os actores, os poetas
Fôssemos os sensíveis construtores de caminhos
E partilharmos sem mistério a bondade
dos simples.
João Soares, 20 de Agosto de 2016
Publicado na revista O Instalador em Outubro de 2016
E apenas o Sol fogoso animando a arte
Fôssemos mais erva, suas folhas
um atlas de pele coberta pela personalidade de um rio
sem represas, solto, indomável
Fôssemos mais chão
Largo, orgânico, fresco
Fôssemos mais baleias e peixes
usufruindo do sal e da energia do mar
o verbo maior do nosso planeta
Fôssemos todas e todos flores
pétalas atraindo polinizadores
como os músicos, os actores, os poetas
Fôssemos os sensíveis construtores de caminhos
E partilharmos sem mistério a bondade
dos simples.
João Soares, 20 de Agosto de 2016
Publicado na revista O Instalador em Outubro de 2016
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