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terça-feira, 3 de novembro de 2015

Um ano depois do caso LuxLeaks nada mudou



Várias personalidades políticas europeias e economistas pediram aos Estados-membros da União Europeia “mais transparência e cooperação” contra a evasão fiscal, lamentando que um ano depois do caso LuxLeaks nada tenha mudado. O desabafo foi publicado esta terça-feira num artigo no jornal francês Libération.

Os signatários, entre eles o antigo presidente da Comissão Europeia Romano Prodi e o economista francês Thomas Piketty, pedem aos Estados-membros que apoiem a proposta do “relatório país por país, actualmente em discussão no quadro da directiva sobre os direitos dos accionistas”.

A proposta visa obrigar as empresas cotadas a “publicar informações sobre as suas actividades e os seus impostos”.

Em Novembro de 2014, “um grupo de jornalistas internacionais revelou que mais de 300 multinacionais assinaram, entre 2002 e 2010, acordos secretos com o Luxemburgo, a fim de reduzir drasticamente a quantidade dos seus impostos”, lembra o texto também assinado pelo relator do Parlamento Europeu da directiva sobre os direitos dos accionistas, Sergio Cofferati, pelos deputados socialistas franceses Pervenche Berès e Emmanuel Maurel ou o economista Jean-Paul Fitoussi. “Um ano após o LuxLeaks nada mudou”, lamentam.

“A União Europeia deve garantir que as multinacionais paguem os seus impostos onde elas fazem os seus lucros. Exigimos reformas ambiciosas para reduzir a evasão fiscal, preencher as lacunas na legislação, punir os paraísos fiscais e combater a corrupção e a lavagem de dinheiro. Temos de melhorar a transparência e cooperação transfronteiriça”, escrevem os signatários, defendendo que o “relatório país por país representaria um grande passo em frente na luta contra a evasão e a fraude fiscais”.

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