O Anjo - Irene Vilar |
Às vezes ou quase sempre ou outras vezes
Às vezes sinto-me sem rosa dos ventos
Outras vezes um farol e âncora dos desprotegidos
dos náufragos de sonhos e delírios
às vezes ou quase sempre um felino
independente com olhar meigo
e de uma sensibilidade de nuvens
Um coração cheio de natureza.
Às vezes sou áspero e rápido
e elétrico puro
da matéria mais indivisível
que o fotão e desespero
e fulmino e queimo a lava que brotou
ainda cheirando a enxofre
Quase sempre adoro morder frutos e bagas
Sorver um rio inteiro
Uma multidão de Paz
Um espaço aberto
de amor incondicional
de abraçar o mundo.
Por João Soares 14 de Dezembro de 2014
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