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quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Como elevar o primado da diversidade humana dentro da maior mentira do séc. XXI que é a austeridade

Muito precisava desta lentidão e qualidade pedagógica e elevação estética que não existe no telelixo. Os pais e professores estão cada vez mais isolados. Vamos deixar que o economês nos derrube?

Acho que temos que contornar as ideologias e trazer valores ao debate político. Trabalharmos as fronteiras que nos une e que nos divide. Caso contrário, o Holocausto repetir-se-à. A austeridade carrega em si um programa ideológico e não um programa de crescimento ou de economia ou de paz. Imagino-me e tenho cada vez mais a sensação de caminhamos para a autofagia, como no filme Apocalypto. Será a História sempre um eterno Big-bang e um Big-crash? Não poderemos inverter activamente por meios pacíficos? Eu vejo isso pelo meu próprio filho e enquanto professor: há demasiado bullying nas escolas, as aprendizagens estão desfasadas e comprimidas por causa dos exames, quase tudo reduzido a papel e lápis e copiar/colar , mais do que Ensino pelos processos e reflexões. A sociedade desabou/colapsou-se do consumismo e adormecida pela Disney Kids e telelixo e futebol que propaga valores de conflito e parvoíce...Depois o patronato em crise com o trabalhador. Na AR não devia haver disciplina de voto. Aos deputados pede-se mais deveres cumpridos do que zelar por seus interesses e por seus direitos. Sei que alguns são raríssimas excepções, mas indigna-me ver como presidenta da AR, uma reformada aos 40 e poucos anos! Indigna-me saber que quase 60% de deputados são acessores de empresas e de escritórios de advogados...etc, etc...E temos em mãos 1,5 milhão de pobres e 3 milhões em pura sobrevivência...O fio já é grande. Para terminar um video com fotos de várias populações e etnias humanas e um poema cortante de António Gedeão. Cumprimentos a todos.

Homem 
Inútil definir este animal aflito. 
Nem palavras, 
nem cinzéis, 
nem acordes, 
nem pincéis são gargantas deste grito. 
Universo em expansão. 
Pincelada de zarcão 
desde mais infinito a menos infinito. 
António Gedeão

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