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terça-feira, 9 de outubro de 2012

Nuno Grande. Grande homem.



Até sempre ou até breve. Mas ficam cá portugueses que te seguirão os passos. Tive a honra de o conhecer pessoalmente. Nuno Grande, excelente professor do Instituto Biomédico do Porto, era uma excelente pessoa, um coração de ouro que se dava 110% ao seu trabalho. Dois textos, uma marca: GRANDE homem! 

1. Disse um dia numa entrevista ao jornal do Comércio do Porto: "Tentamos resolver os problemas dos estudantes. Normalmente, mais de estudantes estrangeiros, brasileiros, africanos de todos os países, venezuelanos... Mas também de portugueses que aparecem com problemas muito, muito sérios. Às vezes é terrível. Noutro dia cheguei de manhã à reitoria e estava lá uma rapariga cabo-verdiana que me diz, "desde ontem à tarde não tenho onde dormir". Tive que arranjar solução até ao fim da tarde. Temos problemas desta natureza." 

2. Escrevia no Jornal de Notícias em 2008: "Mudanças foram prometidas no sistema educativo em Portugal e no entanto os estudantes portugueses continuam a ir estudar Medicina para Espanha, outros para a Republica Dominicana e Republica Checa....Tenho pena que não haja uma selecção vocacional, para que deixe de haver médicos que não acabam cursos, outros que entram na politica, e outros que envergonham a juramento de Hipócrates. Parece que bastam computadores para tudo se resolver".


Ó ventos do monte
Ó brisas do mar
A história que vou contar
Dum pastor Florival
Meu irmão de Bensafrim
Natural rezava assim
Passava ele os dias
No seu labutar
E os anos do seu folgar
Serras vai serras vem
Seu cantar não tinha fim
O pastor cantava assim
Ó montes erguidos
Ó prados do mar em flor
Ó bosques antigos
Trajados de negra cor
Voa andorinha
Voa minha irmã
Não te vás embora
Vem volta amanhã
Dizei amigos
Dizei só a mim
Todos só de um lado
Quem vos fez assim
Dizei-me mil prados
Campinas dizei
A história que não contei
Serras vai serras vem
O seu mal não tinha fim
O pastor cantava assim
Ó montes erguidos
Ó prados do mar em flor
Ó bosques antigos
Trajados de negra cor
Voa andorinha
Voa minha irmã
Não te vás embora
Vem volta amanhã
Dizei amigos
Dizei só a mim
Todos só dum lado
Quem vos fez assim
Seu bem que ele vira
Num rio a banhar
Ao vê-lo vir espreitar
Nunca mais apareceu
Ao pastor de Bensafrim
Sua dor chorava assim
Ó montes erguidos
Ó prados do mar em flor
Ó bosques antigos
Trajados de negra cor
Voa andorinha
Não te vás embora
Vem volta amanhã
Dizei amigos
Dizei só a mim
Todos só dum lado
Quem vos fez assim

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