«My country. My class. Poor people. Old people. No health care. Young people. Cut education. Black people.Discrimination. Gay people. Legislation. My country.
Will you ever recover».~ Vini Reilley
A Santíssima Trindade da outra senhora está completa. D. Policarpo tornou-se no Cerejeira (ler a propósito crónica excelente de Mário de Carvalho). Cavaco na sua página do facebook e Sampaio no Expresso parecem que acordaram de um "coma", mas definitivamente não estão a falar pelo povo, falam para dentro de cada um dos seus partidos. Enfim, o carrossel da impunidade e mediocridade perpetua-se e continua. Pela tua sobrevivência adere à desobediência civil pacífica, por uma democracia mais intensa e próxima da Natureza. Partilho, por isso, um texto (longo) "Message from the Icelandic activist Birgitta Jónsdóttir" / "Mensagem da activista Islandesa Birgitta Jónsdóttir" (Translation by Carlos Clara Gomes) mas que vale a pena lê-lo e partilhar. Bom domingo, sempre em reflexão e (re)acção.
Uma mensagem minha para todos os que protestam. Especialmente para os meus amigos de Portugal.Caros irmãos e irmãsQuem me dera poder estar convosco pessoalmente, pois tenho saudades dos protestos que tivemos na Islândia quando surgiu a nossa crise financeira de 2008/2009.Tenho saudades do espírito e do sentido de união que todos vivemos. O meu espírito está convosco e com todos aqueles que hoje se erguem. Povos de todo o mundo estão a acordar para a realidade de que os nossos sistemas já não nos servem. Os sistemas são auto-imunes e defendem-se a eles mesmos em vez de defenderem quem deviam estar a servir: TODOS VÓSNunca nos esqueçamos que nós também somos o sistema, nós também somos o governo, e se nós queremos mudar isso temos que ir lá dentro e criar uma ponte entre o poder e o povo. Antes de mais, sou uma poetisa que escolheu ver-se tanto como poetisa como uma hacker no Parlamento, para entender como trazer mais poder para o Povo da Islândia.Foram os nossos irmãos e irmãs da revolta na Argentina, quem começou a usar panelas e frigideiras, quando se levantaram contra o seu presidente corrupto e o FMI há alguns anos atrás. Nós fomos inspirados por eles. Agora vocês são inspirados por nós. Lembremo-nos de que mesmo o menor sofrimento ou alegria de alguém em nosso mundo é também realmente nosso, pois somos um único povo.As ideologias da velha escola da política, dos media, sistemas monetários, empresas e todas as estruturas conhecidas estão em um estado de transformação. Eles estão desmoronando-se. Agora é a hora de uma mudança fundamental a todos os níveis: temos que aproveitar este momento. Porque este é O momento.É invulgar que tantas gerações e indivíduos tenham semelhante oportunidade como esta para transformar o mundo tal como nós o conhecemos. A grande questão é: como podemos transformá-lo? Alteremos a pirâmide do poder para um círculo de poder onde todos nós sejamos valorizados enquanto tal.É óbvio que estamos funcionando fora do planeta, muitas das pessoas perderam a conexão vital com o nosso ambiente, a maior parte da humanidade já não compreende a causa e o efeito da falta de sustentabilidade e muitos de nós sentem-se perdidos, deslocados e solitários. Todas as estruturas que achávamos que cuidariam de nós, sejam elas sistemas, ideologias, religião, política ou instituições estão falhando. Que momento, este!Seguir o coração e as entranhas como um poeta faz muito mais sentido para mim do que a seguir o antagonismo ou a manipulação ideológica. A ideologia do certo ou errado do velho mundo simplesmente foi superada. Já não temos parlamentos fortes, com uma ligação estreita e directa entre o povo em geral e os centros de decisão. Temos os chamado políticos profissionais que estão distantes da realidade da maioria em que nós vivemos.Partidos e os políticos estão muitas vezes instalados num casamento pouco saudável com os interesses financeiros e a corrupção prospera na arena política em todo o mundo. Enquanto muitos governos falam sobre transparência, o processo de políticas e de leis é retalhado em sigilo.Precisamos mudar isso. Nós temos que saber o que queremos, em vez dessa realidade que estamos enfrentando.O século XXI será a nossa era, a das pessoas comuns, onde iremos entender que, para viver na realidade que sonhamos, temos que participar e colaborar para co-criar essa mesma realidade.Exorto-vos a participar num movimento de mudança, fazer parte activa desta oportunidade de mudança. Se eu pude ser deputada no parlamento islandês, qualquer um pode ser membro do parlamento.Aqui está a nossa primeira tarefa: Se há algo que está entre o que nós temos que fazer sob a tutela das nações e não das grandes empresas, então é o seguinte: as companhias de água, as empresas de energia, o bem-estar social, a educação, a internet e os sistemas de saúde.Fizemos tudo tão complexo e grandioso, talvez seja hora de voltar a formas mais simples, formas mais auto-sustentáveis. Nós podemos fazer isso, aprendendo uns com os outros, ajudando-nos mutuamente, local e globalmente, lembrando-nos que nós, como indivíduos, podemos mudar o mundo, e agora é a hora de avançar - assumirmos esse desafio e sermos os manufactores de mudança. Não esperemos que os outros o façam por nós, a hora de fazer a diferença chegou!
Com a devida vénia vou roubar o texto.
ResponderEliminarAbraço,
mário