Páginas

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Novo Relatório PNUMA - "Rumo a uma Economia Verde" comprova que a economia verde cria emprego e protege o ambiente

UM MARCO HISTÓRICO


Foi publicado ontem, 16 de Novembro, o relatório PNUMA (UNEP) criador de esperança, de planos de investimento já existentes em todo o mundo e nas diversas actividades humanas, em que se privilegiou a economia verde. O Relatório comprova que houve progresso significativo nas populações, com criação de postos de trabalho e maior protecção ambiental. No meu blogue deixo o resumo técnico em Português e o Prefácio. Para leitura completa (e em inglês) a UNEP disponibiliza em linha, que podes lê-lo aqui ou em pdf, que podes descarregar também aqui.

PNUMA_Rumo À Economia Verde_Síntese_PT

Vinte anos após a Cúpula da Terra, as nações se encontram novamente a caminho do Rio, mas num mundo diferente, que mudou muito desde 1992. Naquela época estávamos apenas vislumbrando os desafios emergentes em todo o mundo desde a mudança climática até a perda de espécies devido à desertificação e à degradação da terra. Hoje, muitas dessas preocupações, aparentemente distantes, estão se tornando realidade com implicações sóbrias não somente para o alcance dos Objetivos de Desenvolvimento do Milénio das Nações Unidas, mas também estão pondo em risco a oportunidade de quase 7 biliões de pessoas – 9 biliões até 2050 – de sobreviver, quem dirá de prosperar. A Rio 92 não foi um fracasso mundial – longe disso. Ela forneceu a visão e as peças fundamentais de um mecanismo multilateral para se alcançar um futuro sustentável. Mas isso só será possível se os pilares ambientais e sociais do desenvolvimento sustentável tiverem um mesmo tratamento econômico: onde a frequentemente esquecida força motora da sustentabilidade, desde as florestas até a água doce, também receba tratamento de mesmo peso, ou maior, num planejamento econômico e de desenvolvimento. 

Rumo a uma Economia Verde está entre as contribuições-chave do PNUMA ao processo Rio+20 e ao objetivo geral de luta contra a pobreza e promoção de um século XXI sustentável.O relatório apresenta argumentos económicos e sociais convincentes para o investimento de 2% do PIB mundial para tornar verde os 10 setores estratégicos da economia, de forma a redirecionar o desenvolvimento e desencadear um fluxo público e privado rumo à baixa emissão de carbono e a um caminho de uso eficiente de recursos. Tal transição pode catalisar uma atividade econômica de tamanho comparável pelo menos às práticas atuais, mas com um risco reduzido de crises e choques cada vez mais inerentes ao modelo existente. Novas ideias são assustadoras por sua própria natureza, mas muito menos assustadoras do que um mundo onde a água potável e a terra produtiva estão se acabando, devido ao cenário de mudanças climáticas, eventos de condições 
climáticas extremas e aumento da escassez de recursos naturais.

Uma economia verde não favorece uma ou outra perspectiva política. Ela é relevante a todas as economias, sejam elas controladas pelo estado ou pelo mercado. Também não é uma substituição de um desenvolvimento sustentável. Ao contrário, ela é uma forma de se alcançar desenvolvimento nos níveis regional, nacional e global, ressoando e ampliando a implementação da Agenda 21.A transição à economia verde já está a caminho – como está destacado neste relatório e nos estudos complementares elaborados por organizações internacionais, países, corporações e organizações representantes da sociedade civil. No entanto, o desafio, claramente, é como aproveitar ao máximo este impulso. A Rio+20 oferece uma oportunidade real para se ampliar e fortalecer esses “brotos verdes”. Ao fazer isso, este relatório oferece não somente uma rota para o Rio, mas vai além de 2012, onde um gerenciamento mais inteligente de capital natural e humano guia a criação de riquezas e a direção deste mundo. 
Achim Steiner
Diretor Executivo do PNUMA
Subsecretário Geral da ONU

Sem comentários:

Enviar um comentário

1) Identifique-se com o seu verdadeiro nome e sem abreviaturas.
2) Seja respeitoso e cordial, ainda que crítico.
3) São bem-vindas objecções, correcções factuais, contra-exemplos e discordâncias.