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domingo, 27 de fevereiro de 2011

Alimentos vs combustível e o preço da gasolina - os lucros só estão dentro de um puzzle INsustentável

Fui aos meus arquivos...(re)lendo isto até me deu arrepios...é ...é mesmo da Business Week (ler embaixo) e...e alto lá DuPont (??), ah é aquela que??? Voltei novamente e cruzei-a com esta notícia CTNBio aprova o milho Herculex, parceria da DuPont com a Dow AgroSciences.

Os biocombustíveis e os transgénicos constituem o maior erro da nossa civilização.  Mas estão dentro ou encaixam-se como peças de um puzzle INsustentável. Explico-me.
Como é possível aceitarmos em produtos de origem orgânica ,digamos que por lei norte-americana poder conter até 5% de OGM? (clica aqui) Já viu? Imagina esse grau de contaminação em produtos ditos regionais portugueses: desde hortícolas a fumeiros?
Aceitaria comer numa pousada ou alojamento turístico ou um simples restaurante nacional uns presuntos "orgânicos" com contaminação transgénica? E como podemos saber? Aceita que genes da vida sejam patenteados?
E os vegetarianos também terão que estar atentos...
E saberão como a produção/ exportação dos EUA tem sobrevivido?
-com biocombustíveis,
- mais subsídios para uma tecnologia agrícola cara e cada vez mais frágil (seja a resistência a pragas, baixa resistência a variações climáticas, agricultura associada a alergias, depois contaminação de outras  culturas, elevados consumos de água, etc)
- e à custa da sobre-exploração dos países não europeus (suicídio de agricultores, exploração até à escravidão das condições de trabalho em países africanos e sul-americanos, substituição da Amazónia por pastagens (e pecuária) e campos de soja OGM e/ou  milho/cana de açúcar para biocombustíveis  por exemplo, para não falar de África, sempre África- ler postagem no BioTerra).
- com apoio ao nuclear (ler aqui postagem no BioTerra)
- controle dos mass media, capazes de colocar rapidamente mensagens de lavagem verde com grande volume de exemplares e em pouco tempo em todo o mundo
Não admira pois que o aumento do preço do crude só beneficie única e exclusivamente as grandes corporações.
E assim temos a catequese do hipermodernismo com "excelentes" notícias do missal hiperliberal (além da Business Week, temos esta por exemplo- Brasil já é o 2º produtor de transgénicos a nível mundial)
"Usufruam da boa vida, que a agrotecnologia trata da vossa saúde e da vossa vida" 

(Na  Europa podemos estar "confiantes" no GMO compass? creio que não...no Brasil é conhecida a corrupção que vai dentro da CTNBIO/EMBRAPA/ISAAA ....nos EUA a corrupção é enorme (FDA/USDA)  e nunca foi noticiado cá já duas perdas enormes de produção transgénica no Midwest..só que...pois é, está subsidiada...Bush filho dispendeu biliões de dólares às empresas biotecnológicas e suas explorações)....

Somos claramente mais autónomos, certo? claramente com mais esperança de vida, certo? mas muito mais frágeis: registam-se quase igual nº de casamentos como divórcios, ou trabalhas precariamente ou estás fora, descredibilizam-se as greves, as manifestações públicas de desagrado, os feminismos, e todos os ismos, não há história, vive hoje...e logo terás um produto qualquer que "alivia" o teu presente....tipo publicidade enganosa como já vi "faz maratona com este I-qualquer coisa (de fonte não renovável, é quase certo)"....
Artigo da Business Week
Excertos:
The spike in the price of corn that's hurting Boerboom and other pork producers isn't caused by any big dip in the overall supply. In the U.S., last year's harvest was 10.5 billion bushels, the third-largest crop ever. But instead of going into the maws of pigs or cattle or people, an increasing slice of that supply is being transformed into fuel for cars. The roughly 5 billion gallons of ethanol made in 2006 by 112 U.S. plants consumed nearly one-fifth of the corn crop. If all the scores of factories under construction or planned go into operation, fuel will gobble up no less than half of the entire corn harvest by 2008.


Corn is caught in a tug-of-war between ethanol plants and food, one of the first signs of a coming agricultural transformation and a global economic shift. Ever since our ancestors in the Fertile Crescent first figured out how to grow grains, crops have been used mainly to feed people and livestock. But now that's changing in response to the high price of oil, the cost in lives and dollars of ensuring a supply of petroleum imports, and limits on climate-warming emissions of fossil fuels. Farms are energy's great green hope. "Economics, national security, and greenhouse gases have created a perfect storm of interest," says John Pierce, vice-president for bio-based technology at DuPont, (DD ) which is making fuel and chemicals from plants.


Indeed, a massive expansion of biofuels is the one policy that has support from Democrats and Republicans and from both ends of Pennsylvania Avenue. In his Jan. 23 State of the Union address, President George W. Bush called for 35 billion gallons of renewable fuels per year within 10 years, enough to replace 15% of gasoline burned in American cars and trucks. Congress is considering measures that would require 60 billion gallons by 2030. And the fervor for greener fuels isn't just a U.S. phenomenon. Europe is requiring that 5.75% of diesel fuel come from plants by 2010, while Japan and others line up contracts to buy biofuels to reduce their greenhouse gas emissions.



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