A Carta da Terra constitui uma espécie de Código de Ética direccionada para a sustentabilidade, a paz e a justiça económica e dela constam princípios e valores de natureza universal que deverão ser tidos em conta no momento de tomada de decisões políticas.
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segunda-feira, 31 de maio de 2010
Iniciativa Carta da Terra aprovada pelo nosso Parlamento!!
domingo, 30 de maio de 2010
Sobre a British Petroleum e o desastre ecológico no Golfo do México
Última Hora Público, 30 de Maio BP reconhece falhanço da manobra “top kill” para estancar derrame no golfo do México
Is BP Oil Catastrophe ‘Unprecedented’? Hardly
Numerous politicians and oil industry officials have claimed the BP oil catastrophe growing in the Gulf of Mexico is “unprecedented.” From BP CEO Tony Hayward, who called his company’s environmental crime an “unprecedented accident,” to Admiral Thad Allen, U.S. Coast Guard, who called it an “unprecedented anomalous event,” officials and pundits have given the impression that the consequences of this catastrophe could not have been predicted. In a Congressional oversight hearing on the apocalyptic disaster on Thursday, Rep. Doc Hastings (R-WA) even argued the country should respond to this “unprecedented” event by making sure “that we continue to produce oil here in the states.”
Watch a compilation prepared by ThinkProgress:
On Thursday, May 27, Rep. George Miller (D-CA) responded to the myth that this catastrophe was unprecedented and thus unforeseeable:
Every time we have a catastrophic event like this involving British Petroleum or other parts of the oil and gas industry, we’re told that this is an unpredictable cascade of unforeseeable errors, that this is unprecedented, that nobody could have foreseen this. This is sort of like the bankers on Wall Street. Nobody could have foreseen the risks that they engineered themselves, so nobody’s responsible. I don’t believe this was some “black swan” or “perfect storm” event. There wasn’t something that could not have been foreseen. And I don’t think this is something you can promise will never happen again.
Like the rest of the oil industry, BP has a long record of tragic, extraordinary environmental disasters, stretching from Alaska to Nigeria. And this particular disaster is not unprecedented in size, in the kind of accident, nor in the methods used to respond. There have been dozens of oil well blowouts in the Gulf of Mexico, including 39 since 2007, and the worst oil blowout in history in 1979. What makes this catastrophe new is its location in the fertile and fragile ecosystem of the northern Gulf, and the depth at which the well was drilled, increasing the dangers. But this event is yet another tragic reminder of the truth of George Santayana’s dire maxim: “Those who cannot remember the past are condemned to repeat it.”
Cross-posted on the Wonk Room.
On Wednesday,26 of May, Rachel Maddow described on her MSNBC show how the 1979 Ixtoc I blowout in the Gulf of Mexico -- the largest accidental oil spill in history -- was eerily similar to today's Deepwater Horizon blowout. However, the Ixtoc's failed cofferdam effort was called a "sombrero," a totally different kind of headgear from BP's failed "top hat."
sexta-feira, 28 de maio de 2010
quinta-feira, 27 de maio de 2010
Aquaduct- bicicleta transportadora de água filtrada
Aquaduct utiliza a capacidade humana para pedalar, filtrar e armazenar potável e água para cozinhar, dando esperança para aqueles que no mundo em desenvolvimento que lutam por acesso a água potável ou o seu transporte. Aquaduct é uma criação de Adam Mack, Brian Mason, John Lai, Paul Silberschatz, e Eleanor Morgan e foi recentemente anunciado como o vencedor do Grande Prêmio da Innovate or Die
A bomba peristáltica ligado ao pedal puxa água de um tanque de grande porte, através de um filtro de carbono, para um pequeno tanque limpo. O tanque limpo é removível e fechado para armazenamento e uso doméstico , livre de contaminação. Uma embraiagem engata e desengata a correia de accionamento do pedal de marcha, permitindo ao piloto filtrar a água, enquanto viaja ou enquanto estiver parado.
quarta-feira, 26 de maio de 2010
Vitivinicultura: 700 pessoas núas pelo clima (Greenpeace França 2009)
Partout dans le monde, les impacts des changements climatiques se font sentir. En France, les terroirs et les vignes en souffrent déjà... Si nous n'agissons pas - ici et maintenant !-, l'homme et l'ensemble de son patrimoine culturel sont à terme condamnés. Ensemble, Greenpeace et l'artiste américain, Spencer Tunick, ont réalisé à une mobilisation artistique unique et originale pour symboliser les impacts des changements climatiques.
terça-feira, 25 de maio de 2010
DOE: Grid can tap more wind, solar
segunda-feira, 24 de maio de 2010
Ecologia, economia e ética
domingo, 23 de maio de 2010
Dia do Turismo - Turismo como Motor de Desenvolvimento Local: o caso do Vale do Tua .
Junto a tese do meu mestrando José Veiga Simão, recentemente defendida, intitulada Turismo como Motor de Desenvolvimento Local: o caso do Vale do Tua.
É interessante lerem a tese, em especial as recomendações propostas, mas desde já chamo a vossa atenção para três conclusões que me parecem particularmente significativas:
1. Historicamente, não há qualquer correlação significativa entre a presença de albufeiras e o desenvolvimento local na região de Trás-os-Montes e Alto Douro;
2. Observa-se uma discrepância radical entre as opiniões de presidentes de junta e de empresários quanto aos benefícios/prejuízos da barragem de Foz Tua: 66% dos presidentes de junta acham que a barragem poderá ser benéfica; enquanto 69% dos empresários do sector turístico acha que a barragem será prejudicial;
3. O investimento num modelo de desenvolvimento assente nos valores locais gera onze vezes mais emprego do que a barragem, por milhão de euros investido; com a diferença que o modelo local gera emprego permanente autóctone, enquanto a barragem gera emprego temporário alóctone.
Boa leitura,
Joanaz de Melo
__________________
João Joanaz de Melo
(PhD Env.Eng., Assistant Professor / Doutor Eng. Ambiente, Prof. Aux.
c/Agregação)
CENSE - Center for Environmental and Sustainability Research
Dept. Environment / Dept. Ciências e Engenharia do Ambiente
Faculdade de Ciências e Tecnologia, Universidade Nova de Lisboa
2829-516 Caparica, PORTUGAL
Tel: +351-212948374 (sec); +351-212948300 x.10121 (office), x.10104/10179
(sec)
Fax: +351-212948554
E-mail: jjm@fct.unl.pt
www.ambientenanova.org
www.dcea.fct.unl.pt/cense
sábado, 22 de maio de 2010
Dia Mundial da Biodiversidade: Biodiversity Heritage Library
- About the Biodiversity Heritage LibraryTen major natural history museum libraries, botanical libraries, and research institutions have joined to form the Biodiversity Heritage Library Project. The group is developing a strategy and operational plan to digitize the published literature of biodiversity held in their respective collections. This literature will be available through a global biodiversity commons.
- Mission
- The participating libraries have over two million volumes of biodiversity literature collected over 200 years to support the work of scientists, researchers, and students in their home institutions and throughout the world.
The BHL will provide basic, important content for immediate research and for multiple bioinformatics initiatives. For the first time in history, the core of our natural history and herbaria library collections will be available to a truly global audience. Web-based access to these collections will provide a substantial benefit to people living and working in the developing world -- whether scientists or policymakers.
Open access, online taxonomic literature
Blog
Biodiversity Heritage
sexta-feira, 21 de maio de 2010
Vida artificial criada pela primeira vez
Vida artificial criada pela primeira vez
O cientista norte-americano Craig Venter, já conhecido pela sua intervenção na descodificação do genoma humano há 10 anos, criou a primeira forma de vida artificial: uma bactéria composta por uma molécula de ADN sintético reproduziu-se, dando origem à primeira célula viva com genoma artificial.
Em laboratório, Venter e a sua equipa fabricaram as unidades básicas do ADN de uma bactéria (Mycoplasma mycoides) a partir de quatro frascos de substâncias químicas e um sintetizador e introduziram esse material sintético numa outra célula recetora de espécie diferente (Mycoplasma capricolum). A nova espécie nasceu em poucos segundos.
"Acho que o mais importante é que estamos a entrar numa nova era da ciência limitada apenas pela nossa imaginação", disse Venter à revista Science, onde foram publicados os resultados da experiência.
Apesar do feito levantar questões éticas e filosóficas, poderá ter um impacto inegavelmente positivo noutros aspetos da vida: "Esta é uma ferramenta potentíssima. Estamos atualmente a desenvolver algas capazes de capturar CO2 e convertê-lo em hidrocarbonatos que podem ser processados nas refinarias. Isto evitaria ter de extrair mais petróleo do solo", explica Craig Venter.
A equipa espera que a descoberta possa ainda contribuir para tornar a água potável, acelerar o fabrico de medicamentos e ajudar na produção de vacinas.
Veja aqui a entrevista do cientista Craig Venter à revista Science.
quinta-feira, 20 de maio de 2010
Protesto das Formigas
Debate - Living Simply
Maternidade
quarta-feira, 19 de maio de 2010
Texto de Hermann Hesse: “Árvores”
Foto por Gigliola Spaziano- millenary olive tree in Greece |
Suas raízes descansam no infinito, mas elas não se perdem de si mesmas ali, elas lutam com todas as forças de suas vidas por uma coisa apenas: preencher a si mesmas em acordo com suas leis, construindo e erguendo suas próprias formas que melhor representem o que elas verdadeiramente são.
Nada é mais sagrado, nada é mais exemplar que uma bela e forte árvore.
Quando uma árvore é cortada e revela seu tronco nu e cortado ao sol, alguém pode ler sua história no luminoso e inscrito disco do seu tronco: nos anéis, seus anos, suas cicatrizes, todos os seus esforços, todos os seus sofrimentos, todas as suas doenças, toda a felicidade e prosperidade ali, verdadeiramente escritas, tempos de escassez entremeados nos tempos fartos, os ataques que suportou e as tempestades a que resistiu. E todo o jovem fazendeiro sabe que a mais rara e nobre madeira, tem os anéis mais apertados, que a altura das montanhas e seus permanentes perigos, no que têm de mais indestrutível e forte, dão as condições ideais para o seu crescimento.
Uma árvore diz: um grão está escondido em mim, uma faísca, um pensamento, eu sou vida, da vida eterna. A tentativa e o risco da mãe eterna me conceber é única, única na textura e veias da minha pele, única no menor brincar das folhas nos meus ramos, única na menor das cicatrizes na minha casca. Eu fui feita para dar forma e revelar o eterno no menor dos meus mais especiais detalhes.
Uma árvore diz: minha força é confiável. Eu não sei nada sobre os meus pais, não sei nada sobre as centenas de crianças que todo ano saltam de mim. Eu trago à vida, os segredos contidos nas minhas sementes à sua mais última finalidade e não me importo com nada mais. Confio que Deus está em mim. Confio que meu trabalho é sagrado. Tudo o que vem desta confiança, eu vivo.
Quando somos atacados e não podemos mais afirmar nossas vidas, então uma árvore tem algo a nos dizer: Acalme-se! Acalme-se! Olhe pra mim! A vida não é fácil, a vida não é difícil. Estes são pensamentos infantis… Seu Lar não é aqui ou lá. Seu Lar está dentro de você ou não está em nenhum lugar.
Meu coração anseia soltar suas lágrimas quando ouço o farfalhar nas árvores à janela durante a noite. Se alguém ouvi-las silenciosamente por um bom tempo, o anseio revela seu grão – sua essência, e seu significado. Isso não é tanto uma maneira de fugir do sofrimento de alguém, ainda que pareça. Isso é o anseio por um lar, pela memória da mãe, por novas metáforas da vida. Isso leva ao lar. Cada jornada conduz de volta ao lar, cada passo é um nascimento, cada passo é uma morte, cada sepulcro é uma mãe.
Então, a árvore farfalha à noite quando nos colocamos desconfortavelmente diante dos nossos pensamentos infantis. Árvores têm duradouros pensamentos, duradouros e restauradores respirares, e tão duradouras suas vidas quanto são as nossas. Elas são mais sábias do que nós somos, até que comecemos a ouvi-las. Mas quando aprendemos a ouvir as árvores, então, a brevidade, a rapidez, a inocência precipitada dos nossos pensamentos encontrarão incomparável alegria. Quem quer que aprenda a ouvir as árvores, acaba querendo ser como as árvores: não irão querer ser outra coisa senão o que realmente são. Aí está o Lar. Aí está a felicidade.
terça-feira, 18 de maio de 2010
Comer com gosto
E o que sai do laboratório, pela minha lógica, não pode ser comida. Mas mesmo eliminando o que inclui números ainda sobra muita coisa que não entra no meu carrinho de compras. Por exemplo, não aprovo ingredientes que, há cem anos apenas, ninguém usaria na cozinha, mesmo se começarem pela palavra Vitamina, ou jurarem que fazem bem aos intestinos. E depois ainda há aquelas comidas que se querem fazer passar por outras – chamo-lhes os travestis. Margarina e bolachas com "sabor" a chocolate são bons exemplos, mas os adoçantes que querem fazer de conta que são açúcar para poupar nas calorias são talvez daqueles a quem mais cuidadosamente barro a porta de casa. Quando tenho dúvidas, aplico uns testes muito simples: pode ser produzido numa quinta, ou pescado no mar? Percebo como passa do estado original para a embalagem final? Se a resposta é não, é porque não é para mim. Isso leva-me a passar ao lado de quase todo o pão dos supermercados e padarias, repleto que está de "melhorantes" e "enzimas", ou ainda da míriade de outros alimentos com espessantes, corantes, estabilizantes ou demais maravilhas da tecnologia alimentar.
Claro, a maneira como a comida é processada também conta, não basta escrutinar os ingredientes. A radioactividade, por exemplo, pode ter muitos fins úteis, mas comida irradiada rima com comida doente... e que nos põe doentes a nós. E a aplicação de radiação electromagnética (vulgo forno de microondas) garantidamente também não foi pensada para nos trazer mais saúde. Quanto ao leite UHT, o tal que ainda está igual a si próprio mesmo após seis meses de esquecimento no fundo do armário, bem, arranjem leite do dia pasteurizado, encham um copo de cada um e façam o teste à família toda, a ver se não distinguem o que ainda sabe a leite daquele que do leite já só tem o aspecto.
Na busca da comida como "nos bons velhos tempos", gosto de reparar também nos ingredientes "invisíveis". Prefiro, tal como a restante população europeia, que as minhas hortaliças sejam sem pesticidas, o meu leite sem antibióticos e a minha carne sem hormonas... mesmo se trouxerem o selo europeu de autorizado. Se for do campo e não de aviário ou de aquacultura, melhor. E sendo colhido e comido na época, melhor ainda.
E que dizer da mais moderna de todas as invenções alimentares, os alimentos geneticamente modificados, ou transgénicos? Já ouvi as sete maravilhas sobre eles: mais nutritivos, mais duradouros, mais limpos de pesticidas, muito estudados e seguros, até a fome no mundo e a crise energética (através de biocombustíveis) eles se preparam para resolver. Mas eu confesso: a primeira vez que comprei óleo de soja e depois verifiquei pelo rótulo que continha soja geneticamente modificada senti um aperto abaixo do estômago que nunca me engana. Esta comida transgénica pode ser apropriada para cobaias de laboratório, mas não é comida de gente.
Mas claro, o problema é poder escolher. Para já anda por aí soja e milho transgénico, mas já este ano a Comissão Europeia pretende aprovar arroz transgénico. Arroz! O mais castiço dos cereais que comemos em Portugal! Fui informar-me e fiquei a saber que os portugueses são os "chineses" da Europa: cada um de nós come em média 17 quilos de arroz por ano, enquanto que os italianos, que estão em segundo lugar atrás de nós, não comem mais que uns míseros sete quilos. Os dinamarqueses, coitados, não sabem o que é arroz doce e não vão além de quilo e meio por ano. E agora, querem abrir a nossa porta ao arroz transgénico?! Isso é, para a gastronomia, o mesmo que deitar abaixo o Mosteiro dos Jerónimos seria para a nossa história e cultura!
Senhor Ministro da Agricultura: espero que goste de arroz de ervilhas, de arroz malandro, de arroz de forno e de arroz de pato. Espero, em suma, que goste de arroz, porque ser português também é isso: durante a última grande guerra devemos em grande parte ao arroz a nossa sobrevivência alimentar. Quando se sentar em Bruxelas e chegar a vez de votar o arroz transgénico, Senhor Ministro, vote por nós.
Margarida Silva, bióloga
segunda-feira, 17 de maio de 2010
Dia Mundial das Telecomunicações: satélite português em missão para estudar alterações climáticas
No projecto participaram uma dezena de engenheiros da empresa que, de acordo com uma nota da tecnológica de Coimbra, conseguiu detectar algumas anomalias em sistemas essenciais, durante os trabalhos nas diferentes fases de testes de software e do sistema integrado.
A missão espacial que a Critical ajudou a preparar visa recolher elementos que ajudem a perceber quais os efeitos das mudanças climáticas nas regiões polares, nomeadamente a redução da cobertura terrestre de gelo, com um papel central na regulação do clima. Esta é uma entre várias missões realizadas com este objectivo ao longo dos últimos anos e irá complementar a informação previamente recolhida.
O CryoSat foi lançado no dia 8 de Abril de 2010 a partir do cosmódromo de Baikonur, no Casaquistão e está a realizar a missão a que se propõe orbitando a 700 quilómetros e atingindo latitudes de 88 graus.
"O lançamento do CryoSat-2 será um momento muito especial para a Critical Software, não fosse esta uma das primeiras missões da empresa na área espacial, mas também pela carga emocional que trará por ver o fruto do trabalho de quase dez anos, não só dos seus elementos, mas também de todos os parceiros europeus envolvidos na missão, concretizado", salientou Nuno Silva, Gestor de Programas Espaciais da Critical Software.
domingo, 16 de maio de 2010
sábado, 15 de maio de 2010
Dia Internacional da Família: Population Dynamics, Reproductive Health and Climate Change
sexta-feira, 14 de maio de 2010
Herschel revela o lado desconhecido do nascimento de uma estrela
As observações do Herschel, da nuvem de formação de estrelas RCW 120, revelou uma estrela em estado embrionário, que irá tornar-se, ao que parece, numa das maiores e mais brilhantes estrelas na nossa galáxia, nas próximas centenas de milhares de anos. Nesta fase já tem oito a dez vezes a massa do Sol e está rodeada de gás e poeira, com cerca de duas mil massas solares, que podem vir a alimentá-la.
«Esta estrela só poderá crescer», diz Annie Zavagno, do Laboratoire d’Astrophysique de Marseille. Estrelas desta dimensão são raras e duram pouco. Apanhar uma delas durante a sua formação é uma oportunidade de ouro, para resolver um paradoxo de longa data na astronomia. «De acordo com o entendimento actual, não deveria formar-se estrelas com mais de oito massas solares», diz Zavagno.
Gravidez e nascimento estelar na Via Láctea |
Isto aconteceria porque a intensa luz emitida por uma estrela tão grande deveria afastar as suas nuvens berço, antes que fosse possível acumular-se mais matéria. No entanto, estas estrelas gigantes formam-se de facto. Algumas destas estrelas «impossíveis» são já conhecidas, a apresentam massas de 150 sóis. O facto de o Herschel ter avistado uma no início da sua vida irá permitir aos astrónomos investigar de que forma é que a teoria está a ser posta em causa.
À medida que as estrelas começam a formar-se, o gás e a poeira que as rodeiam aquecem até algumas dezenas de graus acima do zero absoluto, emitindo no comprimento de onda do infravermelho. A atmosfera da Terra bloqueia completamente a maior parte destes comprimentos de onda, daí que seja necessária a observação a partir do espaço.
Linha de montagem de estrelas em Vulpecula |
Graças à sua resolução e sensibilidade sem precedents, o Herschel está a produzir um censo das regiões de formação de estrelas da nossa galáxia. «Antes do Herschel, não era clara a forma como se juntava o material na Via Láctea, em densidade suficientemente elevadas e temperaturas adequadamente baixas para a formação de estrelas,» diz Sergio Molinari, do Instituto di Fisica dello Spazio Interplanetario, Roma.
Uma nova imagem lançada hoje, onde se vê um vasto número de maternidades de estrelas na Via Láctea, mostra como é que isso acontece. Os embriões estelares aparecem primeiro no interior de filamentos de gás brilhante e pó espalhado pela Galáxia. Formam-se assim cadeias de maternidades estelares, com dezenas de anos luz de comprimento, enrolando a Galáxia numa teia de nascimento de estrelas.
Galáxias distantes e o gás vizinho vistos do Herschel |
O Herschel também tem estado a inspeccionar o espaço profundo, para além da nossa Galáxia, e mediu a luz infravermelha de milhares de outras galáxias, espalhadas ao longo de milhares de milhões de anos luz do Universo. Cada galáxia aparece como um ponto, mas o seu brilho permite aos astrónomos determinar a taxa de aparecimento de novas estrelas no seu interior. Em linhas gerais, quanto mais brilho, mais estrelas em formação.
Neste campo também, o Herschel desafiou os nossos conhecimentos anteriores, mostrando que as galáxias evoluíram ao longo do tempo muito mais rapidamente do que se pensava. Os astrónomos acreditavam que as galáxias têm estado a formar estrelas mais ou menos ao mesmo ritmo nos últimos milhares de milhões de anos. O Herschel mostra que isto não é verdade.
No passado, havia muito mais galáxias denominadas ‘starburst’, formando estrelas a um ritmo 10 a 15 vezes superior ao que se regista hoje na Via Láctea. Mas o que desencadeou esta actividade frenética ainda não foi totalmente entendido. «O Herschel não nos permitirá investigar as razões para este comportamento,» diz Steve Eales, da Universidade de Cardiff, Reino Unido. O Herschel é também um instrumento de detecção das mais pequenas formas de matéria: as moléculas. Identificou pela primeira vez no espaço uma nova fase da água. Está carregada electricamente e ao contrário das outras fases, nomeadamente a líquida, a gasosa e a sólida, não ocorre naturalmente na Terra.
No entanto, nas nuvens de nascimento que rodeiam as estrelas jovens, onde a luz ultravioleta está a ser libertada através do gás, esta irradiação pode libertar um electrão da molécula de água, deixando-a carregada electricamente.
«Esta detecção de vapor de água ionizado foi uma surpresa,» diz Arnold Benz, do ETH de Zurique, na Suiça. «Diz-nos que há processos violentos a ocorrer durante as fases iniciais de nascimento o que leva à propagação de radiação energética através da nuvem.» Das maiores galáxias às moléculas mais pequenas, estão a ser apresentados estes e muitos outros resultados do Herschel no Simpósio de Primeiros Resultados, ESLAB 2010, a decorrer esta semana no centro espacial e tecnológico da ESA, ESTEC, em Noordwijk, na Holanda. «Estamos ainda numa primeira fase do Herschel, esta é apenas uma amostra de toda a ciência que vamos conseguir extrair desta missão nos anos que se aproximam,» diz Göran Pilbratt, cientista da ESA do projecto Herschel.
quinta-feira, 13 de maio de 2010
Evolução - grande notícia da semana
More than 150 years ago, Darwin proposed the theory of universal common ancestry (UCA), linking all forms of life by a shared genetic heritage from single-celled microorganisms to humans. Until now, the theory that makes ladybugs, oak trees, champagne yeast and humans distant relatives has remained beyond the scope of a formal test. This week, a Brandeis biochemist reports in Nature the results of the first large scale, quantitative test of the famous theory that underpins modern evolutionary biology.
The results of the study confirm that Darwin had it right all along. In his 1859 book, On the Origin of Species, the British naturalist proposed that, "all the organic beings which have ever lived on this earth have descended from some one primordial form." Over the last century and a half, qualitative evidence for this theory has steadily grown, in the numerous, surprising transitional forms found in the fossil record, for example, and in the identification of sweeping fundamental biological similarities at the molecular level.
Still, rumblings among some evolutionary biologists have recently emerged questioning whether the evolutionary relationships among living organisms are best described by a single "family tree" or rather by multiple, interconnected trees—a "web of life." Recent molecular evidence indicates that primordial life may have undergone rampant horizontal gene transfer, which occurs frequently today when single-celled organisms swap genes using mechanisms other than usual organismal reproduction. In that case, some scientists argue, early evolutionary relationships were web-like, making it possible that life sprang up independently from many ancestors.
According to biochemist Douglas Theobald, it doesn't really matter. "Let's say life originated independently multiple times, which UCA allows is possible," said Theobald. "If so, the theory holds that a bottleneck occurred in evolution, with descendants of only one of the independent origins surviving until the present. Alternatively, separate populations could have merged, by exchanging enough genes over time to become a single species that eventually was ancestral to us all. Either way, all of life would still be genetically related."
Harnessing powerful computational tools and applying Bayesian statistics, Theobald found that the evidence overwhelmingly supports UCA, regardless of horizontal gene transfer or multiple origins of life. Theobald said UCA is millions of times more probable than any theory of multiple independent ancestries.
"There have been major advances in biology over the last decade, with our ability to test Darwin's theory in a way never before possible," said Theobald. "The number of genetic sequences of individual organisms doubles every three years, and our computational power is much stronger now than it was even a few years ago."
While other scientists have previously examined common ancestry more narrowly, for example, among only vertebrates, Theobald is the first to formally test Darwin's theory across all three domains of life. The three domains include diverse life forms such as the Eukarya (organisms, including humans, yeast, and plants, whose cells have a DNA-containing nucleus) as well as Bacteria and Archaea (two distinct groups of unicellular microorganisms whose DNA floats around in the cell instead of in a nucleus).
Theobald studied a set of 23 universally conserved, essential proteins found in all known organisms. He chose to study four representative organisms from each of the three domains of life. For example, he researched the genetic links found among these proteins in archaeal microorganisms that produce marsh gas and methane in cows and the human gut; in fruit flies, humans, round worms, and baker's yeast; and in bacteria like E. coli and the pathogen that causes tuberculosis.
Theobald's study rests on several simple assumptions about how the diversity of modern proteins arose. First, he assumed that genetic copies of a protein can be multiplied during reproduction, such as when one parent gives a copy of one of their genes to several of their children. Second, he assumed that a process of replication and mutation over the eons may modify these proteins from their ancestral versions. These two factors, then, should have created the differences in the modern versions of these proteins we see throughout life today. Lastly, he assumed that genetic changes in one species don't affect mutations in another species—for example, genetic mutations in kangaroos don't affect those in humans.
What Theobald did not assume, however, was how far back these processes go in linking organisms genealogically. It is clear, say, that these processes are able to link the shared proteins found in all humans to each other genetically. But do the processes in these assumptions link humans to other animals? Do these processes link animals to other eukaryotes? Do these processes link eukaryotes to the other domains of life, bacteria and archaea? The answer to each of these questions turns out to be a resounding yes.
Just what did this universal common ancestor look like and where did it live? Theobald's study doesn't answer this question. Nevertheless, he speculated, "to us, it would most likely look like some sort of froth, perhaps living at the edge of the ocean, or deep in the ocean on a geothermal vent. At the molecular level, I'm sure it would have looked as complex and beautiful as modern life."
Provided by Brandeis University (news : lab)
quarta-feira, 12 de maio de 2010
Retalhos da vida de um Professor
Demorava uma hora desde a minha casa até à Escola Básica de Alpendorada. Terras de gente do granito e da recolha de areia do Tâmega. Todos os fins de semana tinha de lavar o carro, pois havia sempre camiões carregados de areia retirada do rio. Era um pavor encontrá-los principalmente no regresso a casa, demorava mais tempo e chegava mais tarde do que previsto. As aulas eram quase todas da parte de tarde.
Tinha de sair de casa sem almoçar. Almoçava num café perto da Escola.
Um dos episódios mais marcantes foi a reacção dos alunos num das aulas de Ciências Naturais de 7º ano. Tinha então explicado as teorias heliocêntrica e geocêntrica e falei como se fosse uma história. Julguei que os meus alunos estavam a compreender a matéria. Mas sentia um incómodo nas suas respostas. Gaguejavam e não pareciam acreditar nas respostas correctas. Depois de concluir este assunto, nas aulas seguintes mostrei-lhes um vídeo do Carl Sagan sobre o Sistema Solar. Qual não foi o meu espanto que muitos alunos se indignaram comigo e com as imagens do vídeo. Disseram-me em uníssono que aquilo não era verdade, que é o Sol que gira em trono da Terra e que o Homem nunca foi à Lua. O mesmo aconteceu com as duas outras turmas. Dava 7º e 8º anos. Fiquei apreensivo e preocupado. Afinal tudo o tinha leccionado atrás voltou à estaca zero.
No intervalo fui ter com o Presidente do Conselho Executivo contar o que se passou. Ele era do meu grupo. Justificou que os alunos muitos andavam na catequese. Disse para eu não me ralar muito. Mas eu não me calei. Quis saber o nome do padre e quis marcar uma reunião com ele. E assim foi.
Nesse dia fui ainda mais cedo, porque a reunião seria de manhã. Bati à porta e encontrei o padre e para minha surpresa era novo, mais ou menos 35 anos. Mandou-me sentar e perguntou-me o motivo desse encontro. Respondi que 60 alunos não acreditavam que o Homem fosse à Lua. E indaguei o que estão a dizer na catequese. Retorquiu-me que Deus é o criador do Mundo.
Não, disse eu, a Ciência mostra que que houve um Big Bang, toda a energia e matéria foi-se dissipando e por arrefecimento formando grupos de galáxias, depois com a expansão e mais arrefecimento se formaram as galáxias e nelas, estarão sistemas planetários girando em torno de uma ou duas estrelas no máximo. Ouviu-me com atenção e respondeu-me que a Fé acredita em quem quer. Informei-o que as catequistas estavam a informar mal os meninos pois eles acreditam mais no Padre que em mim.
Pronto, não havendo diálogo possível, pedi-lhe pelo menos revisse com as catequistas
que o Homem foi mesmo à Lua e que é a Terra que gira em torno do Sol. Assim
facilitaria o trabalho dos professores e que a Igreja já tinha perdoado a
Galileu.
Palestra por Richard Douthwaite : "Crise Financeira - Oportunidade para a Economia Ecológica"
Richard Douthwaite – Emergency? What Emergency? from Feasta on Vimeo.
segunda-feira, 10 de maio de 2010
Nuclear e Europa - Destino dos lixos radioactivos - Consulta Pública (até 31 de Maio)
Preencher o questionário e enviar uma cópia para jan.haverkamp@greenpeace.org
Sítio da Consulta Pública
Energy Public Consultation
domingo, 9 de maio de 2010
Base de Dados Biodiversity4All tem crescido em registos e parcerias.
Explorar a base de dados
O BioDiversity4All cria a possibilidade de todos contribuírem com registos de observações de plantas, animais e fungos e de usufruírem dessa informação, segundo o conceito Web 2.0, através de um site fácil e divertido de utilizar e explorar.
O projecto BioDiversity4All tem por missão unir o maior número de pessoas na promoção do conhecimento sobre a Biodiversidade. Queremos tornar-nos na mais completa, acessível e conhecida base de informação sobre a distribuição de espécies a nível nacional.
O projecto BioDiversity4All - Biodiversidade para todos constituiu-se como Associação Sem Fins Lucrativos em Janeiro de 2010.
Uma ligação entre o público e a comunidade científica
O BioDiversity4All permite criar diversos benefícios para a sociedade, assumindo-se como uma plataforma aberta de ligação entre o público e a comunidade científica.
- Navegar por Área (Concelho, Freguesia, Parque Natural, Região de interesse,...)
- Navegar pela lista de espécies já registadas em Portugal (nota: apenas são apresentadas as espécies com registo de observações em Portugal)
- Navegar pela lista completa de espécies
- Navegar na lista geral de fotografias
- Navegar na lista geral de observações