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terça-feira, 26 de agosto de 2008

Efeitos impactantes de novos artificialismos no Alentejo (ou Allentejo?)

Numa notícia de 21 de Agosto, narra o sequinte:
O Governo autorizou a sociedade gestora do Parque Alqueva, empreendimento turístico em Reguengos de Monsaraz, nas margens do Alqueva, a abater 6.484 azinheiras, mas os promotores vão compensar plantando 27.700 novas árvores da mesma espécie, noticia a Lusa.
Ora, nada refere se as novas plantações de azinheiras serão feitas antes da construção do empreendimento turístico e vinhateiro. Estou em crer que tal não irá acontecer.Isto é economia ambiental ao contrário: primeiro abatam-se as azinheiras, depois logo se vê...O abate de um número tão elevado de árvores é preocupante. Muitas são monumentais e antigas.Não serão algumas jovens?

Já em Março de 2008, a a associação Quercus afirmava
que está a aumentar a ameaça sobre os montados de sobro e de azinho, duas espécies protegidas em Portugal, uma vez que empresários espanhóis pretendem plantar olival intensivo nas inúmeras herdades alentejanas que têm vindo a comprar nos últimos anos.

Falando do abate de árvores com a ligeireza dos governantes e empresários, demonstra uma vez mais a relação cultural (que é má) dos portugueses com a sua floresta.
Além disso, coloco muitas reservas com o futuro do Alentejo, transformado em mosaicos de agricultura intensiva (através de vinhos e outras monoculturas), maior densidade de urbanizações e grande perturbação dos ecossistemas (turismo, parques temáticos, campos de golfe e outros artificialismos paisagísticos,etc.).
A SPEA já em Fevereiro de 2008 transmitiu duras críticas ao Processo de Avaliação de Impacte Ambiental Parque Alqueva. (ler pdf Parecer SPEA )

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