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sexta-feira, 15 de setembro de 2006

Confortavelmente Educador

Pink Floyd Comfortably Numb (original)

Agora que para a semana as aulas vão começar, feitas as planificações, o reencontro dos colegas, os vários reencontros e amizades dos alunos, os trocares de olhares interessados e curiosos sobre os novos professores e novos alunos...retomamos ou sentimo-nos todos nervosos com as aprendizagens que iremos enfrentar.....para professores, alunos, funcionários, pais e a comunidade local. Assim como todos, por base, podem ser educadores.....também!
Eis portanto que me deparo com esta reflexão sobre o papel do Educador, de uma forma intuitiva, sem formalismos, nem referências a grandes pensadores e pedagogos.

O Educador é sobretudo alguém que se preocupa, cuida do ser que entra em interacção com ele, o orienta, o estimula, que se interessa e dá atenção aos seus pequenos progressos, aos seus medos, aos passos pioneiros,....que amplia a sua energia e vontade, e expõe-se com generosidade, afecto e grande entrega o muito ou algo que sabe e esse conhecimento intui ou deduz que, de certo modo, vai ser importante para mudar o mundo!!!!

E a maior aprendizagem do Educador está na dialética com o outro e nos progressos que verifica também nos seus instrumentos e prática!!!

O extracto do filme The Wall, que vos trago aqui nesta postagem relata exactamente a ausência do Educador: os estragos na personalidade, a fragilidade a que ela fica submetida, a deriva dos estímulos não retribuídos, a dor, muita dor, que é retratada exemplarmente, para mim no auge deste importante documento pedagógico....

Com os versos de Rudolf Steiner, é exactamente aquilo que eu considero ser o plano e a figura central de um Educador! Confortavelmente Educador!


Ser do seu ser
Eu quero inflamar todo ser humano
A partir do espírito do Universo,
Para que se torne chama
E desabroche fogoso
O ser do seu ser. -
Os outros, eles querem
Tomar da água do Universo,
Que apaga as chamas
E paralisa aguado,
Todo ser no seu interior. -
Oh alegria, quando o fogo humano
Também lá crepita, onde repousa! -
Oh amargura, se a força humana
É acorrentada lá, onde quer ser dinâmica

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