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sexta-feira, 24 de fevereiro de 2006

UNIDOS ... EU FAÇO OUTRO PLANETA POSSÍVEL


Texto de Gilson Tessaro e foto de João Soares


UNIDOS ... EU FAÇO OUTRO PLANETA POSSÍVEL

Querer , não querer, falar, não fazer. Idealismo e proclamação, sonho e atitude. Eu, tu, ele – nós.Eu faço a diferença: nós e a individuação. Atitude coerente ou eterna transição?
Palavras e poesias, informação ou comunicação? Bla,bla,blás (escritos ou falados) ou expressões ecosensíveis? Alternativo aos sistemas, ou ecovivente do universo paralelo?
Emprego ou livre ecoprodução? Condicionamento aos (não eco)sistemas ou liberdade ecoociosa? Progresso ou co-evolução? Envolvimento incondicional ou des-envolvimento possessivo? TERRA Planetária ecosolidária ou terra propriedade ao mercado? Campo e Cidade ou Planeta? Urbano e rural ou bioregionalismo planetário? Cooperar ou competir? Trabalhar ou Dedicar-se? Necessidades humanas ou Econecessidiades? Educar ao ser cultural manipulador/ transformador do meio ou facilitamar harmonizações ao Ser natural ? (Pseudo)conscientizar com ilustracionismo mental ou conscientizar com atitudes de intervenção planetária? Tempo é dinheiro ou Tempo é ecoarte? Ativismo sem sentido ou ecoócio? Dinheiro e relações de compra des-envolvente ou moeda ecológica solidária e relações de confiança? Ser ou não ser? Sinto ... logo existo e co-relaciono-me.

Querer e fazer, liberdade e ecodisciplina. Amar compartilhando-se, daí
Eu faço outro planeta e realidade, melhor e possível, quando:

- sou a mudança que quero ver no mundo, porque um planeta melhor e equilibrado, ajudará a ficar bom para todos, e começa por mim;
- busco o re-ligare concreto com o mistério da origem, com a sincronicidade cósmica de Gaia, porque fomentam o sentido do estado de todas as coisas;
- me coloco incondicional e dedicadamente ao servir à vida sustentável, porque só a cooperação inter-seres pode nos manter existentes;
- expresso ecoartisticamente com atitude eco-lógica, porque só com elementos naturais a arte tem sentido e coerência planetária não destrutivos;
- a busca incessante e total ao ecossustentável me toma conta, porque precisamos continuar existindo – com (eco)sistemas sustentáveis;
- busco o natural, lento e tranquilo envolvimento, porque a linear e desvairada panacéia do progresso e des-envolvimento nos adoece e mata;
- tenho a autonomia interdependente, livre e des-apegada, porque não somos número, máquinas, títulos e nem certificados burrocráticos – que nos condicionam e prendem;
- descubro que a verdade/ dogmas não existem, e a Vida é simplicidade de re-construção, porque nada é imutável, tudo se re-faz e está por ser feito por nós;
- Vivo o amor universal e incondicional, faço a favor da Vida, com muita cooperação e ecoternura, porque com violência e luta contra / competitiva, já envelhecemos ... e ampliamos a não harmônica degradação;
- Boicoto todo o não natural, porque todos juntos boicotando, esvaziamos os sistemas de não vida – já que a mudança começa por mim;
- Aprendo a ecologizar(antes de economizar), porque desta, interdepende e subordina-se a economia da Vida;
- Me educo ecolivremente, porque as instituições mentem, iludem e des-educam do interdependente ecossistêmico;
- Vivo o tempo e afazeres do dia a dia para o meu Ser - indivíduo planetário, porque viver para o meu eu sobrevivente, para minhas (não eco)necessidades, degrada mais;
- Re-conecto ao profundo respeito bioregional, porque ali está o conhecimento ancestral abandonado, e o sentido eco-lógico de nossas Vidas e articulações ecopolíticas;
- Dedico-me a solidariedade com todas espécies, como livre ecoprodutor em trocas, porque não posso continuar sacrificando todas elas, em nome do emprego, comercialismo e benefício de um só espécie(a humana);
Enfim, quando percebermos as tantas outras milenares ilusões a nós deixadas como ARMADILHAS ANTROPOCêNTRICAS, iremos retornar à BUSCA DO SER NATURAL, num UNIVERSO PARALELO. Aí reconheceremos (junto a GAIA) que não precisamos de quase nada que os (não eco)sistemas des-envolvimentistas – economicistas nos oferecem, então ... ficará fácil VIVER,
pois TUDO É RE-INVENÇÃO ORGÂNICA, e SIMPLES ECO-LÓGICA.
EIS A VIDA e não mais a doentia sobreviência (que gira atrás do rabo eternamente).
UNIDOS ECOPOLÍTICOS, começa por cada um de nós e eu faço a diferença. Agora.


Gilson Tessaro
Ecopedagogo permacultural; mestrado em Educação UFSC (Univ. Federal de Santa Catarina) Brasil

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