Está quase a fazer um ano que foi, penso que pela primeira vez em Portugal, publicado e traduzido um livro sobre o movimento Deep Ecology / Ecologia Profunda. Já há alguns anos que acompanho com muito interesse o trabalho da Fundação Deep-Ecology.
Os problemas ambientais das sociedades industriais tecnocráticas começam a ser considerados como manifestações daquilo que alguns já vão chamando «a crise ambiental permanente». Há quem já a entenda como uma crise do carácter e da cultura.Os movimentos sociais ambientais/ecológicos do século XX constituíram uma das respostas a essa crise permanente. Tais movimentos enfrentaram alguns dos problemas, e tentaram reformar algumas das leis e organismos que exercem a gestão do território, bem como modificar determinadas atitudes das pessoas que constituem essas sociedades. Mas necessitamos mais do que simples reformas. Numerosos filósofos e teólogos têm mostrado a necessidade de uma nova filosofia ecológica à altura do nosso tempo.No entanto, segundo nos parece, não é algo de novo aquilo de que precisamos, mas antes de voltar a despertar qualquer coisa de muito antigo, de voltar a despertar a nossa compreensão da sabedoria da Terra. No sentido mais amplo, precisamos de aceitar o convite à dança - a dança da unidade entre os seres humanos, as plantas, os animais e a Terra. Precisamos de cultivar uma consciência ecológica. E acreditamos também que a saída da nossa perigosa situação actual talvez seja mais simples do que muita gente imagina.( Fonte:Editora Sempre-Em-Pé)
Outras leituras aconselhadas:
Entrevista ao jornalista Afonso Cautela quando doou à Escola Secundária de Paço de Arcos a sua biblioteca de Ecologia, organizada ao longo de 20 anos. Considero-me um empresário de ideias e o único investimento que me importa fazer nesse ramo - da alma - é naquilo que designo hoje por Nova Idade de Ouro ou projecto 3º Milénio: nunca, desde há 41 anos, as condições cósmicas foram tão favoráveis ao advento do Paraíso. Nunca estivemos tão perto de tocar a Luz: e, no entanto, nunca se perfilaram tantas bestas para nos abortar tamanha chance. Esta - a da ponte para o terceiro milénio - é a única grande guerra que (me) interessa travar. Encontrei um estupendo companheiro de jornada: Etienne Guillé, professor da Sorbonne, biologista molecular, investigador do Cancro, matemático, uma sumidade em termodinâmica. Entre outros livros verdadeiramente prodigiosos, publicou em Agosto último «L'Homme entre Ciel et Terre» que, além de ser o maior tratado de Ecologia Profunda jamais escrito, é também o mapa completo sobre o percurso labiríntico a percorrer rumo à tal démarche que lhe falei: a salvação da alma e já que a salvação da pele é cada vez mais problemática.
"E continuo a acreditar no ser humano, como a morada mais preciosa onde deus pode habitar. Mas onde, neste momento, não habita" (Afonso Cautela)
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