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quinta-feira, 24 de novembro de 2005

Pessoa - que sou coisa natural



Saúdo todos os que me lerem,
Tirando-lhes o chapéu largo
Quando me vêem à minha porta
Mal a diligencia levanta no cimo do outeiro.
Saúdo-os e desejo-lhes sol,
E chuva, quando a chuva é precisa,
E que as suas casas tenham
Ao pé duma janela aberta
Uma cadeira predilecta
Onde se sentem, lendo os meus versos.
E ao lerem os meus versos pensem
Que sou coisa natural -
Por exemplo, a arvore antiga
A´ sombra da qual crianças
Se sentavam com um baque, cansados de brincar,
E limpavam o suor da testa quente
Com a manga do bibe riscado.

Alberto Caeiro, Guardador de Rebanhos 8 - 03 - 1914
Ainda sobre Fernando Pessoa, Poesia, Educação Ambiental e Lusofonia

A propósito do Ministério da Educação diminuir para três os exames nacionais de 12º, retirando os exames de Português e Filosofia para alunos dos Cursos Científicos e Tecnológicos, subscrevo inteiramente a opinião do Prof.Jose Adelino Maltez - investigador em Ciência Política- e convidado hoje dos comentários na SIC Notícias, que é mais um atentado à Lingua Portuguesa, quando é esse facto que nos torna até agora a 5ª Potência Mundial!!
Ainda no seguimento dos comentários e mais adiante, afirmou que não iria comentar nada sobre futebol, explicando que infelizmente o volume diário de informação dos jornais portugueses sobre e acerca do Futebol no nosso País é a mesma que a obra completa de Fernando Pessoa!
Portanto aconselho também os meus leitores a partir deste momento ler e conhecer melhor as páginas escritas no
Tempo Que Passa.

Mais textos e crónicas sobre Fernando Pessoa no Bioterra.

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