Centenas de cravos brancos e vermelhos enchem a sala, onde homens e mulheres desconfortados vagueiam pela sala, perdidos, ora vestindo roupa de crianças desgrenhadas, ora transmutando-se em adultos. Preenchem o vazio com os seus próprios erros e diálogos desconexos. Subitamente, emerge um coro, e todos embarcam numa dança desenfreada, ao som dos anos 30. A imagem onírica é subitamente interrompida por uma figura autoritária, que ofende uma das personagens e aqui a história desemboca no tragicómico, cravada pelo medo, incertezas e uma obscuridade perpassada por soldados alemães que exprimem a sua agressividade ao som da música.
Nelken não é mais que um eterno teatro de experiências e sentimentos que Bausch nos transmite ao som de Billie Holiday, Franz Lehar, George Gershwin e Richard Tauber entre outros.
[Fonte: Rua de Baixo]
[Fonte: Rua de Baixo]
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