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domingo, 28 de novembro de 2004

Metro e MetroBus (Trolei )


Por Armando Herculano
Parece-me agora evidente o motivo da pressa da Empresa do Metro em colocar o Metro na Boavista. Como não fizeram estudos aprofundados do tráfego que circularia no troço Trindade/S.ª da Hora, e com a aproximação da entrada em funcionamento das linhas Verde/Maia/Trofa e Vermelha/Póvoa, acrescida da futura linha até ao Aeroporto, esse troço estará congestionadíssimo, ou mesmo entupido, criando dificuldades de gestão de tráfego e dos sistemas de sinalização, pondo em causa a segurança.

Essa será também uma explicação para a lentidão da realização da linha da Póvoa, e para a tentativa de evitar a realização do Estudo de Impacto Ambiental, que atrasaria a obra e o desvio de tráfego da S.ª da Hora para a Boavista.

Para a BOAVISTA e de resto para complemento da rede do Metro, o conceito de METROBUS --ou TROLEYBUS-- é o mais adequado. O METROBUS é um Metro de superfície realizado com autocarros em canal segregado do restante tráfego.

O autocarro ou --melhor-- TROLEI idêntico em tudo ao que circula no Porto, mas sem carris, usa pneus vulgares, circula em canal próprio BUS, onde isso é possível, circulando com o restante tráfego nas restantes ruas. Este sistema é mais flexível, mais barato, mais rápido de construir e mais fácil de reconfigurar conforme as necessidades.

Tem ainda a vantagem futura, de evitar a retirada dos carris (de novo) se a tecnologia das células de combustível vier a confirmar todas as suas potencialidades. Se a energia puder ser produzida no próprio veículo (autocarro) --e já circulam três no Porto-- este será o menos poluente e mais flexível transporte colectivo, uma vez que além de dispensar os carris, dispensa também a catenária (rede aérea que fornece a energia nos tróleis e comboios) e assim pode circular sem emitir poluentes, e sem qualquer restrição de percurso.

O Trolei, poderia com vantagens, ser usado no corredor da Boavista para Matosinhos (desviando parte do tráfego do canal, S.ª da Hora/Trindade), é mais adequado à baixa procura deste troço, e poderia conviver com o tráfego rodoviário no viaduto sobe o Parque da Cidade.

Se for em diante o pagamento de portagens, haverá menos carros a entrar na cidade e menos necessidade de estacionamento à superfície.

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