Decisão EDP terá luz verde para iniciar construção
Estrutura começará a funcionar em 2010 ou 2011 José Mota
Ministro não identificou lugar da nova barragem, mas Sabor é a hipótese mais forte
O ministro da Economia, Carlos Tavares, disse, ontem, que a eléctrica portuguesa EDP deve ter em breve "luz verde" para construir uma nova barragem no rio Douro.
Ao intervir no III Fórum de Energia, realizado pelo "Diário Económico", o governante considerou que já se perdeu muito tempo e que, mesmo assim, a barragem só começará a funcionar em 2010 ou 2011.
A barragem mencionada pelo ministro, que não a identificou, será a do Sabor, um afluente do Douro, que é o único projecto de dimensão na região em apreciação pelo Executivo.
Carlos Tavares insistiu na necessidade de aumentar a produção portuguesa de energia a partir de fontes hídricas.
No fim de Abril, o presidente da comissão executiva da EDP, João Talone, avisara o Governo que, se não crescer em Portugal, vai fazê-lo em Espanha. "A EDP tem de apostar no desenvolvimento da sua produção de energia, se não for em Portugal, será em Espanha", alertara.
"Não temos uma única barragem de retenção de água e só a teremos em 2010, caso seja aprovada a do Sabor, ou seja, quase 15 anos depois de ter sido abandonado o projecto de Foz Côa", acrescentara. Talone adiantara que há condições para construir pelo menos mais duas barragens no Douro.
E mais uma vez os políticos adiam as energias renováveis e a gestão pública de bens ambinetias colectivos....mais privatização em força!!
Durante a sua intervenção, o ministro da Economia fez um balanço da actividade no sector da energia durante o último ano, lembrando que, a partir de 1 de Julho, será liberalizado o mercado de electricidade para os consumidores domésticos.
Na mesma data e de acordo com o calendário estabelecido, o mercado do gás natural será também liberalizado para os produtores de energia eléctrica.
Carlos Tavares defendeu ainda a liberalização dos preços dos combustíveis, afirmando que "o balanço só pode ser positivo", já que os preços subiram menos que em Espanha ou no conjunto da União Europeia.
Ontem, de resto, o preço do barril de crude voltou a bater um novo máximo histórico - 42 dólares -, depois dos ataques do fim-de-semana, que vitimaram 22 pessoas na Arábia Saudita.
O mundo global ao insistir no petróleo gera mais conflitos, mais poluição...Uma globalização armada e o petroapocalipse eis o que nos espera!
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