A grave situação financeira que afecta as áreas protegidas está a pôr em causa a conservação da natureza em Portugal. O PÚBLICO traça o quadro geral e a situação específica de alguns parques, que espelham o que se passa no resto das zonas classificadas.
Instituto da Conservação da Natureza na Penúria
Sexta-feira, 25 de Junho de 2004
Por Ana Fernandes
O Instituto da Conservação da Natureza está na mais absoluta penúria. Nos parques não há dinheiro nem para colocar cartas no correio e muito menos para contratar pessoal ou pôr de pé os projectos previstos nos planos de actividade. O orçamento está reduzido a metade do inicialmente previsto, perdem-se os fundos comunitários e a desmotivação é geral. As demissões sucedem-se.(...)A outra fórmula encontrada foi o corte das despesas com pessoal, o que significa que dezenas de contratados estão sem receber. E não se contrata mais ninguém, o que leva a situações caricatas, como a que se passa no Parque Natural do Vale do Guadiana, que não tem um único administrativo, ninguém que atenda telefones ou receba visitantes.
Ria Formosa Não Pode Comprar Sacos para o Lixo
Sexta-feira, 25 de Junho de 2004
Por Idálio Revez
O Parque Natural da Ria Formosa (PNRF) "bateu no fundo", por falta de dinheiro para a gestão e conservação da Natureza. O Centro de Recuperação de Aves (CRA), por exemplo, não tem sequer verbas para comprar medicamentos. Anteontem, a Câmara de Faro enviou um galeirão e dois patos, vítimas de intoxicação na Estação de Tratamento de Águas Residuais (ETAR) - casos que ocorrem com frequência, quando o calor aperta - e só foram tratados porque a farmácia deu crédito na compra dos antibióticos.
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