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domingo, 30 de junho de 2019

Poema da semana- "Eu nunca guardei rebanhos" de Alberto Caeiro (Fernando Pessoa)

Riaño

Eu nunca guardei rebanhos,
Mas é como se os guardasse.
Minha alma é como um pastor,
Conhece o vento e o sol
E anda pela mão das Estacões
A seguir e a olhar.
Toda a paz da Natureza sem gente
Vem sentar-se a meu lado.
Mas eu fico triste como um pôr do Sol
Para a nossa imaginação,
Quando esfria no fundo da planície
E se sente a noite entrada
Como uma borboleta pela janela.

Mas a minha tristeza é sossego
Porque é natural e justa
E é o que deve estar na alma
Quando já pensa que existe
E as mãos colhem flores sem ela dar por isso.

Com um ruído de chocalhos
Para além da curva da estrada,
Os meus pensamentos são contentes.
Só tenho pena de saber que eles são contentes,
Porque, se o não soubesse,
Em vez de serem contentes e tristes,
Seriam alegres e contentes.

Pensar incomoda como andar à chuva
Quando o vento cresce e parece que chove mais.

Não tenho ambições nem desejos.
Ser poeta não é uma ambição minha.
É a minha maneira de estar sozinho.

E se desejo às vezes,
Por imaginar, ser cordeirinho
(Ou ser o rebanho todo
Para andar espalhado por toda a encosta
A ser muita coisa feliz ao mesmo tempo),
É só porque sinto o que escrevo ao pôr do Sol
Ou quando uma nuvem passa a mão por cima da luz
E corre um silêncio pela erva fora.

Quando me sento a escrever versos
Ou, passeando pelos caminhos ou pelos atalhos,
Escrevo versos num papel que está no meu pensamento,
Sinto um cajado nas mãos
E vejo um recorte de mim
No cimo dum outeiro,
Olhando para o meu rebanho e vendo as minhas ideias,
Ou olhando para as minhas ideias e vendo o meu rebanho,
E sorrindo vagamente como quem não compreende o que se diz
E quer fingir que compreende.

Saúdo todos os que me lerem,
Tirando-lhes o chapéu largo
Quando me vêem à minha porta
Mal a diligência levanta no cimo do outeiro.
Saúdo-os e desejo-lhes sol
E chuva, quando a chuva é precisa,
E que as suas casas tenham
Ao pé duma janela aberta
Uma cadeira predilecta
Onde se sentem, lendo os meus versos.
E ao lerem os meus versos pensem
Que sou qualquer coisa natural —
Por exemplo, a árvore antiga
À sombra da qual quando crianças
Se sentavam com um baque, cansados de brincar,
E limpavam o suor da testa quente
Com a manga do bibe riscado.
8-3-1914
“O Guardador de Rebanhos”. In Poemas de Alberto Caeiro. Fernando Pessoa. (Nota explicativa e notas de João Gaspar Simões e Luiz de Montalvor.) Lisboa: Ática, 1946 (10ª ed. 1993). - 21.

sábado, 29 de junho de 2019

“O mar começa aqui”. Alunos de escola básica decoram sarjeta e enviam recado à população

Foto e notícia aqui
As palhinhas querem-se de materiais como bambu ou papel, os supermercados estão a fazer desaparecer o plástico e até já há mochilas feitas a partir de garrafas recicladas: nunca a população esteve tão ciente da necessidade de proteger o ambiente e são várias as iniciativas mundo fora a trabalhar num objetivo comum: proteger o planeta.

Mas a verdade é que, por mais que se passe o alerta por uma vida mais verde, ainda são muitas as pessoas que não hesitam em deitar uma beata ou um papel para o chão, que não fazem reciclagem e que não têm qualquer preocupação em preferir materiais renováveis.

Para chamar a atenção para a necessidade de proteger os recursos naturais, a escola básica da Costa Nova, que pertence ao agrupamento de escolas da Gafanha da Encarnação, no concelho de Ílhavo, lançou uma mensagem sobre a fragilidades dos oceanos com uma iniciativa original: decorou uma sarjeta.

Partindo de um desafio lançado pelo programa Eco-Escolas, a escola básica da Costa Nova decorou um escoadouro, que tem como função a recolha e o escoamento das águas pluviais, transportando vários resíduos como beatas de cigarros ou plásticos.

Para alertar a população para os perigos que advêm do simples ato de deitar lixo para o chão e que acaba acumulado nas sarjetas, o grupo da escola básica pintou uma sarjeta de azul, como referência aos oceanos, e acrescentou a frase “o mar começa aqui” em duas línguas, português e inglês, de forma a ser lida também pelos turistas que visitam a região.

sexta-feira, 28 de junho de 2019

Rios do mundo inteiro estão contaminados por antibióticos, revela estudo global inédito

Notícia aqui

A cada ano, os humanos produzem, prescrevem e ingerem mais antibióticos do que no ano anterior. Esses medicamentos fazem maravilhas à saúde pública, salvando milhões de pessoas de infecções que poderiam matar se os remédios não existissem.

Mas os medicamentos continuam atuando no meio ambiente muito depois de terem cumprido seu papel no corpo humano. Eles acabam chegando ao mundo externo, onde podem permitir o desenvolvimento de cepas bacterianas "resistentes a antibióticos". Em um novo estudo que analisou 72 rios em todo o mundo, pesquisadores encontraram antibióticos nas águas de quase dois terços de todos os locais amostrados, do rio Tâmisa ao Mekong e ao Tigre.

Essa descoberta é séria, afirma Alistair Boxall, um dos cientistas que liderou o estudo e químico ambiental da Universidade de York, no Reino Unido. "São moléculas biologicamente ativas, e nós, como sociedade, estamos descartando toneladas delas no meio ambiente", afirma ele.

Isso pode ter grandes efeitos na ecologia dos rios, bem como na saúde humana.
A resistência cresce

Os antibióticos impedem o desenvolvimento de infecções, salvando milhões de vidas todos os anos. Mas as populações de bactérias conseguem evoluir como resposta à ameaça de um medicamento, modificando-se para escapar dos efeitos dos medicamentos criados para eliminá-las. Isso significa que uma infecção causada por uma dessas cepas bacterianas "resistentes" é mais difícil e, às vezes, impossível de tratar. A diretora médica do governo do Reino Unido, a professora Dame Sally Davies, afirma que o problema piora a cada ano, "ameaçando de forma catastrófica" a capacidade dos médicos de tratarem infecções simples no futuro.

Um relatório de 2016 descobriu que a cada ano cerca de 700 mil pessoas morrem em todo o mundo de infecções resistentes aos antibióticos que temos hoje. Cientistas, médicos especialistas e oficiais de saúde pública temem que esse número aumente exponencialmente conforme aumenta a resistência aos medicamentos normalmente utilizados. Em 2014, um estudo solicitado pelo Reino Unido alertou que até 2050 infecções resistentes a antimicrobianos podem ser a principal causa de morte em todo o mundo.

E a "poluição" de antibióticos ajuda a acelerar o desenvolvimento de cepas resistentes, pois antibióticos em excesso atingem os sistemas naturais e influenciam as bactérias que lá habitam. Essa poluição também rompe o delicado equilíbrio ecológico de rios e córregos, alterando a composição das comunidades bacterianas.

Isso pode afetar todos os tipos de processos ecológicos, afirma Emma Rosi, ecologista aquática do Instituto Cary de Estudos do Ecossistema, em Millbrook, Nova York, porque muitas bactérias desempenham papéis essenciais no ecossistema dos rios, por exemplo, ajudando a reciclar nutrientes como carbono ou nitrogênio.

Um grande problema para os cientistas é que ninguém sabe exatamente como, onde e quando os antibióticos vão parar no meio ambiente. Muitos países possuem poucos ou nenhum dado sobre a concentração de antibióticos em seus rios. Então Boxall e colegas decidiram começar a mapear o tamanho do problema.
Pesca de antibióticos

A equipe, que apresentou seus resultados na segunda-feira na Sociedade de Toxicologia e Química Ambiental em Helsinque, reuniu um grupo de colaboradores de todos os cantos do mundo e cada um coletou amostras dos rios de suas localidades: 72 no total, em todos os continentes, exceto na Antártida. Os cientistas acessavam uma ponte ou píer, jogavam um balde dentro do rio, coletavam um pouco de água como amostra, cuidadosamente filtravam a amostra, a congelavam e a enviavam por correio aéreo para o Reino Unido para análise.

As amostras foram analisadas quanto à presença de 14 tipos diferentes de antibióticos normalmente empregados. Nenhum continente está imune: eles encontraram traços de pelo menos um medicamento em 65% de todas as amostras estudadas.

"O problema realmente é global", afirma Boxall.

Não é surpreendente, diz Rosi, porque "em todos os lugares as pessoas usam medicamentos todos os dias, vemos as evidências correndo rio abaixo."

Nosso organismo não decompõe os medicamentos e o excesso é excretado na urina ou atinge o esgoto. Em muitos países desenvolvidos, o esgoto – e sua carga de antibióticos – passa por tratamento, mas nem mesmo as usinas de tratamento mais modernas conseguem limpar todos os medicamentos. Em locais onde o esgoto não é tratado, os antibióticos atingem rios e córregos de forma mais direta.

Isso foi demonstrado pelos dados encontrados. As concentrações de muitos desses antibióticos foram mais altas à jusante de usinas de tratamento, em rios próximos de aterros sanitários e em locais onde o esgoto ia direto para os rios.

Em um rio de Bangladesh, as concentrações de metronidazol, um medicamento normalmente prescrito para infeções cutâneas e orais, estavam 300 vezes acima do limite recentemente determinado e considerado "seguro" para o meio ambiente. No Danúbio, o segundo rio mais longo da Europa, os pesquisadores detectaram sete tipos diferentes de antibióticos. Eles encontraram claritromicina, utilizado para tratar infecções do trato respiratório como bronquite, em concentrações quatro vezes acima dos níveis "seguros".

"De certa forma, é como o problema da poluição do plástico", explica Boxall. "A questão é que não pensamos sobre o destino daquilo que descartamos e tudo o que jogamos fora continua influenciando o meio ambiente."

Até mesmo discretos traços de antibióticos podem ter efeitos drásticos no desenvolvimento da resistência, afirma William Gaze, ecologista microbiano da Universidade de Exeter. As bactérias são especialmente boas em substituir seus genes, conseguindo evoluir rapidamente em resposta a uma ameaça, como um antibiótico. Essa evolução pode acontecer na presença até mesmo de baixas concentrações do medicamento, concentrações como as encontradas pelos pesquisadores nos rios de todas as partes do mundo.

Gaze explica que ainda precisam ser realizadas mais pesquisas para que os cientistas compreendam exatamente como a evolução da resistência aos antibióticos funciona. Mas, afirma ele, agora é o momento de as comunidades encontrarem soluções que impeçam que os antibióticos atinjam os rios, pois os possíveis efeitos à saúde humana são extremamente sérios.

"Há uma tendência em dizer que devemos adotar uma abordagem de precaução", afirma ele. "Mas quando finalmente conseguirmos obter todas as evidências científicas, pode ser tarde demais. É possível que cheguemos a uma era pós-antibiótico, com pessoas morrendo porque arranharam o dedo em uma rosa plantada no jardim e contraíram infecções intratáveis."

quinta-feira, 27 de junho de 2019

Ministério do Ambiente indica que orla costeira perdeu 100 hectares em nove anos

Fonte e notícia aqui
A erosão da costa litoral portuguesa continua a ser uma preocupação do ministério do Ambiente e do programa COSMO.

A secretária de Estado do Território e da Conservação da Natureza revelou esta quarta-feira que a linha de costa portuguesa perdeu 100 hectares nos últimos nove anos, uma conclusão do Programa de Monitorização da Faixa Costeira de Portugal (COSMO).

“O que o COSMO nos permite é perceber como está a evoluir a nossa linha de costa”, explicou Célia Costa em declarações à Lusa, adiantando que a faixa litoral portuguesa “perdeu 100 hectares” desde 2010.

O Programa COSMO é desenvolvido pela Agência Portuguesa do Ambiente e foi implementado em Junho de 2018 e, um ano depois, deu esta quarta-feira a conhecer alguns dos resultados obtidos através da recolha de informação sobre a evolução das praias, dunas, fundos submarinos e arribas.

Um dos exemplos mencionados pela governante foram as praias a sul da Cova-Gala, na Figueira da Foz, no distrito de Coimbra, onde “se mediu um recuo na ordem dos 50 metros entre 2010 e Fevereiro de 2019”.

O projecto também quantificou os impactos da tempestade Helena na Cova Gala, em Fevereiro deste ano, onde a costa sofreu uma “erosão e perdas de 30 metros cúbicos por metro linear”.

A monitorização da orla costeira é feita através de fotografias aéreas e de trabalhos de topografia, o que permite ao Governo melhorar a sua acção “ao nível do planeamento, das acções de protecção e de gestão do dia-a-dia” no litoral português, mencionou a secretária de Estado.

Neste sentido, um dos maiores benefícios, de acordo com Célia Costa, é a possibilidade de se perceber a “batimetria dos 30”, ou seja, onde é necessária a alimentação artificial com areia.

“Conhecer essa curva do mar, onde temos essa profundidade e como joga ao longo da nossa costa é fundamental para perceber qual é o resultado das intervenções que temos programadas, que são os chamados shots de areia, intervenções em determinadas zonas em que se pretende lançar um conjunto de metros cúbicos de areia e a partir daí perceber onde ficou depositada”, explicou.

O troço costeiro entre São Jacinto e a Costa Nova, em Aveiro, é um dos locais onde será necessária esta alimentação artificial, segundo uma apresentação fornecida pelo Ministério do Ambiente.

De acordo com o mesmo documento, o COSMO está também a efectuar um estudo sobre a batimetria entre Barra do Tejo, em Lisboa, e a Costa de Caparica, em Almada, no distrito de Setúbal, contribuindo para “optimizar estratégias de intervenção futura”.

Desde 11 de Maio, também está disponível a plataforma COSMonline, onde se pode verificar o que está a acontecer na linha de costa, o que, na visão da governante é “fundamental”, por permitir a consulta de todos os cidadãos que tenham esse interesse.

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quarta-feira, 26 de junho de 2019

Preços das casas em Berlim congelados durante cinco anos

A medida deverá entrar em vigor em 2020. Caso os proprietários violem a legislação poderão ter de pagar uma multa de até 500 mil euros.
Notícia e imagem aqui

O governo de Berlim, liderado pelos sociais-democratas, aprovou esta terça-feira uma proposta que visa travar o aumento das rendas das casas na capital alemã durante cinco anos.

A medida deverá entrar em vigor em 2020 mas, de forma a evitar que os proprietários aumentem os preços até lá, o plano poderá ter efeitos retroactivos a partir de Julho deste ano.

A proposta inclui ainda a fixação de um tecto de renda máximo (valor este que ainda não foi estipulado), assim como garantias de protecção legal aos arrendatários. Caso os proprietários violem a legislação poderão ter de pagar uma multa de até 500 mil euros.

Por outro lado, se os senhorios quiserem subir a renda devido a obras de manutenção das casas, terão de solicitar uma autorização oficial para qualquer aumento acima dos 50 cêntimos por metro quadrado.

“As rendas não poderão aumentar durante cinco anos”, garantiu Katrin Lompscher, responsável pelo Desenvolvimento Urbano, citada pelo diário El País, que espera que a medida acabe por também ser implementada em toda a Alemanha.

O projecto de lei — que irá afectar 1,5 milhões de apartamentos (excepto habitações sociais e novas construções) — deverá estar concluído até 17 de Outubro, para que possa ser aprovado pelo Parlamento e entrar em vigor já no início do próximo ano.

Thorsten Schäfer-Gümbel, político alemão do SPD (parceiro de coligação da CDU de Angela Merkel), acredita que a proposta deve ser implementada em todo o país, defendendo a fixação de um valor máximo de renda a nível nacional. Porém, segundo o El País, o ministro do Interior, Horst Seehofer (da CSU), já se mostrou contra a decisão.

Alguns opositores à proposta temem que a fixação do valor das rendas faça com que os senhorios deixem de investir na manutenção das casas, segundo a BBC, e que os valores de arrendamento de novas construções (que não são abrangidas pela medida) subam.

Já a chanceler alemã Angela Merkel mostrou-se céptica quanto ao congelamento das rendas, defendendo que a solução passa também por dar as condições necessárias “às pessoas para que queiram construir”, cita o Guardian.

Para fazer frente à escalada dos preços do imobiliário e à gentrificação, o governo alemão prometeu, em 2018, investir seis mil milhões de euros na promoção do acesso à habitação, com Merkel a reconhecer que este é “um dos temas quentes do nosso tempo”. O executivo prevê construir, ao longo de quatro anos, 1,5 milhões de casas e apartamentos a preços reduzidos.
1100 euros por mês

Desde que recuperou o seu estatuto de capital alemã, em 1990, Berlim tem sido assistido a um aumento constante dos preços das propriedades. De 2011 a 2016, estima-se que os preços das casas tenham aumentado 40%, com uma subida mais acentuada nos últimos dois anos.

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terça-feira, 25 de junho de 2019

Há relação entre a exposição a pesticidas na gravidez e a redução do QI em crianças

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O pediatra Leonardo Trasande mora com a esposa e os dois filhos em uma casa em que não entram latas de conservas nem alimentos ultraprocessados. Os tapetes mal cobrem o chão, feito de madeira, e há poucos plásticos. Os hábitos da família nova-iorquina respondem ao trabalho do pai sobre os produtos químicos que interferem em nossos hormônios para nos tornar “mais doentes, mais obesos e mais pobres”. Sicker, Fatter, Poorer é o nome do livro que acabou de publicar, no qual explica o que pode ser feito para evitá-los. Aos 46 anos, é um renomado pesquisador que assinou mais de uma centena de artigos científicos sobre os chamados disruptores hormonais, já chamados de “ameaça global” pela OMS em 2013. O Parlamento Europeu pediu há dois meses à Comissão que sejam proibidos para equipará-los aos produtos cancerígenos, mutagênicos ou tóxicos.

A conversa com Trasande acontece em espanhol (ele é filho de imigrantes galegos), horas antes de tomar um avião para os Estados Unidos, onde dirige o Departamento de Pediatria Ambiental da Faculdade de Medicina da Universidade de Nova York. Ele participou do Congresso da Associação Espanhola de Pediatria, onde foi dito em alto e bom som que mais de 95% das crianças espanholas têm em sua urina essas moléculas que hackeiam o metabolismo.

“Existem 1.000 ou mais substâncias químicas sintéticas que podem interagir com os nossos hormônios”, diz, “mas a evidência é mais forte em quatro categorias: os pesticidas, os bisfenóis, que são usados em papel térmico [o dos tickets de máquinas de cartão e caixas registradoras] e enlatados; os ftalatos que estão em cosméticos e em vários tipos de recipientes para alimentos, e os retardantes de chama bromados em tapetes, talvez em móveis como este (toca a poltrona estofada em que está sentado) e nas casas [também em produtos eletrônicos]. Pensava-se que só eram nocivos em altas doses, mas não é assim”.

O impacto das substâncias químicas que suplantam ou competem com os hormônios que ordenam nossa vida é especialmente grave em gestantes e crianças, diz o especialista, porque consomem mais alimentos e líquidos por quilo de peso, seus órgãos (e as glândulas que produzem os hormônios) estão em formação, e também permanecem expostos por mais anos. “Há três estudos que documentaram que existe uma relação entre a exposição a pesticidas organofosforados durante a gravidez e a diminuição do QI em crianças. Além disso, nos exames de imagem, se viam partes do cérebro menos desenvolvidas”, diz. O mesmo acontece com os retardantes, que inibem o funcionamento da tiroxina, o hormônio da tireoide que regula o metabolismo. Depois da exposição durante a gravidez “foram constatados não apenas comprometimentos cognitivos, mas também transtornos de autismo e atenção e hiperatividade”.

Os disruptores hormonais foram associados a alterações da saúde reprodutiva, cânceres, diabetes e obesidade. Neste último caso porque favorecem a criação de células adiposas ou retardam o metabolismo, diz o pesquisador. Ninguém está a salvo. “Esses produtos químicos afetam todos nós. E o benefício de reduzir a exposição é a curto, médio e longo prazo. Estamos falando de câncer de próstata, de mama, de efeitos cardiovasculares nos homens. Por exemplo, os ftalatos inibem a testosterona. E a testosterona baixa está relacionada com problemas cardíacos e AVC. Cerca de 10.000 homens morrem a cada ano nos Estados Unidos devido a baixos níveis desse hormônio ocasionados pelos ftalatos. Estamos falando de vida ou morte: estamos cercados por produtos químicos com os quais arriscamos nossas vidas. Não quero ser alarmista. Mas existe uma urgência e com custos financeiros de 163 bilhões de euros (cerca de 712 bilhões de reais) por ano na Europa”, afirma o pediatra.

Trasande é mais conhecido por transformar os efeitos desses produtos químicos em números com seis publicações no The Lancet Diabetes and Endocrinology e no Journal of Clinical Endocrinology e Metabolism. “Se uma criança tem um ponto de QI a menos, a mãe não percebe, nem a pediatra, nem a professora. Mas se há 100.000 crianças com um ponto a menos de QI, a economia percebe. Cada ponto a menos é avaliado em 2% da produção de toda a sua vida, que será de um milhão de euros. São 20.000 euros. Multiplicado pelos três milhões de crianças nascidas a cada ano na Europa, é responsável por 60 bilhões de euros por ano. E esses custos estimados são muito baixos, considerando que estudamos apenas 5% dos disruptores endócrinos”.

A boa notícia é que, com medidas simples e baratas, diz, muito pode ser feito: “Não comer alimentos enlatados. Rapidamente baixam os níveis de bisfenol A na urina. Também diminuir os alimentos embalados em plástico e ultraprocessados. Em dois ou três dias, os ftalatos diminuem”. O mesmo acontece ao eliminar certos cosméticos e ao mudar para alimentos orgânicos. Outras precauções incluem não colocar plásticos no microondas ou na máquina de lavar louça, porque “a altas temperaturas se transformam de polímeros em monômeros que passam para o alimento e, finalmente, para o corpo”. E ventilar 15 minutos ao dia para eliminar a poeira química de tapetes e componentes eletrônicos.

E os plásticos, tão vilipendiados e poluentes? Substitua-os por vidro e tetrabriks e, se usados, verifique que dentro do triângulo com o qual estão marcados não figure o 3 (PVC), o 6 (poliestireno) e o 7 (policarbonatos que podem ter bisfenóis). E substitua as panelas antiaderentes pelas de aço inoxidável ou ferro, “aquelas de sempre”.

Estamos cercados por esses produtos químicos – “no metrô, na escola, nos centros de trabalho”, embora possamos controlar nossas casas, essas oito ou dez horas por dia que passamos nela, nos finais de semana, “mas não controlamos outros ambientes”. Mas a coisa boa, insiste, é que “você pode perguntar: isso é comida orgânica? Esse odor é sintético ou natural?” Pouco podemos fazer fora de casa além de não pegar o ticket do supermercado – “no contato com a pele os produtos químicos vão para o sangue”. Durante a conversa dá vontade de sair correndo olhar o fundo das embalagens de alimentos, tirar o peixe embrulhado em plástico em uma bandeja e se livrar de todos os cremes. “Não é preciso ter doutorado em química. Sugiro usar um aplicativo que indique a segurança do cosmético”.

Os benefícios de evitar a exposição são palpáveis desde o início, como ocorre quando se para de fumar. “Por exemplo, se reduzirmos a exposição aos ftalatos em cosméticos, há um efeito sobre os seios da face que pode ser notado imediatamente. Em uma semana se notam alterações hormonais e em meses ou anos o risco de doenças crônicas é reduzido”.

O especialista acredita que os consumidores têm muito poder com a capacidade de comprar determinados produtos ou não. E existe, em sua opinião, um lugar também para as políticas públicas de prevenção. E nisso a Europa está em geral na dianteira em relação aos Estados Unidos. “Na Europa, mais de 1.300 produtos foram eliminados; nos Estados Unidos, 11. Nisso, não me sinto orgulhoso do meu país”. Aqui, diz ele, um produto químico é vetado se houver um estudo que o relacione com um dano, seja ele qual for a dose. Isso não acontece nos Estados Unidos.

E na Espanha? “Existe uma oportunidade para promover a agricultura orgânica a partir das autoridades e liderar esse campo para aumentar a produção desses alimentos livres de pesticidas”, conclui.

segunda-feira, 24 de junho de 2019

Tremoços e Política Ambiental

Fonte aqui 

O especialista em nutrição Pedro Graça explica porque os tremoços - sementes de uma "planta maldita" devem fazer parte de uma alimentação equilibrada

Há uns meses atrás ouvi um importante responsável da área da agricultura afirmar que a defesa do meio ambiente necessitava de uma estratégia global e sensata e não devia ser confundida com pequenas ações radicais. Estas pequenas ações assemelhavam-se a aperitivos, como um prato de tremoços, que nunca resolveriam situações mais gerais como as que vivemos atualmente. Pois permita-me discordar. Não apenas porque as “estratégias globais sensatas” significam habitualmente manter tudo na mesma, mas porque o consumo de tremoços e outros pequenas ações são a chave para o cidadão agir e para tornar melhor a saúde do nosso planeta. Vamos por partes.

Nos dias que correm acumula-se a evidência de que as nossas escolhas alimentares influenciam de forma decisiva a saúde humana e a do planeta. Recentemente, uma das mais prestigiadas revistas científicas a nível mundial, a Lancet, publicou o relatório EAT-Lancet, reunindo dezenas de cientistas de referência internacional de 16 países, em áreas tão diversas como a saúde, agricultura, ciência política e sustentabilidade ambiental. Uma das conclusões deste relatório é a de que um planeta saudável “vai exigir mudanças substanciais na alimentação dos seres humanos. O consumo médio de fruta, hortícolas e frutos gordos terá de duplicar e o consumo de alimentos como carne vermelha e açúcar terá de ser reduzido em mais de 50%. O diagnóstico aponta no sentido de uma dieta à base de vegetais e com menos alimentos de origem animal. Uma revolução para a nossa forma de comer ocidental, que não será necessariamente vegetariana, mais muito próxima da nossa dieta mediterrânica feita de produtos vegetais, sazonais e locais na maior parte das refeições.

Mas para se evitar a retórica e inação habitual, necessitamos de ações simples, que possamos realizar no nosso dia a dia. Precisamos de saber o que fazer e agora. No caso da alimentação, necessitamos de saber o que comprar e o que rejeitar. Na alimentação, todos podemos fazer política alimentar porque a maioria de nós pode fazer a diferença quando decide comprar um determinado alimento no supermercado e não outro. Decisões simples como comer mais tremoços de origem nacional, de preferência com pouco sal, no início de uma refeição ou durante a refeição, são opções que podem fazer uma enorme diferença ponto de vista ambiental e nutricional.

Os tremoços são as sementes das plantas fabáceas conhecidas como tremoceiro (especialmente o "tremoceiro-comum" - Lupinus albus), pertencentes ao género Lupinus. Esta planta revela uma extraordinária história de sobrevivência ao longo dos últimos 3000 anos no mediterrânico que merece ser contada. O tremoceiro-comum ou Lupinus que em latim significa “parecido com o lobo”, pois segundo o senso comum estas plantas cresciam onde as outras plantas não se davam e aparentemente espoliavam a terra dos seus nutrientes como um predador, foi sempre uma planta maldita e ao mesmo tempo abençoada. Maldita pela enorme quantidade de alcaloides presentes nas suas sementes que a tornavam venenosa sem os cuidados culinários adequados e abençoada pela capacidade de fixar o nitrogénio do ar promovendo a melhoria da fertilidade do solo e a diversificação dos sistemas de cultivo. A grande quantidade de proteína, presente nestas sementes era também fundamental para alimentação do gado e humana. Por tudo isto, torna-se uma planta de culto no mediterrâneo, no Vale do Nilo e na alimentação de Gregos e Romanos. Por exemplo, o escritor e historiador romano, Plínio o Velho, na sua História Natural, já reparava que o tremoço “tanto é consumida por animais como por humanos” há mais de 2000 anos.

Contudo, o tremoço em natureza contém alcaloides neurotóxicos. Se consumidos de imediato podem originar náuseas, vómitos, tonturas, dores abdominais, mucosas secas, hipotensão, retenção urinária e taquicardia. Estas substâncias são eliminadas quando os tremoços são cozidos e cobertos com água que deve ser mudada com frequência durante vários dias até perderem o seu amargo original, com a eliminação dos alcaloides. Só a partir desse momento tornam-se no excelente alimento que todos apreciamos. Este conhecimento apurou-se na bacia do mediterrâneo ao longo de gerações. Primeiro, escolhendo as variedades com menos alcaloides (aquelas que os animais toleravam) e mais tarde, tentando identificar as plantas mais resistentes a parasitas, cujas vagens fossem mais resistentes, a par dos processos de cozedura e lavagens sucessivas que permitem reduzir substancialmente a presença de substâncias tóxicas. Com estas dificuldades ultrapassadas, o tremoço tinha todas as condições para se tornar um alimento importante na dieta mediterrânica. O que é natural que acontecesse. O tremoço, à semelhança de outras leguminosas, como o grão, o feijão, a lentilha, a fava ou a ervilha apresenta inúmeras propriedades nutricionais muito interessantes para a saúde. Em particular para as comunidades do mediterrâneo onde a proteína animal era escassa. Na sua composição, encontramos uns extraordinários 16g de proteína por 100g, com uma boa qualidade e digestibilidade e 5% de fibra. Caracteriza-se por ser pobre em gordura (cerca de 2% da sua composição) sendo esta, maioritariamente, mono e polinsaturada. Contêm diversas vitaminas, destacando-se os folatos em quantidades substanciais e sais minerais, como o cálcio, o potássio, o manganésio, o ferro e o zinco. O tremoço pode assim ser utilizado como substituto de proteína animal e em particular nas dietas vegetarianas, sendo isento de glúten. Segundo alguns trabalhos científicos, a elevada presença de fibra permite ainda ao tremoço ter um papel ativo na regulação do colesterol e glicemia e também na regulação e proteção da flora intestinal, muito provavelmente devido à elevada presença de fitoquímicos contidos nestas sementes.

Este alimento extraordinário, tanto do ponto de vista ambiental como do ponto de vista nutricional, é hoje um infeliz esquecido na nossa cultura alimentar (o que é natural pois ao contrário de outros alimentos altamente processados, gera pouco lucro à indústria alimentar) reduzindo-se a mero aperitivo de verão antes de se beber uma cerveja. A produção nacional desta leguminosa tem vindo a sofrer reduções significativas ao longo dos últimos anos, estimando-se que entre 1961 e 2005, a média anual de produção tenha descido 4180 toneladas.

Em vez dos discursos “globais e sensatos” sobre a defesa do ambiente, podíamos dar pequenos mas decisivos passos no caminho de uma estratégia pragmática para a defesa do planeta, colocando as leguminosas (tremoço, chícharo, feijoca, lentilha, grão, feijão…) nos nossos pratos ao longo da semana, incentivando a sua produção nacional, tornando-as presença obrigatória nos cadernos de encargos da restauração de locais públicos, substituindo uma vez por semana (ou mais) as refeições de carne ou peixe por estas fontes de proteína vegetal nas nossas escolas ou, pura e simplesmente, promovendo e publicitando estes alimentos como obrigação do Estado. É que os tremoços, tal como o grão ou o feijão, não têm marca nem padrinhos que lhes valham.

Portugal devia pedir desculpa aos ciganos, diz antropólogo


O antropólogo e investigador José Pereira Bastos defendeu hoje que Portugal deveria pedir desculpa aos ciganos e resolver o problema da habitação, apontando que não adianta de nada haver um dia nacional do cigano.

A efeméride assinala-se esta segunda-feira, dia 24 de junho, mas José Pereira Bastos entendeu que “não adianta nem atrasa” para os cerca de 85% de portugueses com preconceitos contra os ciganos, “só piora”.

“Para as pessoas que não têm preconceito não melhora nada”, criticou o cofundador do Núcleo de Estudos Ciganos do Centro de Estudos de Migrações e Minorias Étnicas.

José Pereira Bastos considerou “tudo isso uma fraude” porque “nunca ninguém pegou, nem ninguém pega nesta questão”, sublinhando que em Portugal os ciganos “são aquilo que em psicanálise se chama o ‘mau objeto’”.

Recordou um estudo que fez em 1997 sobre as “Minorias Étnicas em Portugal”, cujo resultado “nunca lhe tinha passado pela cabeça” e veio mostrar que “não há qualquer comparação” entre o racismo de que é alvo a comunidade cigana e qualquer outra comunidade.

“Resulta de um racismo sistemático, estrutural, que vem desde que eles chegaram em 1500 cá e que nenhum governo republicano ou monárquico ou socialista ou liberal fez nada até hoje”, apontou.

O investigador não tem dúvidas em afirmar que “o único racismo português é dirigido ostensivamente e totalmente aos ciganos”.

Pela forma como os ciganos têm vindo a ser tratados em Portugal ao longo dos séculos, José Pereira Bastos defendeu que o país deveria “pedir desculpa aos ciganos, com a história dos ciganos na mão”.

“O que falta é pedir desculpa aos ciganos por razões históricas”, defendeu.

Por outro lado, entendeu que deve ser feita discriminação positiva em relação a esta comunidade, com políticas específicas para os ciganos, sublinhando que em Portugal há cerca de 100 mil ciganos, “dos quais imensos analfabetos, imensos pobres, imensos à chuva, a passar fome, a ser batidos pela polícia e a serem expulsos pelas populações”.

Na opinião do investigador e antropólogo, a área da habitação deveria ser a primeira a ser alvo dessas políticas de discriminação positiva, recordando uma visita a Bragança, onde viu “pessoas com menos de 10 graus a dormir em ruínas, em casas sem eletricidade, abraçados uns aos outros para se aquecerem, à fome, ao frio, à chuva”.

“E vi a mesma coisa em Mourão [distrito de Évora] e vi em várias partes do país. Vi com os chamados nómadas, no meio da lama, famílias trigeracionais, a avó, os filhos, os netos, descalços, na lama, a comerem espargos selvagens”, contou.

Relatou também o caso de uma outra família, cuja história foi testemunhada por um aluno do antropólogo, e foi obrigada a “fazer um périplo de 12 concelhos, desde Beja até às Caldas da Rainha” para depois voltar para trás porque era expulsa pela polícia em todos os locais por onde passava.

Pereira Bastos frisou que o “problema da habitação é gravíssimo”, sublinhando que o que não falta no país são casas vazias, principalmente em Lisboa.

“Assegurar condições humanas de habitação parece-me o ‘bê-a-bá’. Se não querem falar dos ciganos então façam uma lei que proíba a habitação para todas as pessoas que querem habitação e não a têm e não falem dos ciganos”, desafiou.

Relativamente à educação, apontou que é importante, para além de todas as medidas de promoção e incentivo à frequência escolar, que no fim da linha haja empregos para estas pessoas, sob pena de continuarem dependentes da venda ambulante.

Defendeu ainda a criação de uma fundação privada que trabalhe diretamente com o tecido empresarial para a contratação de pessoas ciganas pelas empresas nacionais, à semelhança do que acontece em Espanha como a Fundação Secretariado Gitano

domingo, 23 de junho de 2019

101 ways to fight climate change

Fonte aqui


On Wednesday, April 22, people from around the world will celebrate Earth Day. The day marks the 50th anniversary of the birth of the modern environmental movement in April 1970, when 20 million Americans took to the streets to demand a healthy, sustainable environment.

In today’s social-distanced world, Earth Day 2020 is going digital. Despite the novel coronavirus, it’s still possible to join the fight against climate change—even if you have to start at home.

The challenges can’t be understated. Since 2015, the United States has left the Paris accord and reports from around the world show that countries are not moving fast enough to hit those targets. The situation may seem bleak, but there’s still hope. More than ever before, individual actions—including mobilizing for political transformation—can make a difference.


Curbed searched communities across the country and around the world, consulted experts and advocates, and pulled from our voluminous coverage on sustainable cities to create a go-to guide for climate action. Our goal is to provide practical, implementable advice on an individual level, as well as to illustrate the power of collective commitments. Think of it as your must-do action plan for this year, and every other year.

In Your Home | On Your Table | Along Your Route | In Your Neighborhood | In Your City | With Your Community

1. Add solar panels to your house. With the plunging price of solar power, and an increasingly diverse group of companies such as Tesla and Forward Labs offering new products, the toughest decision may not be whether to install, but which style and color panels to place on your roof. The Energy Department has a good resource guide for homeowners, while Google’s Project Sunroof helps calculate the potential benefits of home installation.

A man stands on a roof next to sloping black solar panels. The man is in outerwear. There is a city skyline in the distance. 
Milton Ross added solar panels atop his home as part of the Brooklyn Microgrid project. Lo3
2. Get a home energy audit. A simple home energy audit can show how much energy your home consumes and give you tips on changes that can make things more efficient. Most assessments help homeowners save between 5 to 30 percent on their energy bills, and audits can significantly reduce a home’s carbon footprint.

3. Change lightbulbs to LEDs. Quality LED lightbulbs can last 25 times longer, are more durable, and use at least 75 percent less energy than other bulbs. In the United States, widespread use of LEDs over the next 10 years could save the equivalent annual electrical output of 44 large power plants (about 348 TWh).

4. Ask your utility company about buying clean electricity. You may not know exactly how much of your electricity is coming from renewable energy, so now is the time to find out. Contact your utility company, find out the sources of the electricity they supply, and see if you can opt in for “green pricing” in order to pay slightly more in exchange for electricity generated from clean, renewable power.

5. Clean or replace HVAC filters every three months. A dirty filter on your air conditioner or heater will make the system work harder and waste energy.

6. Use a programmable thermostat. Instead of keeping your house a constant 70 degrees, invest in an automatic thermostat, which can cost as little $25. Higher-end smart thermostats like the Nest or Ecobee can customize your temperatures so you’re not blasting the air conditioning when no one is home or using too much heat when everyone is tucked in bed.

7. Wash clothes in cold water. Most Americans still wash their laundry in warm water, which costs more money and takes a toll on the environment. Approximately 75 percent of the total energy use and greenhouse-gas emissions produced by a single load of laundry come from warming the water itself. That’s unnecessary, especially because studies have shown that washing in cold water is just as effective as using warm.

An outdoor patio with white patio furniture. There is a table, bench, and a planter with flowers. 
Outdoor furniture made out of recycled wooden pallets. For more ideas, head over here. Shutterstock
8. Upcycle your furniture. From shopping cart couches to chairs from old skis, upcycled furniture can be innovative and environmentally smart. Consider using recycled materials—like pallets—or repurposing the furniture you already have instead of buying new.

9. Recycle your clothes. The average American throws away about 80 pounds of clothing a year. Not only is fast fashion wasteful, but the environmental cost of manufacturing and distributing new clothes is devastating. A handful of retailers offer recycling programs, while companies like Patagonia will actually purchase, refurbish, and resell your gently worn garments.

10. Buy new appliances with the Energy Star label. When you need to replace a refrigerator or dishwasher, choose an appliance that’s Energy Star certified. Energy Star products are more efficient, meaning they can help lower your energy costs and reduce greenhouse gas emissions.

11. Design your workspace around natural light. Now that many people are working from home full-time due to the pandemic, reconsider your workspace: Do you need to have a light on all day? Is there an alternative spot that might get better natural light? Turning a few lights off helps you reduce electricity usage and extend the life of your lightbulbs.

12. Unplug electronic devices when they aren't in use. Just because a device or appliance appears to be off doesn’t mean it’s not drawing power. About a quarter of all residential energy consumption is used on devices in idle power mode, which means “sleep mode” is costing upward of $19 billion in electricity bills. Things like your cable box, laptop, and even your speakers may be using almost as much power when they are off but plugged in as when they are on. Group appliances on power strips so you can turn them off at the same time, especially if you’re going on vacation.

13. Obsess over every drop of water. Water management not only helps cities become more resilient in the faces of storms, droughts, and natural disasters, but also saves energy. Rain barrels and rain gardens help capture and purify water, putting less stress on municipal systems and replenishing underground aquifers.


14. Build a downspout planter box. If you live in an apartment building, you can still capture your rainwater to save water and cool streets. Philadelphia offers free training for homeowners on stormwater management. Afterward, attendees receive a free downspout planter box for their home. Check out more tips from Curbed Philly.

15. Insulate. Simply making our homes more efficient can substantially cut the energy needed to heat and cool. Adding insulation, weather stripping, and caulking around your home can cut energy bills by more than 25 percent.


16. Downsize. Does saving the planet “spark joy?” Then follow Marie Kondo’s lead and try to be mindful of what you do and don’t need. A more measured approach to consumption can also eliminate unneeded purchases that contribute to global emissions.

17. Hack your thermostat. Simply adjust your thermostat to run 2 degrees cooler in the winter and 2 degrees warmer in the summer. You likely won’t notice much of a difference in your house, but the energy savings can be dramatic.

18. Remove your lawn. That “little” patch of green in front of your home is the U.S.’s most widely grown crop—there are 42 million acres of grass nationwide, more than the total acreage of corn. Lawns require extra water, gas-powered equipment, and fertilizer that pollutes waterways (and homeowners pollute much worse than farmers, since they aren’t versed in professional landscaping). Less grass equals less gas.


19. Buy furniture made with sustainably harvested wood. Deforestation is a serious problem, but buying sustainably sourced wood—look for the Forest Stewardship Council logo—ensures that your wood is coming from 380 million acres of FSC-certified forest and not an old-growth forest.

20. Don’t buy a new home; renovate an old one. Preservationists often say that the greenest home is the one that’s already built. That’s definitely true, but often, older housing stock is less energy efficient, so those seeking to lovingly restore and rehabilitate an old gem end up paying higher heating and cooling costs. The true green home, however, is an old house brought up to speed with 21st-century sustainability solutions. A new project by Harvard’s Center for Green Buildings and Cities seeks to transform an old stick-built home into a model for energy efficiency with an affordable retrofit. Inefficient existing buildings are one of the world’s biggest energy problems; the best place to start making a difference is at home.


21. Xeriscape your yard. Huge lawns use a lot of water to maintain, so consider adding drought-tolerant plants in order to reduce your water consumption by 50 to 75 percent.

22. Hang-dry your clothes instead of using the dryer. There are more than 90 million clothes dryers in the United States, and if all Americans line-dried for just half a year, it would save 3.3 percent of the country’s total residential output of carbon dioxide.

23. Recycle. According to the Environmental Protection Agency, in 2013 Americans generated about 254 million tons of trash and recycled and composted about 87 million tons of this material, equivalent to a 34.3 percent recycling rate. We need to do better.


24. Plant a community garden. Rolling up your sleeves and digging in the soil offers a great way to meet neighbors and collaboratively add something to your neighborhood. To get you started, the American Community Gardening Association offers a set of resources and recommendations on how to manage and maintain a public patch.

25. Start or support an urban farm. Talk about locally sourced: Supporting urban agriculture that’s not just in your region, but also down the block, can help cut carbon emissions and provide local employment while offering more chances to enjoy that just-picked freshness. From warehouse rooftops to urban orchards to innovative vertical farms, new ways to raise crops are taking root.

26. Eat less meat. Going local for food matters, but not as much as methane. Raising cattle and sheep creates vast amounts of methane, a powerful greenhouse gas. Cutting out meat, or even reducing consumption and favoring fish and chicken, can seriously save carbon. Studies at Carnegie Mellon suggest merely swapping red meat and dairy for a more balanced diet with fish, eggs, and fowl makes a big difference.


27. Reduce food waste. Whether it’s left on your plate or rotting in your fridge, wasted food is a big problem in the U.S.—to the tune of 38 million tons a year, according to the EPA. Luckily, small changes to your routine can make a big difference. Here’s a great list of ideas for saving food, including ways to be thrifty and smarter about storage and preservation.

28. Don't drink bottled water. Landfills already contain more than 2 million tons of plastic bottles. And 1.5 million barrels of oil are used to manufacture water bottle every year. And those bottles take more than 1,000 years to biodegrade. Yeah, that reusable water bottle does sound like a good idea.

29. Plant your own vegetable garden. It doesn’t get more local than fresh tomatoes from your backyard.


30. Join a CSA. Community-Supported Agriculture connects consumers with seasonal food sold directly from nearby farmers. You’ll help support farmers while also eating local—a proven way to reduce your carbon footprint.

31. Start composting. Transforming food scraps and lawn clippings into fresh, nutrient-rich soil gives home gardens a boost (and if done right, doesn’t create an olfactory offense). Roughly 20 to 30 percent of what we normally throw out can be composted. And the process offers huge benefits at the city level, too. New York City’s composting program creates “black gold” in the form of rich soil, saves money on shipping organic waste to landfills, and even generates energy from methane.


32. Start walking. Is there any single action that’s better for your mind, your body, and your planet?

33. Work from home one day each week. Studies show that 45 percent of the U.S. workforce has a job that’s suitable for full-time or part-time telecommuting. Working a few days from home each month means one less commuter on the road contributing to greenhouse gases.

34. Make sure your tires are properly inflated. The U.S. Department of Energy reports that under-inflated tires have a negative effect on fuel economy. You can improve your gas mileage by 0.6 percent on average—up to 3 percent in some cases—by keeping your tires inflated to the proper pressure. Better gas mileage means fewer trips to the pump and a reduction in carbon-dioxide emissions.

35. Calculate your carbon footprint. Use an online tool to calculate and track your carbon footprint, and prepare to be astounded by how much transportation contributes to your total.


36. Check your gas cap. A loose, cracked, or damaged gas cap wreaks havoc on the environment, allowing gas to escape from your tank as vapor. It also wastes fuel and your hard-earned gas money. Turn the gas cap until it clicks a few times and consider a replacement if it has logged more than 50,000 miles.

37. Map a two-mile circle around your house and walk everywhere within it. You’ll not only realize how many places are an easy half-hour walk away, but you’ll also be able to eliminate unnecessary vehicle trips that make emissions and congestion worse. Check out more tips from Curbed LA.

38. Only wash your car in a self-serve car wash. It may seem better to wash your car at home, but it’s worse for the environment. Washing your car in the driveway causes polluted water to run into sewers, and you’ll likely keep the hose running too long. The best way to wash a car is at a self-serve station where customers use a coin-operated spray device; these stations use around 12 to 18 gallons of water per vehicle, compared to up to 100 gallons at home.

39. Take public transit. Sure, public transportation helps reduce gridlock and carbon emissions. But many city dwellers incorrectly assume that buses and trains take longer. So give transit a try—it may just exceed your expectations.


40. Download a transit app. Transportation planning apps like Citymapper and Transit not only offer detailed trip-planning services and real-time arrival information, but also help local transit agencies improve service. To create more efficient routes, give your city the data it needs.

41. Buy carbon offsets when you fly. Limiting your flights, or giving up flying altogether, would be best. The average American’s annual carbon footprint is 19 metric tons, yet one round-trip flight between New York and San Francisco contributes an outsized 2 million more. Buying offsets—which are offered by many carriers—does make a difference, and experts say it’s a valid way to even out. Even downsizing from business class to coach cuts down your carbon usage, if you can make do without the legroom.

42. Bring your own shopping bags. Plastic bags are incredibly destructive to the environment: They take hundreds of years to break down, contaminate soil and waterways, and cause widespread marine animal deaths. To combat the problem, cities and states around the country have enacted plastic-bag bans or fees on single-use bags. Switch to reusable bags and use them consistently.

The Olli 3D-printed bus
Olli, a 3D-printed autonomous bus that’s looking to revolutionize transit. Local Motors
43. Ride the bus. Transit ridership is down in almost every major U.S. city, which could be detrimental to your city’s ability to combat climate change. Boost your city’s transportation future across the board by riding the bus, and be on the lookout for self-driving technology that just might save the bus.

44. Pick up trash. Bring two small bags when you're out walking the dog or taking the kiddos to school. Pick up the trash you find on your way—dividing it into recyclables and trash destined for the landfill—and help keep debris from harming animals and ending up in our streams and waterways.

45. Turn off your engine. If you’re stopped for more than 10 seconds (unless you’re in traffic), don’t idle. Idling is bad for your car, uses fuel, and contributes to air pollution.

46. Become a member of your city’s bike-sharing program. Shifting just a few trips per week from a car to a bike could help the U.S. reduce emissions enough to achieve the Paris goals. Support one of the dozens of successful bike-share systems popping up all over the country by buying an annual membership to help keep the system humming.

A person on a bicycle on a street in Chicago. In the distance are cars stopped at a traffic light.
Cyclist in downtown Chicago, which has recently installed a new series of protected bike lanes Russell Ingram, courtesy of Chicago Loop Alliance
47. Just ride a bike. Yes, riding a bike really can save the world. According to a 2015 study by the University of California at Davis, shifting more urban trips to bicycling, and cutting car use accordingly, could reduce urban transportation CO2 emissions by 50 percent worldwide by 2050. That seems especially feasible when you consider that half of all urban trips are a bikeable six miles or less.

48. Start a carpool. In 2014, over 76 percent of commuters in the United States drove to work alone, most often in their own personal vehicle. Carpools save money on gas, reduce your carbon footprint, let you work during the drive, and get you access to specially designated carpool lanes that are reserved for high-occupancy vehicles.

49. Try commuting with an electric bike. Research shows that e-bikes are 10 to 20 times more energy efficient than a car, and frankly, an e-bike is just plain fun to ride. Folding e-bikes like this one can give you a sweat-free, less stressful commute and get you out of your car, the fastest-growing contributor to greenhouse gases in our country.


50. Opt for a cargo bike. Want to ride your bike more but don’t know how to haul the kids, the groceries, and (figuratively) the kitchen sink? With many different styles and price points, a cargo bike can get the whole crew where you need to be without the soul-crushing battle of putting a 2-year-old in a car seat.

51. Use car sharing. New services like Car2go and Zipcar give you the convenience of having a car without the added costs—and negative environmental impacts—of car ownership. Users can pay to drive cars when they need them by the minute, hour, or day. Studies have shown that access to shared cars takes vehicles off of roads, eases parking congestion, and can have a ripple effect of reducing carbon-dioxide emissions and gas use.

Electric vehicle charging station
An electric vehicle charging station. Shutterstock
52. Replace your current car with an electric vehicle. Peak car—the point where car ownership starts to drop in the U.S.—could happen as soon as 2020. Get ahead of the trend by switching to an EV, which will not only reduce your emissions but will also save you money in the long run. Going electric also means you’re investing in the future of a clean grid.

53. Sign up for an autonomous-vehicle pilot program. Okay, there’s really only one that we know of—Waymo’s program in Phoenix—but shared, driverless cars are the future of sustainable, low-emission transportation. Become an advocate for AVs to help move this technology forward.


54. Turn a parking space into a park. Bustling streets can do much more than handle automobile traffic. That’s the idea behind Park(ing) Day, a worldwide event that encourages artists and designers to turn metered parking spots into temporary community installations. The concept has even become city policy; the Pavement to Park program allows sponsors in San Francisco to test similar projects and turn some into permanent public spaces, as does the People Street initiative in LA.

55. Plant a tree. Shade, serenity, sustainability—trees add so much to the urban landscape and ask so little. Many cities, such as Philadelphia, give away free trees, have planting services, or require tree planting permits, so check your local rules before you start digging.


56. Shop local. It’s simple, straightforward, and an easy addition to your routine that supports local businesses, provides community jobs, and reduces transportation costs and carbon emissions.

57. Pedestrianize a street. Take inspiration from car-free cities worldwide and transform a corridor into a walker’s haven, using ideas ranging from Barcelona’s superblock concept to this pretty shared street in Chicago.

In the foreground is a pedestrian plaza with people walking. In the background is a large building with various towers and spires.
The Post plaza—a car-free area in the city center—in Ghent, Belgium. Shutterstock
58. Help track and measure green performance in your building. “Do you track your health? Do you know if you’re doing the right things to stay fit? You can do the same thing with buildings and know for sure how your building is fighting climate change. Buildings are a large contributor to climate change and small improvements are simple and can make a big difference. Set a goal, then track your building’s performance and improve it.” — Scot Horst, United States Green Building Council

59. Get inspired by a similar city. The best solutions for climate change are the ones that are already being tested on the ground. Download Climate Reality’s 100 ideas from 60 cities worldwide and borrow the ones that fit your community best.


60. Green your parkway. Okay, there’s gonna be a ton of regional slang to fight through here: You know that little sliver of property between the sidewalk and the curb? Whatever you call it, replace whatever’s there with a stormwater garden that allows water to naturally percolate into the ground. It will not only alleviate flooding on your street, but will also filter and clean the water on its way back underground.

61. Buy vintage. Sustainable can be stylish. Our sister site Racked has a guide to buying vintage denim and highlights the best vintage stores to follow on Instagram.

62. Put books about climate change in your nearest little free library. Walk down any neighborhood street in cities like Denver, Colorado, and you’re likely to see a small wooden box full of free books. These Little Free Libraries are the perfect place to donate books on climate change.


63. Support your local river clean-up. From Los Angeles to Boston, cities across the U.S. are working to make their rivers cleaner and more enjoyable. There’s even a movement to create a designated swim park in Boston’s Charles River and to install a floating pool in New York City’s East River. Check out American Rivers for information on how to support a river clean-up near you.

64. Retrofit your local highway. From envisioning freeway cap parks to reimagining ugly underpasses to turning highways into planted parkways, the most destructive urban infrastructure on the planet can be reinvented for a new life—especially if you tear the highway down completely.

A large house with windows and a flat roof. There is a snow on the ground in front of the house. The sky is dark with many stars.
An example of a newly built home in Summit Sky Ranch, a planned dark-sky community in Colorado, which enforces quality outdoor lighting and cuts energy usage. Courtesy of Summit Sky Ranch
65. Preserve the night sky. Approximately 99 percent of people living in the United States and Europe live under light-polluted skies, and unnecessary lighting wastes energy and money. Reduce light waste by illuminating only the places that need it, putting shields on lights so they point down, and turning off unnecessary lights. You could also join over a dozen towns and cities that are official Dark Sky Communities.

66. Learn how sea-level rise will affect your city. You’ve seen the scary real estate maps showing the worst-case scenarios of submerged condo towers if climate change goes unchecked. But the truth is that marginalized communities will be affected first. Check out how Boston is taking action against a rising waterfront.

A map showing sea level data for Boston. 
A map showing potential sea level rise in Boston, Massachusetts by 2100. Green Ribbon Commission
67. Advocate for better building codes, energy efficiency, and transparency. Buildings are responsible for nearly half the energy consumption in the United States, making the built world—and those who design and maintain it—key to solving the climate crisis. Architects and planners can advocate for building codes and zoning regulations that favor more energy efficiency. Everyone can push for better energy efficiency and rating in housing and offices and move to make this information easily accessible.

68. Attend a town hall. Ask your representatives about climate change in person by finding an upcoming town hall near you. The Sierra Club offers talking points for how to ask your congressperson about protecting the EPA and issues surrounding the U.S.’s withdrawal from the Paris agreement.


69. Tell your city to go car-free. What sounds like an impossible dream could be achieved by cities like Oslo in a few years. Want an example that’s closer to home? Get inspired by the way Vancouver has reduced reliance on cars by half.

70. Support transit-oriented development. Cities such as Chicago have codified the concept of transit-oriented development, which allows for larger buildings with smaller parking minimums if they’re near transit lines. It’s a conservation two-for-one, adding denser housing downtown with less need for private automobile trips.

One of the initial trains for Sound Transit’s Link Light Rail service for Seattle
A Sound Transit train in Seattle, where a $900 million Move Seattle levy passed in 2015. VeloBusDriver: Flickr/Creative Commons
71. Say yes to transportation initiatives. Improving transit costs money, so the next time there is a transit-focused ballot measure in your city, vote yes. You’ll be in good company: In the November 2016 elections, cities voted yes on billions of dollars worth of transportation improvements.

72. Fight parking minimums. Up to 14 percent of the land in some U.S. cities is dedicated to parking motionless vehicles. That’s not just incentivizing driving, it’s also taking up precious land that could be used to build places that allow people to live and work closer together. Attend hearings for new developments and encourage planners to reduce or nix the construction of required parking spaces.

73. Keep the fossil fuel industry accountable. Plenty of oil and gas companies are cleaning up their acts, but there’s still a ways to go. Here’s how to keep the pressure on these corporations to go green.


74. Push your city to support 100 percent clean energy. Switching to 100 percent renewable power may seem like a lofty goal, but it’s not as far off as you think. Many cities have started pledging to switch to renewables, joining the Sierra Club’s Ready for 100 Campaign. By making the commitment, mayors and city leaders have started to change transportation, planning, and energy policies, embarking on the long road to cleaner air. And, as many who have signed on have discovered, renewables will save significant money in the long run.


75. Come together to combat climate change. Villagers in the rural English town of Ashton Hayes didn’t need government help, special technology, or extra funding to fight climate change. Over the last decade, neighbors there have achieved a 24 percent reduction in emissions by collaborating and changing everyday behaviors, sharing tips on weatherproofing, and reducing energy usage. The grassroots, no-drama effort even earned the town a place in the media spotlight.

76. Listen to the best climate podcast. Warm Regards features a big-picture, science-focused look at climate change, from glaciology to green energy, hosted by paleoecologist Jacquelyn Gill and ProPublica journalist Andy Revkin.

Biker on the Cultural Train in Indianapolis
A biker on the 8-mile, $62.5 million Indianapolis Cultural Trail that has linked neighborhoods and inspired development. sciondriver: Flickr/Creative Commons
77. Read a book. Some great books for learning more about climate change and how to get involve include Merchants of Doubt, which looks at scientists who dispute evidence of climate change; Climate Change, What Everyone Needs to Know, a great Q&A-style overview; The Sixth Extinction: An Unnatural History by Elizabeth Kolbert, the award-winning New Yorker writer; and Heat: How to Stop the Planet From Burning by George Monbiot.

78. Get your kids on board. You’re never too young to take climate action. 10 Things I Can Do to Help My World and George Saves the World by Lunchtime offer everyday ways for children to be mindful about the planet, while NASA’s Climate Kids provides a solid introduction to the science of global climate change. (Don’t worry, they’ve got a grownup version, too.)


79. Support a carbon tax. A carbon tax is a fee imposed on the burning of carbon-based fuels, like coal, oil, and gas. It’s a way for users of carbon fuels to pay for the climate damage caused by releasing carbon dioxide into the atmosphere, and an incentive that motivates companies to switch to noncarbon fuels and energy efficiency.

80. Find out where your reps stand. It wasn’t just Trump who decided to back out of the Paris accord: These 22 senators have been pushing the U.S. to withdraw since May. There are plenty of tools that can show how your representatives have voted on recent climate and science issues. If you don’t agree with their decisions, get in touch.

A bridge spanning across a body of water. There is a cityscape in the distance. The bridge is lit in green light. It is sunset and evening. 
The new span of New York’s Kosciuszko Bridge lights up green in response to the Trump administration’s announcement to withdraw from the Paris climate accord. Kevin P. Coughlin/Office of Governor Andrew M. Cuomo
81. Re-watch An Inconvenient Truth. You may have seen Al Gore’s climate change documentary back when it debuted years ago, but in many ways, its message has never been more urgent. Host a viewing party for the sequel, An Inconvenient Sequel: Truth to Power and sign up for advocate training through the Climate Reality Project.

82. Support publications reporting on climate change. Great journalism makes us all better citizens and helps us learn more about the issues (for example, how climate change is changing the taste of tea and hurting food production).

83. Map local air pollution. The Environmental Defense Fund teamed up with Google to build a remote sensing tool that can help map air pollution in cities. Neighborhoods can use the data to reduce emissions and target communities most at risk for health issues.


84. Support corporate sustainability initiatives, or start one at your office. If your company has one, find ways to get involved. If not, talk to your colleagues about starting one. A recent eight-year study by MIT Sloan Management Review and the Boston Consulting Group, which offers plenty of advice and actionable goals, is a good place to start.

85. Understand how density fights climate change. Although the connection isn’t immediately obvious, building taller, denser cities is the best way to reduce emissions because they allow people and the goods they consume to expend less energy during transit. Smart development is the best way for a city to shrink its carbon footprint.

86. Back a scientist running for office. Only five people in Congress identify as scientists, which many science-minded advocates say is part of the problem when it comes to climate legislation. Find a scientist running near you or, better yet, if you’ve got a science background, here’s how to run yourself.

Wall-E, a robot from the film with the same name. He has a head with two eyes. His hand is holding a rubix cube toy. 
Pixar
87. Watch a cartoon. Wall-E is the tale of a robot left alone to clean up Earth after humans trashed the place and escaped to outer space. Vox calls it one of the finest environmental films of the past decade, a riveting picture of society’s insatiable need to consume and what happens when private industry’s drive for profit overtakes the public good. This is the movie we need right now.

88. Offset your carbon emissions. If you want to approach the gold standard of environmental responsibility, take steps to completely neutralize your carbon footprint and invest in carbon offsets, which fund programs that help absorb the carbon generated by your everyday activities, such as reforestation. Groups such as Carbon Neutral and My Climate can help businesses and individuals get started.

89. Grasp the basics. Here are nine questions about climate change you were too afraid to ask, including “How do we stop it?”

90. Join a climate action event. Organizations across the country like the Sunrise Movement are hosting events to bring attention to climate action. Find an event near you, or organize your own.


91. Become a “planetary futurist.” Alex Steffen is arguably one of the smartest voices for climate action. His latest project, The Nearly Now, is a newsletter that promises to not only change the way you see the future, but also to give you the tools and necessary optimism to affect its outcome.

92. Follow female environmental journalists. Need daily news and inspiration from trusted sources? David Roberts of our sister site Vox has compiled this list of over 125 women writing about climate change and clean energy.

93. Visit our national parks. Many of our treasured national parks are on the frontlines of climate change; for example, Glacier National Park may be glacier-free within a few decades. Here are some environmentally sound places to stay while you visit.

In the foreground are wildflowers. In the distance is a mountain range in Grand Teton National park. There is a sunset in the sky and the clouds are purple.
Grand Teton National Park at sunset. Shutterstock
94. Understand how the debate became political. The conversation about climate change has been plagued by partisanship—in fact, how Americans voted in the 2016 election almost exactly mirrors their climate beliefs. Here’s why humans are so bad at wrapping their heads around it and how to prevent people from becoming victims of denial.

95. Discuss, and advocate, for the environment in more concrete terms. “The environment is an abstract concept, and until you put a human face to the problem you will not inspire people to act. The Slow Space Movement puts people first—their experience, their health, and their rights. It goes beyond sustainability and checklists and connects with people on an emotional level by telling the stories of how their lives are affected by the built environment.” — Mette Aamodt, co-founder and CEO of Aamodt/Plumb Architects

96. Disinvest from carbon-heavy industries and investments. Making sure your financial portfolio matches your beliefs is a sound investment in our collective future. Many mutual funds and retirement accounts offer clean energy and carbon-free options, and groups such as Carbon Tracker have helped demonstrate the risk of carbon-heavy investments in light of a worldwide shift toward cleaner energy.

97. Endorse the Paris agreement. You can show your support for the global climate accord by personally agreeing to uphold its values.


98. Build towers (and eventually skyscrapers) with wood. “Building with Cross-Laminated Timber (CLT) and other emerging wood technologies allows us to ‘grow’ future cities with a renewable resource that sequesters carbon and connects urban growth to rural economic development.” — Thomas Robinson, founding principal of Lever Architecture

99. Work on a community solar project. Solar panels can be a stretch for many homeowners, and an impossibility for renters. But that doesn’t mean you can’t invest in a sun-powered future. More than 25 states allow for community solar projects, which let a group of residents team up to fund a centralized, shared solar installation. Others are attempting to take it one step further: In New York City, the Brooklyn Microgrid project wants to create a viable market to sell local energy between neighbors.

100. Read some climate fiction. And if that doesn’t scare you into taking action, we don’t know what will.

101. Vote. Especially if you’re a millennial.

sábado, 22 de junho de 2019

Cola-Cola, Pepsi e Nestlé, as multinacionais que mais contaminam os oceanos com plástico

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As multinacionais Cola-Cola, Pepsi e Nestlé são as empresas que mais contribuem para a contaminação dos oceanos com plásticos de uso único, de acordo com um estudo da iniciativa "Break Free from Plastic", que limpou as costas de 42 países em todo o mundo.

terça-feira, 18 de junho de 2019

Lisboa é a sexta cidade europeia mais poluída pelos navios de cruzeiro

Fonte e notícia aqui


Lisboa foi a cidade europeia que mais navios de cruzeiro recebeu em 2017. No entanto, um indicador que pode ser bom para a economia da capital acaba por ter um retorno negativo para o ambiente. O alerta vem num estudo da Federação Europeia dos Transportes e Ambiente (T&E) que coloca a Lisboa em sexto lugar entre as cidades europeias mais expostas à poluição por navios de cruzeiro — depois de Barcelona, Palma de Maiorca, Veneza, Civitavecchia (Roma) e Southampton.

Esta foi uma das conclusões do estudo, agora divulgado pela associação ambientalista Zero, que avaliou as emissões de diferentes poluentes provenientes de 203 navios de cruzeiro de luxo de 50 portos europeus. Em 2017, passaram por Lisboa 115 navios de cruzeiro, fazendo do porto da capital o mais concorrido a nível europeu, seguindo-se Barcelona e Palma de Maiorca. Estes navios estiveram estacionados 7953 horas. O porto de Lisboa foi, assim, o terceiro maior porto europeu em termos de horas totais de estacionamento, depois de Barcelona e Veneza. 

De acordo com as contas apresentadas no estudo, os navios de cruzeiro que passaram pelo capital libertaram 3,5 vezes mais óxidos de enxofre — um gás que causa problemas respiratórios, dores de cabeça e indisposição — que os 375 mil automóveis que diariamente circulam em Lisboa. Quanto aos óxidos de azoto — que têm sobretudo origem na queima de combustíveis fósseis (na indústria ou transportes) e estão também na origem de outros poluentes, como as partículas finas e o ozono (ao nível do solo) —, os navios de cruzeiro emitiram quase o equivalente a um quinto dos carros que circulam na cidade.

“Os navios de cruzeiro de luxo são verdadeiras cidades flutuantes alimentadas por alguns dos combustíveis mais poluentes. As cidades estão a restringir a circulação dos veículos a gasóleo, mais poluentes, mas as autoridades locais estão a dar total liberdade às empresas de cruzeiros para continuarem a emitir gases e partículas tóxicas que causam danos imensuráveis na saúde, o que é inaceitável”, nota Francisco Ferreira, presidente da associação ambientalista Zero e professor na área da qualidade do ar Faculdade de Ciências e Tecnologia, da Universidade Nova de Lisboa. 

Atingir emissões zero

O estudo apresenta ainda resultados em termos nacionais, que colocam Portugal em sexto lugar entre os países europeus mais expostos à poluição por óxidos de enxofre dos navios de cruzeiro, depois de Espanha, Itália, Grécia, França e Noruega. Será fácil de perceber porque estão estes países mais expostos a esta fonte de poluição — são grandes destinos turísticos. Mas também porque, explica a Zero, “têm limites de enxofre nos combustíveis navais menos rigorosos, permitindo assim que os navios de cruzeiro queimem combustível mais sulfuroso (e mais poluente) ao longo dos seus litorais”. 

A associação ambientalista comparou ainda os dados do estudo da T&E com o inventário oficial de emissões de óxidos de enxofre da Agência Portuguesa do Ambiente, referentes a 2017, concluindo que as emissões dos navios de cruzeiro na costa portuguesa foram 86 vezes superiores às emissões dos automóveis que circulam em Portugal (5100 toneladas em relação a 59 toneladas, respectivamente). No total, este poluente libertado pelos navios representa mais de 10% do total das emissões nacionais de óxidos de enxofre (5100 toneladas em relação a 47500 toneladas), diz a Zero em comunicado.

Se olharmos para o contexto europeu, o cenário é semelhante: as emissões de óxidos de azoto dos navios de cruzeiro equivalem a cerca de 15% do total que a frota de automóveis emite num ano, refere o estudo.

“Precisamos de fazer a transição para combustíveis mais limpos de forma voluntária, e que os governos intervenham e imponham, desde já, limites restritivos de emissão nas suas zonas costeiras, e no médio prazo, limites zero nos portos nacionais”, nota Francisco Ferreira. Para a Zero, a Europa “deve implementar, o mais rapidamente possível, um regulamento, a aplicar em todos os portos europeus, com planos para se atingirem limites de emissão zero nos navios, o que pode ser conseguido através da electrificação associada ao armazenamento de energia proveniente de fontes renováveis”.