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quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Documentário: SOS EHS- Todos somos electrosensíveis


Pôr as crianças numa escola equipada com wireless é o mesmo que metê-las no microondas e fechar a porta...será?
Já que não há zonas brancas (sem "cobertura" de rede): bom para nós ou uma bomba relógio para a saúde pública?
Quando nasceram os telemóveis, fiquei sempre a odiá-los. Não compreendo a imensa dependência e disseminação desta tecnologia de controle, danificação de relações, muito cara, despesista, conflituosa e causadara dispersiva de falta de saúde. Nunca são testados em termos de saúde e impactos ambientais.
Para saber mais:
Consulte tudo o que tenho compilado na "etiqueta" telemóveis, no meu blogue.

quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Conta comigo, sempre


Se eu pudesse deixar algum presente a vocês,
deixaria aceso o sentimento
de amar a vida dos seres humanos.
A consciência de aprender tudo
o que já foi ensinado pelo tempo afora.
Lembraria os erros que foram cometidos
para que não mais se repetissem.
A capacidade de escolher novos rumos.
Deixaria a vocês, se pudesse,
o respeito àquilo que é indispensável:
além do pão, o trabalho,
além do trabalho, a ação.
E quando tudo o mais faltasse, um segredo:
o de buscar em si mesmo a resposta e a força
para encontrar a saída.
Mahatma Gandhi 

terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Freedom is a State of Mind

'Index' proíbe 79 livros de autores portugueses [Notícia do dia aqui]
1. Fui pesquisar à Opus Dei que atributo deram à obra lindíssima deTeolinda Gersão "O Mensageiro e Outras Histórias com Anjos" e soltei imediatamente uma forte gargalhada. Está classificada pelo código L-C2= "abundam passagens escabrosas ou com fundo ideológico estranho ou contrário aos valores cristãos".

2. Memorial do Convento de José Saramago- classificação feita pela Opus Dei, código L-C3 (= obra explicitamente contrária à fé ou à moral). 

3. Se fizermos uma pesquisa na Opus Dei sobre os livros de Richard Dawkins quase todos têm classificação de PC-2 e PC-3 (PC-2= os conteúdos da obra são ambíguos ou opõem-se à doutrina católica; PC-3= a obra é incompatível com a doutrina católica).
E pronto desejo a tod@s Bons dias~ Kαλημέρα~good morning ~ Bonjour ~ Buon giorno ~ Доброе утро ~ Bună Dimineaţa ~ Buenos días e defendendo sempre a Liberdade, contra totalitarismos e intolerâncias. Forever!



Como desejava fazer uma espécie de viagem selvagem tipo Kerouac...mas a selvajaria está (quase) em todo o lado. Estou a fazer os (im)possíveis por construir uma tecitura por um mundo mais optimista e dando ternuras à minha volta.Beijinhos e abraços. Vou até ao mar e fazer umas rotinas. Dão-nos alguma segurança, também, não é assim?

segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Eugenia silenciosa

PRECISO DO MAR e DA NATUREZA e DA VERDADE. Aproveitem a minha sugestão.Passeiem junto do mar. Sento-me, olho as nuvens, as aves...às vezes vou com a minha família, o nosso cão Marley. Por vezes descalço, com máquina fotográfica, bicicleta ou música!


O problema é que estamos a assistir a uma eugenia silenciosa, em que umas bestas ditas iluminadas "cruzam-se entre si" e entendem-se "superiores" e acreditam que podem e mandam sobre a plebe que lhe paga e ainda deve suar até ao fim e exaustão e cobrar pela saúde e falta dela.Precisamos de primaveras árabes e islandesas e termos força interior para derrubar o FMI...até lá: vendem-se opiniões e vendem o medo.Fartinho de conversa da treta, do Cavaquistão, dos acólitos da Goldman Sachs, Maçonarias, Opus Dei, Citygroup, Monsanto, etc.Querem melhor prova? Leiam esta postagem.Preciso de ar, de Natureza e de Solidariedade. Preciso de Revolução.

sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Encontros improváveis: Bocage e X-Mal Deutshland



Lua-Cheia....inspira-me sombras, noites abundantes, existencialismo, fantasmas, sonhos vividos.

Ó retrato da Morte! Ó Noite amiga,
Por cuja escuridão suspiro há tanto!
Calada testemunha de meu pranto,
De meus desgostos secretária antiga!

Pois manda Amor que a ti sòmente os diga
Dá-lhes pio agasalho no teu manto;
Ouve-os, como costumas, ouve, enquanto
Dorme a cruel que a delirar me obriga.

E vós, ó cortesãos da escuridade,
Fantasmas vagos, mochos piadores,
Inimigos, como eu, da claridade!

Em bandos acudi aos meus clamores;
Quero a vossa medonha sociedade,
Quero fartar o meu coração de horrores.

Bocage

Música do BioTerra: Frank Black - Hang On To Your Ego


I know so many people
Who think they can do it alone
They isolate their heads
And stay in the safety zone

But what can you tell them?
What can you say that won't make them defensive?
So...

Hang on to your ego
Hang on, but I know that you're gonna lose the fight

They come on like they're peaceful
But inside they're so uptight
They trip through the day
And waste all their thoughts at night

But how can I say it?
How can I come on when I know I'm guilty?
So...

Hang on to your ego
Hang on, but I know that you're gonna lose the fight

And how can I say it?
How can I come on when I know I'm guilty?

Hang on to your ego
Hang on, but I know that you're gonna lose the fight
Hang on to your ego
Hang on, but I know that you're gonna lose the fight
Hang on to your ego
Hang on, but I know that you're gonna lose the fight

Black Francis' first solo album was going to be a covers album. When he came to the studio to record it, however, he already had composed a number of tracks, so he ended up only keeping this one cover in what became the debut album of his new persona, Frank Black.

Brian Wilson wrote this song – ironically and sadly – a bit before he actually lost his mind / ego. However, the rest of the The Beach Boys didn’t really like the stoner tone of the lyrics and changed it. “I Know There’s an Answer" was the result. The original version was only released in 1990, but it was already famous a bootleg.

The Pixies covered “Hang on to Your Ego” live a few times, including for a BBC Session, although it was never officially released.

What did Frank Black say about "Hang on to Your Ego"?
Frank Black in a 1993 Interview:
Classy band. Classy guy, Brian Wilson. Classy song. It’s called “Hang On To Your Ego.” It doesn’t get much crasser and cool than that. It’s like recording a song called “I Am The Greatest.”

Credits
Produced By
Frank Black & Eric Drew Feldman
Written By
Terry Sachen & Brian Wilson
Recorded At
The Clubhouse, Burbank, California, USA, 1992
Release Date
March 8, 1993
Hang on to Your Ego is a cover of "Hang On to Your Ego" by The Beach Boys

quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Quatro “erres” contra o consumismo- Leonardo Boff



A fome é uma constante em todas as sociedades históricas. Hoje, entretanto, ela assume dimensões vergonhosas e simplesmente cruéis. Revela uma humanidade que perdeu a compaixão e a piedade. Erradicar a fome é um imperativo humanístico, ético, social e ambiental. Uma pré-condição mais imediata e possível de ser posta logo em prática é um novo padrão de consumo. 

A sociedade dominante é notoriamente consumista. Dá centralidade ao consumo privado, sem auto-limite, como objetivo da própria sociedade e da vida das pessoas. Consome não apenas o necessário, o que é justificável, mas o supérfluo, o que questionavel. Esse consumismo só é possível porque as políticas econômicas que produzem os bens supérfluos são continuamente alimentadas, apoiadas e justificadas. Grande parte da produção se destina a gerar o que, na realidade, não precisamos para viver decentemente.

Como se trata do supérfluo, recorrem-se a mecanismos de propaganda, de marketing e de persuasão para induzir as pessoas a consumir e a fazê-las crer que o supérfluo é necessário e fonte secreta da felicidade.

O fundamental para este tipo de marketing é criar hábitos nos consumidores a tal ponto que se crie neles uma cultura consumista e a necessidade imperiosa de consumir. Mais e mais se suscitam necessidades artificiais e em função delas se monta a engrenagem da produção e da distribuição. As necessidades são ilimitadas, por estarem ancoradas no desejo que, por natureza, é ilimitado. Em razão disso, a produção tende a ser também ilimitada. Surge então uma sociedade, já denunciada por Marx, marcada por fetiches, albarrotada de bens supérfluos, pontilhada de shoppings, verdadeiros santuários do consumo, com altares cheios de ídolos milagreiros, mas ídolos, e, no termo, uma sociedade insatisfeita e vazia porque nada a sacia. Por isso, o consumo é crescente e nervoso, sem sabermos até quando a Terra finita aguentará essa exploração infinita de seus recursos. 

Não causa espanto o fato de o Presidente Bush conclamar a população para consumir mais e mais e assim salvar a economia em crise, lógico, à custa da sustentabilidade do planeta e de seus ecossistemas. Contra isso, cabe recordar as palavras de Robert Kennedy, em 18 de março de 1968: ”Não encontraremos um ideal para a nação nem uma satisfação pessoal na mera acumulação e no mero consumo de bens materiais. O PIB não contempla a beleza de nossa poesia, nem a solidez dos valores familiares, não mede nossa argúcia, nem a nossa coragem, nem a nossa compaixão, nem a nossa devoção à pátria. Mede tudo menos aquilo que torna a vida verdadeiramente digna de ser vivida”. Três meses depois foi assassinado. 

Para enfrentar o consumismo urge sermos conscientemente anti-cultura vigente. Há que se incorporar na vida cotidiana os quatro “erres” principais: reduzir os objetos de consumo, reutilizar os que já temos usado, reciclar os produtos dando-lhes outro fim e finalmente rejeitar o que é oferecido pelo marketing com fúria ou sutilmente para ser consumido.

Sem este espírito de rebeldia consequente contra todo tipo de manipulação do desejo e com a vontade de seguir outros caminhos ditados pela moderação, pela justa medida e pelo consumo responsável e solidário, corremos o risco de cairmos nas insídias do consumismo, aumentando o número de famintos e empobrecendo o planeta já devastado.

quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Encontros Improváveis- Pablo Neruda e Gem Club-Animals

É proibido abandonar tudo por medo


"É proibido não rir dos problemas
Não lutar pelo que se quer 
Abandonar tudo por medo
Não transformar sonhos em realidade
Ter medo da vida e de seus compromissos
Não viver cada dia como se fosse um último suspiro"
Pablo Neruda

terça-feira, 22 de janeiro de 2013

O problema não é a matéria mas o “materialismo”

O problema não é a matéria mas o “materialismo”. De modo semelhante, o problema não é o espírito mas o “espiritualismo”. A partir do momento em que encapsulamos uma ideia ou um pensamento num “ismo”, estabelecemos os alicerces do pensamento dualista. […] O universo é uni-verso, uma canção, um verso, um poema. Ele contém infinitas formas que dançam juntas em harmonia, cantam juntas em harmonia, se equilibram umas às outras na gravidade, se transformam umas às outras na evolução e todavia o universo mantém a sua totalidade e a sua ordem implicada. Trevas e luz, acima e abaixo, esquerda e direita, palavras e significado, matéria e espírito, complementam-se uns aos outros, confortáveis num abraço mútuo. Onde está a contradição? Onde está o conflito?
Satish Kumar, Spiritual Compass, The Three Qualities of Life, Foxhole, Green Books, 2007, pp.47-48

Mais sobre Satish Kumar no 
Biografia
Resurgence

segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Encontros Improváveis: Tau-te-King e Antic Clay- Broken Throat Blues

"Três coisas agradam a todo o mundo: gentileza, frugalidade e humildade. Pois os gentis podem ser corajosos, os frugais podem ser liberais e os humildes podem ser condutores de homens." ~Tau-te-King, 67


Os erros dos meus amigos nunca me farão ficar do lado dos meus inimigos.

domingo, 20 de janeiro de 2013

Encontros Improváveis : Berbardo Soares e Sparklehorse and Radiohead - Wish You Were Here


“Tudo me cansa, mesmo o que não me cansa. A minha alegria é tão dolorosa como a minha dor.”~ Bernardo Soares

Por mais que mostre textos que elogiam as virtudes da paz, citações sobre Paz e Amor à minha volta no meu mural, o feed-back crescente e cada vez mais frequentes são de gritos, silêncios, prepotência, cinismo, hipocrisia, divisão e egocentrismos. Excepto o abrigo da família e alguns amigos. Já é bom, mas muito insuficiente. Aos meus amigos distantes apelo que sejam diplomatas da paz, apontem soluções aos derrotistas e transmitam exemplos de esperança aos pessimistas, os conservadores e os reacionários que não acreditam no sucesso de Portugal e que não aprofundam a consciência ecocêntrica.

sábado, 19 de janeiro de 2013

A falsa unidade ortográfica

Maria Regina Rocha  

O Acordo Ortográfico está em causa. Instituições e publicações há que o aplicam; outras, que o rejeitam. O grande público contesta-o, e a esmagadora maioria dos cidadãos não consegue compreender o que se está a tentar fazer à Língua Portuguesa.1

Efectivamente, embora genericamente as pessoas estejam contra esse acordo, infelizmente a forma como se extremaram posições levou a que, num determinado momento, quem tinha o poder político lhe conferisse força de lei, sem uma atenta e lúcida reflexão sobre o mesmo e as suas gravíssimas implicações, sobretudo de natureza linguística e cultural, com repercussão no ensino e no domínio da língua.

Como ainda estamos em fase de transição e as leis são os homens que as fazem, esperemos que as razões serenas e lúcidas se imponham e façam com que aqueles que representam o povo legislem de acordo com o supremo interesse do país e da língua portuguesa, seja ela falada onde for.

Lembro apenas, como precedente, que o Acordo Ortográfico de 1945 foi nessa data assinado por Portugal e pelo Brasil, que o Brasil o tentou aplicar durante dez anos e que, em 1955, rendido à especificidade do registo ortográfico da variante do Português do Brasil, revogou esse acordo. Assim, se Portugal tomar a iniciativa de reflectir e, com razões ponderosas, reformular o texto do Acordo actual, não fará nada de inédito nem beliscará as relações entre os países envolvidos. Aliás, será de referir, ainda, que, recentemente, o próprio governo brasileiro anunciou que vai adiar a obrigatoriedade da aplicação do acordo para 2016…

Focando, então, o Acordo actual, em primeiro lugar, deverei dizer que uma pessoa com formação linguística naturalmente que não estaria, à partida, contra um acordo ortográfico. E deverei dizer, ainda, que houve, neste acordo, tentativas (embora não totalmente eficazes) de resolver algumas questões ortográficas relativamente à grafia de novas palavras, concretamente no que diz respeito à utilização do hífen.

No entanto, este acordo enferma de um grande pecado original: não alcança minimamente o apregoado objectivo da unidade na ortografia.

Para que serve um «acordo ortográfico»? Para unificar a ortografia de povos que falam a mesma língua. Ora, com este acordo, a ortografia da Língua Portuguesa não se unificou. Tentei obter resposta a uma pergunta simples: quantas palavras se escreviam de forma diferente no Brasil em comparação com a forma como as mesmas palavras se escreviam em Portugal e nos restantes países de Língua Oficial Portuguesa antes do Acordo e depois do Acordo? Não consegui obter uma resposta objectiva da parte de defensores do Acordo Ortográfico. Pergunto: parte-se para a tentativa de aplicação de um acordo ortográfico sem se saber claramente quantas palavras é que mudam na ortografia?

Assim, procurei a resposta, consultando o «Vocabulário de Mudança» disponibilizado no Portal da Língua Portuguesa 

E, considerando a informação aí veiculada, a resposta é a seguinte (contagem feita manualmente): antes do Acordo – e exceptuando as palavras com alteração do hífen, as palavras graves acentuadas no Brasil e não em Portugal (como idéia–ideia) e as palavras com trema (pelo seu número residual e por tais situações afectarem sobretudo a ortografia brasileira) –, havia 2691 palavras que se escreviam de forma diferente e que se mantêm diferentes (por exemplo, facto–fato), havia 569 palavras diferentes que se tornam iguais (por exemplo, abstracto e abstrato resultam em abstrato), e havia 1235 palavras iguais que se tornam diferentes.

Está a ler bem: com o Acordo Ortográfico, aumenta o número de palavras que se escrevem de forma diferente!

Isto é, havia 1235 palavras que se escreviam da mesma forma em Portugal e no Brasil que, com o Acordo, mudam, a saber: 190 ficam com dupla grafia em ambos os países (por exemplo, circunspecto e circunspeto); 57 ficam com dupla grafia mas só em Portugal (por exemplo, conceptual e concetual, que no Brasil se escreve conceptual, mantendo a consoante p); 788 mudam para uma das variantes que existem no Brasil, por vezes a menos utilizada ou a considerada mais afastada da norma-padrão (por exemplo, perspetiva: em Portugal, só se admite esta forma – sem c –, mas no Brasil admitem-se duas, perspetiva e perspectiva, sendo esta última a preferencial); finalmente, 200 mudam para uma até ao momento inexistente e que passa a existir apenas em Portugal (por exemplo, receção, que no Brasil só admite a forma recepção, que passa a não ser possível em Portugal).

Esta última situação é a mais aberrante: são 200 as palavras inventadas, que não existiam e passam a ser exclusivas da norma ortográfica em Portugal. Alguns exemplos: em Portugal, com o Acordo, passa obrigatoriamente a escrever-se aceção, anticoncetivo, conceção, confeção, contraceção, deceção, deteção, impercetível, enquanto no Brasil se escreve obrigatoriamente acepção, anticonceptivo, concepção, confecção, contracepção, decepção, detecção, imperceptível. O problema diz, pois, respeito sobretudo à grafia das palavras que contêm as vulgarmente chamadas «consoantes mudas». Segundo os referidos dados do Portal da Língua Portuguesa, com o Acordo Ortográfico, no que diz respeito às palavras que mudam, no Brasil continuam a escrever-se 1235 palavras com essa consoante etimológica (978 de dupla grafia e 257 que se escrevem só com a manutenção da consoante), enquanto em Portugal e nos restantes países de língua oficial portuguesa, esse número desce para 247, e todas com dupla grafia!

Leu bem: no Brasil, são 1235 as palavras em que se mantém essa consoante, enquanto em Portugal e nos restantes países de língua oficial portuguesa são apenas 247!

Em Portugal, altera-se a ortografia fazendo desaparecer as referidas consoantes e, afinal, no Brasil, essa ortografia de cariz etimológico mantém-se!

Não vou aqui falar da questão da dupla ortografia e de fragilidades e incorrecções presentes nos textos referentes ao Acordo Ortográfico, que têm um efeito negativo no ensino, na aprendizagem e no domínio da Língua Portuguesa (tal poderá ser objecto de outro artigo).

Aqui apenas estou a referir como falsa a propalada unidade ortográfica!

E faço um apelo aos decisores políticos para que analisem cuidadosamente a situação: ninguém se pode escudar na ignorância dos assuntos sobre os quais toma decisões, pois a História não lhe perdoará.

Cf. Números da aplicação do Acordo Ortográfico em Portugal

in jornal Público de 19-01-2013

Se em Nós a Solidão Viver Sozinha


Andrew Bayer- From the Earth 


Se em nós a solidão viver sozinha,
sem que nada em nós próprios a perturbe,
cada figura passará rainha
na antiguidade súbita da urbe.

Um acento de pena irá na linha
vincar a eternidade de figura
a um rosto que quase só caminha
para dentro de o vermos pela pura

substância em si que vive a solidão
dentro de nós. E sendo nós só margem
do seu reino de ver por onde vão

as figuras passando na paisagem
de um antigo fulgor de coração
aonde passam desde sempre. E agem.

Fernando Echevarría, in "Figuras"

sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

2013 Ano Europeu dos Cidadãos- Chamem os navios ao porto

...da Paz, Liberdade, Transparência e Conservação da Natureza.


Covenant- Call the Ships to the Port

"Que viva como se estivesse já morto: não terá mais nada a temer!", escreveu Yamamoto Tsunemoto, porventura o intérprete mais radical do bushido, código de honra fundado, no séc.XVII, por Yamaga Soko e seguido pelos samurais. 
Acabei de ouvir na SIC que o general da troika exige ainda mais austeridade...o que estamos à espera??? Num barco torpeado, temos que nos unir TODOS (famílias, professores, educadores, alunos...) para não vê-lo a afundar ainda mais. Sei que é utopia. A realidade é bem diferente, infelizmente. É o "tuga" dócil, virado para o seu umbigo, descoordenado (o que são manifestações de 6 em 6 meses?), safando-se como pode...Chamemos todos os nossos pequenos barcos, para o mesmo porto- o da Escola Pública, Água Pública, Agricultura Biológica, Eficiência Energética e recuperação da Paz, Liberdade, Transparência e Protecção Ambiental.

20 anos após a criação da cidadania da União, registaram-se progressos concretos que afectam directamente a vida de milhões de pessoas. Para citar apenas um exemplo: hoje em dia ir ao estrangeiro implica custos de viagem mais baixos, sem complicações na passagem das fronteiras, viagens organizadas com garantia, acesso aos sistemas de saúde e chamadas telefónicas para casa mais baratas. Trata-se apenas de alguns dos benefícios que decorrem da cidadania europeia. A Comissão pretende que sejam eliminados os obstáculos com que as pessoas ainda se deparam quando exercem os seus direitos no estrangeiro.
O objectivo do Ano Europeu dos Cidadãos consiste em facilitar aos cidadãos da União o exercício do seu direito de circular e residir livremente no território da UE, assegurando um fácil acesso às informações sobre os seus direitos. Mais especificamente, o objectivo do Ano Europeu consiste em:
  • aumentar a sensibilização dos cidadãos para o seu direito de residir livremente na União Europeia;
  • aumentar a sensibilização para a forma como os cidadãos podem beneficiar dos direitos e políticas da UE e estimular a sua participação activa no processo de elaboração das políticas da União;
  • estimular o debate sobre o impacto e o potencial do direito de livre circulação, em especial em termos de reforço da coesão e de compreensão mútua.
Para assinalar o Ano Europeu dos Cidadãos de 2013, será organizada em toda a UE uma série de eventos, conferências e seminários, a nível nacional, regional ou local. A Comissão tenciona igualmente reforçar a visibilidade dos portais Web multilingues «Europe Direct» e «A sua Europa» como elementos chave de um «balcão único» de informação sobre os direitos dos cidadãos da União, bem como o papel e a visibilidade dos instrumentos de resolução de problemas, como o SOLVIT, para que os cidadãos da União exerçam e defendam melhor os seus direitos.
Ligações úteis:

quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

Discurso do Príncipe Carlos de Gales, vencedor do Prémio Lifetime Achievement Award 2012 é muito duro e deve ser partilhado



"O mundo está a cometer suicídio em larga escala"~ Príncipe Carlos 

No video do discurso de aceitação por SAR Príncipe de Gales, vencedor do Lifetime Achievement Award 2012, faz um discurso duro e um apelo. "A Humanidade e a Terra vão começar a sofrer as consequências cruéis", afirmou. "É um ato de suicídio em larga escala (...) Quando mais tempo continuarmos a ignorar e a negar o que já está a acontecer, mais profundamente condenamos os nossos netos a uma existência insuportavelmente tóxica e instável", Numa linguagem forte, o príncipe de Gales afirmou que o planeta estará condenado a um "futuro imaginável" se os problemas com as emissões de dióxido de carbono para a atmosfera, uso intensivo de pesticidas nas quintas e a escassez de recursos naturais não forem combatidos. Carlos afirma ainda que "os seus medos pelo ambiente foram confirmados por provas científicas." 

quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Do sublime da Natureza...do sublime da Luz interior




Pode a experiência do sublime da natureza ser uma experiência do Mistério, do Sagrado? 

"Que luz é essa que me ilumina de quando em quando e me fere o coração sem o lesar? Horrorizo-me e inflamo-me; horrorizo-me quando sou diferente dela. Inflamo-me quando sou semelhante a ela." Sto Agostinho, Confissões. 

A luz e riqueza está dentro de nós. O mundo dá tantas voltas e tudo muda. Dizermos aos nossos filhos que a melhor saúde todos os dias se faz com presentes do coração e brinquedos da sua imaginação.
Chegaremos algum dia a uma civilização em que não teremos que COMPRAR / VENDER nada?

terça-feira, 15 de janeiro de 2013

Planet Overview Effect


On the 40th anniversary of the famous ‘Blue Marble’ photograph taken of Earth from space, Planetary Collective presents a short film documenting astronauts’ life-changing stories of seeing the Earth from the outside – a perspective-altering experience often described as the Overview Effect.

The Overview Effect, first described by author Frank White in 1987, is an experience that transforms astronauts’ perspective of the planet and mankind’s place upon it. Common features of the experience are a feeling of awe for the planet, a profound understanding of the interconnection of all life, and a renewed sense of responsibility for taking care of the environment.

‘Overview’ is a short film that explores this phenomenon through interviews with five astronauts who have experienced the Overview Effect. The film also features insights from commentators and thinkers on the wider implications and importance of this understanding for society, and our relationship to the environment.
More information also available on Overview the movie and Fragile Oasis

É por Ti que Vivo

Amo o teu túmido candor de astro

a tua pura integridade delicada
a tua permanente adolescência de segredo
a tua fragilidade acesa sempre altiva

Por ti eu sou a leve segurança
de um peito que pulsa e canta a sua chama
que se levanta e inclina ao teu hálito de pássaro
ou à chuva das tuas pétalas de prata


António Ramos Rosa

segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

“Geno 2.0″ pode revelar até quanto nós ainda somos Neandertais



Spencer Wells, director of the Genographic Project speaks to an audience backed by a classic (though simplified) illustration of the human evolutionary path. Photo courtesy NGS. Complete article here.
Pergunto como continuamos "primitivos"? Muitas vezes os argumentos científicos derrubam mitos e fronteiras. E nem sempre é suficiente. We should be better persons, not have better things such as "newest" Ipad. [Artigo completo aqui]

A cada geração, as mudanças se acumulam, mas as mulheres em sua linha ancestral de dezenas de milhares de anos atrás seria indistinguível destas mulheres de hoje em Tajiquistão. Foto por David Evans.

domingo, 13 de janeiro de 2013

Música do BioTerra- Gem Club: Breakers


O teledisco não está pronto a ser reproduzido. Clica na hiperligação...vale a pena ouvir, ver e ler o poema.

Into their cheering hands 
And the faces of his friends 
No blood turned so bitter 
And skulls stayed simple 

Every body in its place 
Strange you should want it the same 
Breakers in my lungs 
The graceless years are gone

sábado, 12 de janeiro de 2013

Homenagem a Aaron Swartz















"An incredile soul"
RIP Aaron Swartz, 08.11.1986 – 11.01.2013
***
Declaração oficial da família e companheira de Aaron Swartz

O nosso amado irmão, filho, amigo e companheiro Aaron Swartz enforcou-se sexta-feira (11 de Janeiro) no seu apartamento em Brooklyn. Estamos em choque, e ainda não conseguimos superar o seu falecimento.

A insaciável curiosidade, criatividade e brilhantismo de Aaron, a sua empatia reflexiva e capacidade para o amor altruísta sem limites; a sua recusa em aceitar a injustiça como inevitável, esses dons tornaram o mundo, e as nossas vidas, muito mais brilhante. Estamos gratos pelo tempo que partilhámos com ele, a todos os que o amavam e o apoiavam, e a todos aqueles que continuam o seu trabalho por um mundo melhor.

O compromisso de Aaron para com a justiça social era profundo, e definiu a sua vida. Ele foi fundamental para a derrota de um projecto de lei de censura da Internet, ele lutou por um sistema político mais aberto, democrático e responsável, e ajudou a criar, construir e preservar uma série estonteante de projectos académicos que estenderam o alcance e a acessibilidade do conhecimento humano. Ele usou as suas capacidades prodigiosas como programador e técnologo, não para enriquecer, mas para tornar a Internet e o mundo num lugar melhor e mais justo. A sua escrita profundamente humana tocou mentes e corações através de gerações e continentes. Ele ganhou a amizade de milhares e o respeito e o apoio de milhões.

A morte de Aaron não é simplesmente uma tragédia pessoal. É o produto de um sistema judicial criminoso, repleto de intimidações e de excessos do Ministério Público. As decisões tomadas por funcionários no escritório da Procuradoria do Massachusetts e no MIT contribuiu para a sua morte. O escritório da Procuradoria dos EUA seguiu uma lista excepcionalmente dura de acusações acarretando, potencialmente, mais de 30 anos de prisão, para punir um suposto crime que não causou vítimas. Enquanto isso, ao contrário do JSTOR, o MIT recusou-se a defender Aaron e os princípios mais caros à sua própria comunidade.

Hoje choramos pelo homem extraordinário e insubstituível que perdemos.

sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

Curta-Metragem: Charles Bukowski - The Man with the Beautiful Eyes


"Caí em meu patético período de desligamento. Muitas vezes, diante de seres humanos bons e maus igualmente, os meus sentidos desligam-se simplesmente, cansam-se, desisto... Sou educado. Balanço a cabeça. Finjo entender, porque não quero magoar ninguém. Este é um ponto fraco que me tem levado a muitos sarilhos. Tentando ser bom com os outros, muitas vezes tenho a alma reduzida a uma espécie de pasta... O meu cérebro tranca-se. Escuto. Respondo. E eles são broncos demais para perceber que eu já não estou mais ali." - Charles Bukowski

Paul Stamets - Solutions from the Underground

Paul Stamets, um cientista líder, explica como os cogumelos podem ajudar os humanos e todo o ecossistema planetário a se curar.

quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

Encontros Improváveis: Manuel António Pina e Haendel- Arie del Disinganno


Händel "Arie del Disinganno# por Sara Mingardo
A Canção dos Adultos

Parece que crescemos mas não.
Somos sempre do mesmo tamanho.
As coisas que à volta estão
é que mudam de tamanho.

Parece que crescemos mas não crescemos.
São as coisas grandes que há,
o amor que há, a alegria que há,
que estão a ficar mais pequenos.

Ficam de nós tão distantes
Que às vezes já mal os vemos.
Por isso parece que crescemos
e que somos maiores que dantes.

Mas somos sempre como dantes.
Talvez até mais pequenos
quando o amor e o resto estão tão distantes
que nem vemos como estão distantes.

Então julgamos que somos grandes.
E já nem isso compreendemos.

Manuel António Pina (1983) in O Pássaro da Cabeça.

quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

Há um tempo em que é preciso abandonar as roupas usadas

Foto: Magritte, The Song of the Violet (1951)
Magritte, The Song of the Violet (1951)
"Há um tempo em que é preciso abandonar as roupas usadas, que já tem a forma do nosso corpo, e esquecer os nossos caminhos, que nos levam sempre aos mesmos lugares. É o tempo da travessia: e, se não ousarmos fazê-la, teremos ficado, para sempre, à margem de nós mesmos." ~ Fernando Pessoa


terça-feira, 8 de janeiro de 2013

Vota pela tua segurança- vota nas piores corporações de 2013

EUA tem mais de 27 agências de serviços secretos. Isto é democracia ou controlo? USA has over 27 intelligent agency organization, is it democracy or control?




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The Public Eye Awards mark a critical counterpoint to the annual meeting of the World Economic Forum (WEF) in Davos. Organized since 2000 by Berne Declaration and Friends of the Earth (in 2009 replaced by Greenpeace), Public Eye reminds the corporate world that social and environmental misdeeds have consequences - for the affected people and territory, but also for the reputation of the offender.

Whether exploitative working conditions, environmental sins, intentional disinformation, or other disregards of corporate social responsibility: At the forefront of the World Economic Forum (WEF) in late January, the most evil offenses appear on the shortlist of the Public Eye Awards. And those firms placed in the pillory will feel the heat: Our renowned naming & shaming awards shine an international spotlight on corporate scandals and thereby help focused NGO campaigns succeed.

segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

Não digas onde acaba o dia

Não digas onde acaba o dia.
Onde começa a noite.
Não fales palavras vãs.
As palavras do mundo.
Não digas onde começa a Terra,
Onde termina o céu
Não digas até onde és tu.
Não digas desde onde és Deus.
Não fales palavras vãs.
Desfaze-te da vaidade triste de falar.
Pensa,completamente silencioso,
Até a glória de ficar silencioso,
Sem pensar.
Cecília Meireles

domingo, 6 de janeiro de 2013

O e-mundo e efeitos da pegada digital

O e-mundo em menos de 20 anos tornou-se numa pegada digital, com vantagens e defeitos que são o reflexo e a reprodução do real. "A evolução e toda a esperança por um mundo melhor baseia-se numa visão destemida e profundamente apaixonada por todas as pessoas que abraçam a vida em pleno sentido comunitário" - John Lennon


No arranque dos anos 90 saltou para as pistas de dança alternativa os grupos  Front 242 e Young Gods  (muito antes com os Faust, Cabaret Voltaire e Joy Division), que deixaram um lastro de vários projectos subsequentes de igual ambiente industrial, gótico, destrutivo e de um surrealismo neotecnológico, fazendo leituras estéticas e instrumentais dos impactos sociais da biotecnologia, ciência em grande desenvolvimento, principalmente desde os inícios dos anos 80. Neurobashing (ataque neurótico) é exemplo-sumo!

Biografia e Discografia

Página Oficial

Youtube

sábado, 5 de janeiro de 2013

Ted Talk Robert Ballard - On exploring the oceans



Robert Duane Ballard é um oceanógrafo conhecido por seu trabalho na arqueologia subaquática. Tornou-se famoso pelas descobertas dos destroços do RMS Titanic em 1985, do Couraçado Bismarck em 1989 e dos destroços do USS Yorktown em 1998.

Encontros Improváveis VNV Nation e John Lennon - O medo e o amor



Beloved é retirado do álbum "Futureperfect" (2008)
Rótulo: SPV
Extactos do Filme: O Vale Seco (2012)
O Vale Seco é a primeira longa-metragem completa de Alexandra Strelyanaya. O filme é baseado no famoso romance escrito pelo vencedor do Prémio Nobel Ivan Bunin. Esta história une os destinos dos proprietários de terras e dos seus servos, e é considerada um dos retratos mais completos da vida russa no final do século XIX. Acontece em Vale Seco, uma vila de propriedade da nobre família dos Khrushevs. A história fala sobre Natália, uma jovem e ingénua que trabalha na sua casa de campo. Vemos e vivenciamos o seu amor, a dedicação aos seus mestres, o misticismo, o exílio, a traição e a fé, enquanto o Vale Seco se desmorona, lenta mas inevitavelmente, assim como a vida dos seus habitantes.

Lyrics
It's colder than before
The seasons took all they had come for
Now winter dances here
It seems so fitting, don't you think?
To dress the ground in white and grey

It's so quiet I can hear
My thoughts touching every second
That I spent waiting for you
Circumstances afford me
No second chance to tell you
How much I've missed you

My beloved, do you know
When the warm wind comes again
Another year will start to pass
And please don't ask me why I'm here
Something deeper brought me
Than a need to remember

We were once young and blessed with wings
No heights could keep us from their reach
No sacred place we did not soar
Still greater things burned within us
I don't regret the choices that I've made
I know you feel the same

My beloved, do you know
How many times I stared at clouds
Thinking that I saw you there
These are feelings that do not pass so easily
I can't forget what we claimed was ours

[Refrão] Moments lost, though time remains
I am so proud of what we were
No pain remains, no feeling
Eternity awaits
Grant me wings that I might fly
My restless soul is longing
No pain remains, no feeling
Eternity awaits


[Refão - 3X]

 

There are two basic motivating forces: fear and love. When we are afraid, we pull back from life. When we are in love, we open to all that life has to offer with passion, excitement, and acceptance. We need to learn to love ourselves first, in all our glory and our imperfections. If we cannot love ourselves, we cannot fully open to our ability to love others or our potential to create. Evolution and all hopes for a better world rest in the fearlessness and open-hearted vision of people who embrace life.― John Lennon

sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

Pássaros reagem ao seu canto da mesma forma que humanos reagem à música


A voz humana é um jardim por descobrir. Porosidades sonoras que como o mar, escultor sem mestre e/ou pássaro de instintos eróticos e gregários.

Pássaros reagem ao seu canto da mesma forma que humanos reagem à música.
"O mesmo sistema neuronal de recompensa é activado nas fêmeas em fase de reprodução quando escutam um macho e nas pessoas quando ouvem música de que gostam”, explica Sarah Earp, que dirigiu a investigação como estudante da Universidade de Emory, EUA.[ fonte: Ciência Hoje]

quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

“Habitação Colaborativa” – Uma opção que ganha adeptos em tempo de crise


A “habitação colaborativa”, modelo originário do norte da Europa, chega a Espanha como uma forma de aceder a uma casa sem necessidade de hipotecas ou bancos, constituindo uma alternativa para pessoas que não querem acabar num lar de idosos.

A cohousing  é uma alternativa às soluções de habitação tradicionais que funciona há mais de cem anos nos países escandinavos, na Alemanha, América Latina, Estados Unidos ou Grã-Bretanha. Na Dinamarca, 10% das habitações funcionam segundo este modelo.

Em Espanha, existem diversas associações que promovem esta ideia sob uma cultura de poupança e eficiência, proporcionando o acesso a casas fora do circuito comercial e em que o respetivo uso e gestão se faz de forma cooperativa.

Um destes movimentos é o grupo Cover, que procura cinco famílias para impulsionar casas colaborativas em Maeztu (Álava), a escassos quilómetros de Vitória.

Em julho, a Cover lançará uma plataforma que reunirá interessados que desejem implementar este tipo de projetos em Espanha, por forma a partilhar informações e unir forças.

Entre as vantagens que podem ser encontradas neste tipo de solução de habitação estarão os respetivos custos, que são “significativamente mais reduzidos” que os de uma habitação comum, pois as pessoas compartilham bens e serviços como por exemplo máquinas de lavar, internet, automóvel ou até financiamentos, se os houver.

As casas são propriedade da cooperativa, e os seus membros desfrutam da respetiva utilização vitalícia através do direito que adquirem.

Além disso, a construção é sustentável, como é o caso da aldeia de finais do século XVIII em Maeztu, que acolherá um grupo de famílias dispostas a viver e conviver segundo valores que cultivam a coesão social.

Ritxar Bacete, líder da Cover e do projeto de Maeztu, explicou em entrevista à Efe que pretendem construir nesta aldeia cinco apartamentos com cerca de 45 metros quadrados para cada família, a que acrescem amplos espaços comuns.

Bacete garante que cada vez mais gente se interessa por este tipo de solução de habitação, pois com a crise as pessoas vão-se apercebendo de que “necessitam sentir-se apoiadas pela comunidade, uma vez que o Estado não as protege e o mercado não lhes proporciona oportunidades”, sublinhou.

Em Euskadi existem outras iniciativas parecidas, tal como a protagonizada pela Etxekoop, uma organização que procura um imóvel para levar a cabo este tipo de projeto; em Madrid, a associação Jubilares conseguiu após 12 anos pôr de pé um “cohousing” prestando agora apoio ativo a outras associações também autogeridas.

Em San Sebastián, a associação de pessoas idosas Housekideak também pretende fazer algo semelhante porque os seus membros querem ser eles próprios a decidir com irão viver o seu tempo de reforma, explicou Bacete.

O perfil mais ativo no mercado da procura de habitação colaborativa é o das “pessoas com mais de 50 anos que objetivamente viveram segundo padrões de vida acima da média e que não se revêem no conceito tradicional da residência de idosos”, como sublinhou.

Este conceito é aliás o ideal para fomentar a entreajuda nas diferentes etapas da vida.

Os reformados da comunidade gay constituem o segundo maior grupo na procura da cohousing, pois tendo um dia dado o passo de tornar pública a sua orientação sexual “não querem agora voltar ao armário entrando numa residência tradicional”, disse Bacete, que deu como exemplo um projeto desse tipo em Rivas Vaciamadrid.

Famílias monoparentais reconhecem também nesta forma de vida uma opção para poder conciliar trabalho com dedicação aos seus filhos.

Outra caraterística da cohousing é que as pessoas procuram viver em comunidade, apoiando-se mutuamente, estabelecendo regras de convivência também comuns.

A diferença para uma comunidade hippie é no entanto substancial, pois cada família vive em habitações privadas tendo garantido o seu espaço pessoal.

A cultura dominante da “defesa da privacidade” é ainda um impedimento para o avanço da cohousing, contudo cada vez mais pessoas já perceberam que a condição de proprietário individual se tornou para os próprios uma verdadeira “prisão”, opinou Bacete.

Alimentação e moda/ mito/ beleza- evolução

Apesar de todas as dificuldades típicas e inenarráveis do palco cívico e pouco pragmático que  caracteriza o nosso País, o crescimento da agricultura biológica em Portugal progride cerca de 20% ao ano. A título de exemplo, calcula-se que o mercado dos produtos biológicos na Alemanha valha cerca de 5,9 mil milhões de euros por ano, sendo que a capacidade de produção deste país, apenas cobre metade das suas necessidades de consumo. Assim, a Alemanha é um mercado ao qual os produtores de agricultura biológica devem estar atentos pelo seu enorme potencial como destino de exportação dos produtos biológicos portugueses. 
 Porquê consumir produtos biológicos? 
Valor nutritivo: produtos com melhor qualidade quanto ao teor em vitaminas, hidratos de carbono e proteínas; 
Biodiversidade: a agricultura biológica perpetua a diversidade das sementes e das variedades locais; 
Sabor: o verdadeiro aroma, as cores autênticas e o sabor original. Uma oportunidade para redescobrir o verdadeiro gosto dos alimentos; 
Harmonia: ecossistema mais saudável fruto de um maior equilíbrio entre a agricultura, a floresta e as rotações das culturas; 
Saúde: estudos toxicológicos reconhecem relações existentes entre os pesticidas e certas patologias, como o cancro, alergias e asma; Água pura: a ausência de produtos perigosos nem grandes quantidades de azoto na agricultura biológica, garante a não contaminação de lençóis de água potável; 
Certificação: os produtores agro-biológicos seguem um caderno de normas rigoroso, controlado por organismos de certificação segundo regras internacionais. 

Redesigning Civilization - with Permaculture


A agricultura, a indústria e as finanças modernas extraem mais do que devolvem, e a Terra está começando a mostrar a tensão. Como entramos nessa confusão e o que podemos fazer para ajudar nossa cultura a voltar aos trilhos? A abordagem de design ecológico conhecida como permacultura oferece ferramentas poderosas para o design de maneiras regenerativas e justas de fornecer alimentos, energia, subsistência e outras necessidades, permitindo que os humanos partilhem o planeta com o resto da natureza. Esta apresentação lhe dará uma visão sobre por que nossa cultura se tornou fundamentalmente insustentável e oferece soluções com base ecológica que podem ajudar a criar uma sociedade justa e sustentável. Esta é a continuação da popular palestra de Toby, "Como a Permacultura pode salvar a humanidade e o planeta, mas não a civilização."

COP18 / MOP8 – Doha, Catar (Novembro / Dezembro 2012)



Entre 26 de novembro de 2012 a 8 de dezembro de 2012 foi realizada a Conference of Parties (COP18) da Convenção Quadro das Nações Unidas para Mudanças Climáticas em Doha, no Catar, onde ocorreu simultaneamente a Conference of Meeting of Parties (CMP8) do Protocolo de Quioto. As negociações entre representantes de 193 países tinham como principal objetivo chegar à um acordo conclusivo, com metas para os países do Anexo I deste Protocolo, que orientem as medidas de redução de emissão de GEE (Gases de Efeito Estufa) para o seu segundo período de compromisso, que se inicia em 2013. Também foi acordado que o segundo período será até o ano de 2020. Este Protocolo da ONU segue como o único em vigor até o presente, que define a redução dos GEEs para os países desenvolvidos. Por motivos específicos a cada um dos seguintes países, Canadá, Japão e a Nova Zelândia, optaram por não fazer parte deste novo período, juntando-se aos Estados Unidos, como países que não ratificaram este Protocolo. Sendo assim, Austrália, Reino Unido, Noruega, Suíça, Ucrânia os integrantes da União Europeia, compõem a lista de países que se comprometeram com as metas do acordo.

Com a renovação do Protocolo, também ficou mantida a arrecadação de US$ 10 bilhões por ano para doação a países mais pobres para combate às mudanças climáticas, determinado um fundo que passará a contar com US$ 100 Bilhões a partir de 2020. Discussões mais detalhadas sobre como as ações a serem financiadas por esse fundo e outras decisões, como transferência de tecnologia e como os recursos serão repassados ainda não foram finalizadas. A expectativa é de que nos próximos anos seja discutido um novo acordo, e, que este envolva compromissos de metas de redução de emissão para um número maior de países, para entrar em vigor a partir de 2020 após o novo vencimento deste período do Protocolo de Quioto.

Saiba mais sobre a COP18