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domingo, 30 de novembro de 2008

Levi-Strauss faz 100 anos de vida - o pensador do Estruturalismo

24.11.2008 - 10:18 Por Paulo Miguel Madeira, Público 

Lévi-Strauss é um nome familiar a quem estudou na área das Ciências Sociais, onde as suas obras têm sido referência ao longo de gerações. É de algum modo um intelectual-vedeta global, sobretudo no meio científico, como a França produziu vários no século passado, daqueles que marcaram gerações. Foi o primeiro antropólogo na Academia Francesa, a cujas sessões se deslocava regularmente até há não muitos anos. No entanto, duas quedas obrigaram-no a limitar os movimentos, conta a AFP a propósito da efeméride. Habita num edifício discreto na zona oeste de Paris e não se mostra inquieto com a posteridade nem escreveu memórias. 
A celebridade chegou-lhe cedo e a sua memória não parece comprometida. Entre as homenagens agendadas, há uma jornada especial na sexta-feira no Museu do Quai Branly, em Paris, onde uma centena de personalidades vão ler os seus principais textos. O canal de televisão franco-alemão Arte vai dedicar-lhe uma emissão especial e há cerca de vinte títulos seus nas livrarias. Filho de judeus franceses, nasceu na Bélgica, em 1908, mas mudou-se para França ainda em idade de estudar no liceu. Depois, na Sorbonne, em Paris, estudou Direito e Filosofia, tendo sido professor desta última disciplina no ensino secundário. 
Em 1935 foi para o Brasil. Aceitou um lugar como professor de Sociologia na Universidade de São Paulo, onde começou a sua carreira de etnólogo. Naquela época, havia milhares de índios nos subúrbios da cidade, o que lhe permitiu dedicar os fins-de-semana à sua nova disciplina, conta o investigador José Pereira da Costa, da Universidade Nova de Lisboa, num artigo no PÚBLICO no 50.º aniversário da publicação de Tristes Trópicos. Lévi-Strauss não se ficou pela investigação de proximidade. 
Partiu mais tarde para o Mato Grosso e a Amazónia, onde contactou muitas tribos. Mais tarde também estudaria índios norte-americanos, mas em menor número. 
Em As Estruturas Elementares do Parentesco, sua primeira obra de grande projecção, publicada em 1949, forneceu um novo método de análise que se tornou comum a muitos antropólogos. A tese do livro é que o "parentesco" está no centro da Antropologia - que estuda o homem na sua dimensão social. E aqui o parentesco é entendido como as regras de aliança, de filiação, de residência ou de perpetuação das populações. "A grande questão da Antropologia é a variação entre as diferentes culturas. Porque é que há culturas diferentes?", resume uma das antigas alunas de Lévi-Struss, Anne-Christine Taylor, especialista em culturas indígenas da Amazónia, citada pela AFP. "Ele trouxe um olhar novo a esta questão, partindo do postulado de que há uma ordem por trás das diferentes culturas", acrescenta. 
A sua obra mais marcante, Tristes Trópicos, chegou em 1950. Trata-se de uma autobiografia intelectual que recebeu o Prémio Goncourt e teve êxito também junto de um público muito para além da comunidade científica. E, em 1958, Antropologia Estrutural abre o caminho ao estruturalismo, a nova corrente do pensamento de que foi o principal teorizador, aplicando ao conjunto dos factos humanos de natureza simbólica um método que procura as formas invariáveis existentes em conteúdos diferentes. No ano seguinte era titular da Antropologia Social no Collège de France, de onde se reformou em 1982. Primitivos como nós 
Já em 1962, em O Pensamento Selvagem, vem dizer-nos que este pensamento está em todos nós. "Não se trata tanto do pensamento dos selvagens, mas do pensamento selvagem, uma forma que é apanágio de toda a humanidade e que podemos encontrar em nós, mas normalmente preferimos procurar nas sociedades exóticas", explicava o autor na altura, segundo recorda a AFP. Pereira da Costa lembra que o método estruturalista se tornou uma moda que substituiu o existencialismo de Sartre nos anos 1960 e 70, sendo utilizado nas Ciências Sociais e Humanas em geral. Mas destaca, por palavras próprias, que para Lévi-Strauss cada membro de uma cultura deverá sentir-se grato pelas suas próprias especificidades: "A civilização mundial deverá consistir na coexistência de culturas o mais diversas que se possa imaginar, mas que preservem a sua originalidade. Nenhuma poderá invocar os seus próprios valores para julgar as outras e considerar-se superior a elas." 
Por outro lado, Lévi-Strauss criticou também o aparecimento de uma corrente de pensamento humanista que secundarizou a natureza, tornando-se assim num precursor do movimento ecologista. O autor é centenário, a obra continua actual. O diário francês Libération diz que ele "instalou-se há muito numa espécie de intemporalidade", em que "não se mistura com nada que não tenha escolhido", o que já "é anterior à sua reforma". Numa entrevista em 2005, Lévi-Strauss disse: "Dirigimo-nos para uma espécie de civilização à escala mundial. (...) Estamos num mundo a que já não pertenço. Aquele que conheci, aquele de que gostei, tinha 1.500 milhões de habitantes. O mundo actual tem seis mil milhões de humanos. Já não é o meu."

sábado, 29 de novembro de 2008

Aldo Leopold e a obra-prima Pensar Como Uma Montanha


Reportagem da RTP-Açores durante a apresentação do livro Pensar como uma Montanha de Aldo Leopold, tradução portuguesa do título A Sand County Almanac por José Carlos Marques e editado este ano, na Primavera de 2008.

Entretanto descobri este vídeo, mostrando o Leopold Education Project (LEP).


Mais informações sobre Aldo Leopold

BioTerra-Abril 2004
Aldo Leopold Fundation

sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Recolha e separação do lixo em 1939 (Itália)


Vídeo- Milão 1939 - Recolha diferenciada do lixo através do método porta a porta e posterior selecção e reciclagem.
Salute Ambiente é um canal youtube, que divulga entrevistas e campanhas italianas, mas os temas são globais.E algumas campanhas são interessantes. Podemos sempre aprender.

Umas da formas de combater o lixo é a redução do consumo e combate à publicidade.
Nesta semana e no dia sem compras, 29 de Novembro, consuma com ecoconsciência.

Mais informações da Semana e Dia Sem Compras, nesta postagem.



quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Animações em Biologia Celular e Molecular

Descobri um sítio magnífico e muito educativo. Chama-se Cell Biology Animation, do biólogo e criativo John Kirk . As animações- cientificamente correctas e esteticamente apelativas (como é o caso)- quando exibidas nas salas de aula ou fóruns, são instrumentos pedagógicos extremamente eficazes. A partilhar, na versão Portuguesa. (melhorada na versão original, em inglês). Outras fontes inesgotáveis de linques e informações sobre Biologia Molecular, Celular e Microbiologia para educadores, biólogos, alunos e público são: 1.Universidade de Harvard, 2.Virtual Library of Cell Biology 3.Microbes, portal gigantesco 4. Biology Project, algumas páginas traduzidas em Português e Espanhol

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

bEcon: literatura económica acerca dos impactos das produções OGM nos países sub-desenvolvidos

Clique na imagem para ampliar [Fonte: Alter Campagne]


O International Food Policy Research Institute (IFPRI) elaborou uma base de dados bibliográfica, disponível em linha, sobre Economia relacionada com o impacto da culturas OGM nas economias dos países em desenvolvimento. Todos os 190 artigos foram organizados em quatro grandes temas que abordam as diferentes áreas de impacto: vantagens para os agricultores, as preferências dos consumidores e a disponibilidade para pagar, tamanho e distribuição de benefícios e vantagens do comércio internacional. A literatura é pesquisável pelo autor, ano e palavra-chave. Se lhe tiver sido concedida autorização por parte dos editores, as referências incluem resumos ou linques de texto integral. Quando disponíveis, é prestado um linque permanente para cada artigo do sítio , assim como linques para textos completos.
Como esta literatura é mantida numa base regular e é alimentada por contribuições externas, irá proporcionar uma valiosa ferramenta actualizada para investigadores na área e sociedade, particularmente nos países em desenvolvimento.
bEcon é actualizado a cada três meses, e produz ainda um CD-ROM numa base anual, para aqueles que têm pouco ou nenhum acesso à Internete.
Para saber mais consulte:bEcon




terça-feira, 25 de novembro de 2008

Há 30 anos, quando Jack Nicholson conduzia um carro a hidrogénio


Regresso ao Futuro em 1978?
Contudo e e graças aos esclarecimentos de Ricardo Coelho os carros movidos a hidrogénio não são tão alternativos e amigos do ambiente. Preocupa-o, mesmo, o aquecimento global? Ainda assim é preferível pensar em cidades e sociedades menos dependentes do automóvel.

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

O papel vital da criosfera, a glaciologia e as alterações climáticas


Em tempo de balanço do Ano Internacional Polar, que termina em 2009, refiro aqui mais alguns documentos, vídeos e páginas muito pertinentes.

1. O papel do Árctico: documentário multilingue na Supreme Master TV.Com entrevistas a dois investigadores Ted Scambos (no vídeo em cima, que considero uma das imagens do ano) e Mark Serreze (reportagem em Setembro 2008- vídeo no fim da postagem).

2. Glaciologia do Antárctico
2.1.Expedição, fotos e linques sobre as megadunas na e-página National Snow and Ice Data Center (NSIDC)
2.2.Gigante base de informações na e-página Antarctic Glaciological Data Center (AGDC)
2.3. Numa expedição em Fevereiro de 2006, designada IceTrek, uma equipa internacional de investigadores, incluindo Ted Scambos, procurou saber em que medida as alterações climáticas aceleram a fragmentação de grandes blocos de gelo
2.4.VELMAP trata-se da compilação das medições da velocidade do gelo e variações
2.5.THERMAP é uma base de dados das medições da temperatura da camada de gelo do Antárctico e variações

3. Sítios com enorme informação sobre a criosfera

NSIDC
Science Poles

Página de Mark Serreze
Página de Ted Scambos



Glaciologia e alterações climáticas em:

Cooperative Institute for Research in Environmental Sciences (CIRES)



domingo, 23 de novembro de 2008

Jornalismo e Ambiente


Já é um pouco antigo, mas merece o registo no Bioterra como um contra-exemplo de Educação Ambiental. Explico.
Os filhos de profissionais do ambiente dizem ao EXPRESSO o que pensam sobre a preservação do planeta.

Eis como uma ideia interessante se transforma numa péssima prestação jornalística e tão insensível à Educação Ambiental e respeito pelos depoimentos das crianças. Música irritante, realização algo desastrosa e os apartes perfeitamente desnecessários e inconvenientes.

Por que há uma guerra no Iémen e qual é o papel das potências internacionais

O Iémen, um dos mais pobres entre os países árabes, está há três anos numa violenta guerra civil.

Os combates deixaram o país à beira de uma crise de fome devastadora, que, segundo as Nações Unidas, pode estar afetando até 14 milhões de pessoas.

ONGs como a Save The Children acreditam que cerca de 85 mil crianças menores de cinco anos morreram nestes três anos de guerra por desnutrição.

A seguir, explicamos as causas desse conflito e quem são as partes envolvidas.

1. Como começou a guerra?
O conflito tem suas raízes na Primavera Árabe, de 2011, quando uma revolta popular forçou o presidente, Ali Abdullah Saleh, a deixar o poder nas mãos do vice, Abdrabbuh Mansour Hadi.
Supunha-se que a transição política levaria à estabilidade, mas o presidente Hadi enfrentou diferentes problemas, entre eles, ataques da Al-Qaeda e de um movimento separatista no sul, corrupção, insegurança alimentar e o fato de que muitos militares seguiam sendo leais a Saleh.
O movimento huti, que defende a minoria xiita zaidi do Iémen e lutou em várias rebeliões contra Saleh na década passada, se aproveitou da debilidade do novo presidente para tomar controle da Província de Saada e de zonas próximas.
Desiludidos, muitos iemenitas, mesmo sunitas, apoiaram os hutis, e, ao final de 2014, os rebeldes tomaram Saná, a capital, forçando Hadi a se exilar.

2. Quem está se enfrentando no conflito?
O conflito escalou dramaticamente em março de 2015, quando a Arábia Saudita e outros oito países árabes, principalmente sunitas e apoiados pelos Estados Unidos, Reino Unido e França, fizeram ataques aéreos contra os hutis com o objetivo declarado de restaurar o governo de Hadi.
A coligação temia que o sucesso dos hutis daria ao Irã, rival regional e país majoritariamente xiita, um ponto de apoio no Iémen, vizinho da Arábia Saudita.
A Arábia Saudita disse que o Irão está apoiando os hutis com armas e suporte logístico, o que o Irã nega.
Os dois lados vêm sofrendo com as lutas internas. Os hutis romperam com Saleh e combatentes seus o mataram em dezembro de 2017.

3. O que aconteceu desde então?
Em 2015, as tropas da coligação conseguiram se estabelecer na cidade de Áden e expulsaram os hutis e seus aliados de grande parte do sul do país.
Ainda que o governo de Hadi tenha se estabelecido temporariamente em Áden, o presidente continua no exílio.
Os hutis, no entanto, não foram expulsos de Saná e conseguiram se manter na cidade de Taiz, de onde disparam mísseis e artilharia em direção à Arábia Saudita.
Militantes deles e da Al-Qaeda na Península Arábica e seus rivais, grupos ligados ao Estado Islâmico, se aproveitaram do caos e tomaram territórios no sul do país, onde fizeram ataques letais, especialmente em Áden.
O lançamento de um míssil balístico em Riad, capital da Arábia Saudita, em novembro de 2017, fez a coalizão saudita reforçar seu bloqueio contra o Iémen.
A coligação  afirmou que o objetivo era impedir o contrabando de armas do Irão para os rebeldes, o que Teerão nega.
Mas a ONU afirma que as restrições poderiam provocar "a maior crise de fome que o mundo viu nas últimas décadas".
Todos os esforços organizados pela ONU para negociar um acordo de paz fracassaram.

4. Qual tem sido o custo humano?
A situação no Iémen é, segundo as Nações Unidas, um desastre humanitário.
Mais de 6.800 civis morreram e ao menos 10.700 ficaram feridos desde março de 2015, diz a ONU.
A guerra dura há mais de três anos e nela já morreram 6.800 pessoas.
Mais da metade dos mortos e feridos foram vítimas de ataques aéreos da coligação saudita.
Segundo o Conselho de Direitos Humanos da ONU, os civis têm sido vítimas de "implacáveis violações da lei humanitária internacional".
No ano passado, um surto de cólera afetou um milhão de pessoas, das quais 2 mil morreram - muitas delas, crianças.
Foi a maior e mais rápida epidemia já registrada, e ela se espalhou tão velozmente por causa da destruição dos sistemas de encanamento e saneamento.
Cerca de 75% da população (22,2 milhões de pessoas) precisam de assistência humanitária urgente, incluindo 11,3 milhões em situação grave que requerem ajuda imediata para sobreviver.
A piora da situação é tal que, segundo a ONU, há 14 milhões de pessoas que sofrem de insegurança alimentar, 8,5 milhões das quais se levantam sem saber se terão algo para comer ao longo do dia.
E a desnutrição aguda ameaça a vida de aproximadamente 400 mil crianças de menos de cinco anos.
Só metade das 3.500 instalações sanitárias do país funcionam completamente, o que significa que 16,4 milhões de pessoas carecem de assistência médica básica.
A guerra também forçou mais de três milhões de pessoas a fugirem de seus lares. Dois milhões seguem deslocados.

5. O que isso tem a ver com o resto do mundo?
Apesar da gravidade, o conflito no Iémen tem sido descrito como "guerra esquecida" pela escassa atenção que tem recebido do resto do mundo.
O que acontece ali pode exacerbar as tensões na região. Os países ocidentais temem que haja mais ataques, à medida que a situação for ficando mais instável.
As agências de inteligência ocidentais consideram que a Al-Qaeda na Península Arábica é o braço mais perigoso do grupo por seu conhecimento técnico e alcance mundial. Além disso, há preocupação pelo surgimento de grupos associados ao Estado Islâmico no Iémen.
Estrategicamente, o país é importante por sua localização no estreito de Bab al-Mandab, que liga o Mar Vermelho ao Golfo de Áden, pelo qual passa grande parte dos navios petroleiros do mundo.

sábado, 22 de novembro de 2008

Biomonitorização e Bioindicação

Líquene Lobaria amplissima
Escrito por Rui Figueira, 24/10/05, Portal Biomonitor 

O conceito de biomonitorização teve alguma evolução a partir do seu sentido inicial como um método de monitorização das alterações ambientais, através da quantificação de parâmetros nos organismos vivos relacionados com essas alterações. O termo biomonitorização foi algumas vezes substituído por bioacumulação, em particular nos estudos em que se quantificou a acumulação de elementos pelos organismos. 

Por outro lado, é frequente designar por bioindicação o conjunto de estudos em que a qualidade do ar é avaliada através da diversidade das espécies, segundo a sua diferente sensibilidade a condições ambientais particulares. Nestas circunstâncias, a bioindicação é, em geral, referida a estudos qualitativos, enquanto a biomonitorização se revestiria de carácter essencialmente quantitativo. No entanto, a diferença entre ambos os termos é bastante ténue, uma vez que os estudos de biodiversidade se baseiam cada vez mais em métodos semi-quantitativos, que permitem estabelecer índices de qualidade do ar em escalas ordenadas que reflectem bem os níveis de contaminação ambiental. Acresce ainda que os estudos de bioindicação poderão derivar, naturalmente, em trabalhos onde são quantificados os parâmetros ecológicos ou fisiológicos que mais afectam as variações na biodiversidade. 

Conforme foi detalhadamente descrito por Wittig (1993), a diferença entre a bioindicação e biomonitorização é subtil, podendo ser utilizados como termos sinónimos. As definições sugeridas por esse autor referem que bioindicação consiste no uso de organismos para obter informação sobre a qualidade do ambiente terrestre ou aquático num determinado instante. Os organismos utilizados para este fim são denominados bioindicadores. 

A biomonitorização, por seu lado, consiste na observação contínua, no espaço ou no tempo, dos bioindicadores (que neste caso podem ser designados por biomonitores), permitindo a avaliação semi-quantitativa dos resultados. Tem-se, assim, que a bioindicação produz um retrato instantâneo de uma determinada situação ambiental, enquanto que a biomonitorização permite a avaliação continuada de variações ou tendências na situação ambiental a partir de vários estudos de bioindicação desenvolvidos no espaço e/ou no tempo. A diferença entre bioindicação e biomonitorização é, assim, análoga à existente entre uma fotografia e um filme.

Referências Wittig, R., 1993. General aspects of biomonitoring heavy metals by plants In: Markert, B. (Ed.), Plants as Biomonitors. Indicators for Heavy Metals in the Terrestrial Environment, VCH, Wheinheim, pp. 3-27. 
  A visitar 

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Companhia Macional de Bailado convida KAMU SUNA Ballet Company- "Amar a Terra"


AMAR A TERRA

KAMU SUNA BALLET COMPANY
Lisboa, Teatro Camões
21 e 22 de Novembro de 2008
21:00
Projecto artístico e cultural que invoca o respeito pelo meio ambiente, tendo sido inspirado nas necessidades urgentes do planeta, que desejamos manter “ vivo”.

A Kamu Suna convidou personalidades e artistas, como a banda Klehpt, os diversos músicos e a apresentadora Isabel Angelino, que, sem reservas, cederam o seu tempo e talento à Companhia, para celebrar esta noite dedicada ao Planeta Terra

Espectáculo enriquecido com imagens digitais, para a criação de uma atmosfera onírica, poética, científica e mística, que esta performance deseja proporcionar.

Amar a Terra oferece, visões e emoções conjugadas de dança e música ao vivo (ópera e rock), que se fundem nos corpos dos intérpretes em busca de dimensões pedagógicas, culturais e espirituais, pretendendo sensibilizar as pessoas a recuperar a harmonia com a natureza e o meio ambiente.

As performances vão além da pura e formal estrutura de espectáculo de dança, reunindo neste espectáculo sete bailarinos, que se juntam em alma ao Contratenor Manuel Brás da Costa e aos músicos, para dar corpo a esta noite de bailado.

Identificar, reflectir sobre – as condutas, as aspirações e os imaginários que movem os indivíduos e as sociedades nos dias de hoje induzindo a uma mudança consciente e positiva do pensamento humano em relação ao futuro do nosso amado planeta.




FICHA TÉCNICA

Concepção e Coreografia César Augusto Moniz · Música e arranjos César Augusto Moniz, Klepht · Figurinos César Augusto Moniz · Desenho de luz João Carlos Andrade, Nicolau Nunes · Cenário/Vídeo Marco Arantes ·

Bailarinos Ana Néné (estagiária), Ana Sofia Leite, Catarina Barba (estagiária), Cátia Brazão, Carina Monteiro (estagiária), Guzman Rosado, João Cabaça, Teresa Alves da Silva

Contratenor Manuel Brás da Costa · Percussão Elisabeth Davies · Piano Ilda Ortin · ViolinoInês Barata · Violoncelo Eduardo Sbaci
Klepht Diogo (voz guitarra e piano), Filipe (baixo), Marco (guitarra), Francisco (guitarra),Mário (bateria)

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Sustainable Communities Bill - exemplo da Grã-Bretanha



A Grã-Bretanha tem sido desde há muito uma nação de comerciantes. Mas as suas aldeias, vilas e cidades estão em risco de se tornar cidades fantasma. Serviços locais - lojas -esquina, bancos, correios e cafés - estão a desaparecer rapidamente. Entre 1995 e 2000, perderam um acumulado 30.000 serviços de economia local - e essa tendência parece destinada a continuar.

Para experimentar e trabalhar contra a emergência da cidade fantasma na Grã-Bretanha, a New Economics Foundation (NEF) catalisou a criação da campanha Local Works - a campanha para a aprovação da Lei das Comunidades Sustentáveis . O Projecto de Lei, aprovado e transformado em Lei em 2oo7, tem como objectivo dar o poder às comunidades locais para determinar a sua própria agenda para o ambiente, política, sociedade e sustentabilidade económica.
Agora apelidado de
Sustainable Communities Act, ele vai dar às autoridades locais a liberdade de pôr em prática estratégias radicais de sustentabilidade e o governo central terá a obrigação de as prever, se é isso que querem as comunidades locais.


Para saber mais
Campanha Sustainable Communities
One Hundred Months
Green New Deal Group (conhece aqui o primeiro relatório-pdf)
Climate Space


quarta-feira, 19 de novembro de 2008

David Krieger fala sobre o World Future Council


David Krieger é um dos fundadores da Nuclear Age Peace Foundation e atua como Presidente da Fundação desde 1982. Sob sua liderança, a Fundação iniciou muitos projetos inovadores para construir a paz, fortalecer o direito internacional e abolir as armas nucleares. Ele deu palestras nos EUA, Europa e Ásia sobre questões de paz, segurança, direito internacional e a abolição das armas nucleares. Ele é o autor ou editor de 15 livros e centenas de artigos sobre a paz na Era Nuclear. Dr. Krieger é Presidente da  Network of Engineers and Scientists for Global Responsibility  e membro do Comitê Diretor Internacional da Middle Powers Initiative . Ele atua no Conselho Consultivo da Free the Children International, Bianca Jagger Human Rights Foundation e Right Livelihood Foundation, entre muitos outros. Ele recebeu o prémio "Global Green's Millennium" por International Environmental Leadership  e o prémio "Peace Writing" da Peace and Justice Studies Association e do OMNI Center for Peace, Justice and Ecology.

Saber mais

António José Avelãs Nunes- um pensador a conhecer


"As Voltas que o Mundo Dá..." de António José Avelãs Nunes é um Livro PROIBIDO por entre as igrejas obscurantistas ultraliberais, dá-nos uma imagem impressionante da história económico-politica e do nascimento do estado social, por contraposição ao estado puramente liberal. Extremamente incómodo para os sacerdotes extremistas Hiperliberais porque explica a história, datando de há 250 anos o nascimento da sua bíblia actual. É o desvendar do segredo que esta gente nos esconde. Quem quer saber, não o perde. Quem andar perdido, benza-se (como é que um padre neoliberal se benze?) antes de o ler!
[fonte do texto descritivo do blogueiro Deuses Intestinos

Entretanto fica aqui uma ideia do seu pensamento nesta comunicação “A globalização neoliberal não é uma fatalidade nem é o fim da história”, enviada para o Seminário Internacional A Crise Mundial e Construção de uma Nova Civilização Planetária, organizado pela Rede UNESCO/Universidade das Nações Unidas sobre Economia Global e Desenvolvimento Sustentável (REGGEN) e que decorreu em Caracas (26 de Novembro a 1 de Dezembro de 2007).

terça-feira, 18 de novembro de 2008

Sustaining Life: How Human Health Depends on Biodiversity

Excerpt from Sustaining Life: How Human Health Depends on Biodiversity, by Nobel Laureate Eric Chivian with Aaron Bernstein (Oxford University Press, 2008). Reprinted with permission from the authors.

Chapter 2: How is Biodiversity Threatened by Human Activity?

Although species have gone extinct since life began, what distinguishes present-day extinctions from those that have occurred in the past is a distinctive human fingerprint. This chapter considers how human activity has resulted in environmental changes that are known to threaten species. Although each of these changes is discussed as if it were acting in isolation, the reality is that threatened species most often come under pressure from several environmental assaults at once. In some cases, these changes may even work synergistically, such that their combined impact is greater than the sum of their individual effects. They can also act in such a way that one insult sets the stage for another, as may have occurred with the demise of some species of harlequin frogs in Costa Rica, where climatic changes are thought to have predisposed them to chytrid fungal infections[1] (see chapter 6, page 212).
Such a one-two punch, or one involving several human-caused factors acting together, may threaten many species on Earth. For example, research performed in northwestern Ontario lakes has shown that climate change and acid rain may act together to make water clearer and thus more easily penetrated by harmful ultraviolet (UV) radiation. Dissolved organic carbon, which consists of a variety of natural compounds that come from soils and plants, serves as an important UV radiation shield for aquatic life. More than twenty years of observation by David Schindler and his colleagues at the University of Alberta has demonstrated that the total amount of dissolved carbon in the lakes is lowered both by droughts associated with climate change (which result in a reduction of organic carbon flowing into the lakes from the surrounding land) and by acidification of the water by acid rain.[2],[3] As a result, some aquatic species, such as those whose young develop in shallow waters where dissolved organic carbon is most reduced, are put at risk from exposure to increased UV radiation, already at higher levels from stratospheric ozone depletion. UV radiation has also been shown to damage aquatic food webs, decreasing photosynthesis and growth in some aquatic algae[4], and harming some aquatic invertebrates.[5]
It may be difficult for some to read this chapter without having a sense of anger or despair, born out of recognizing how we humans are driving to extinction the very organisms that allow us to thrive on this planet. But before we can act effectively as individuals and as groups to reverse this self-destructive trend, guidelines for which are provided in chapter 10, we must first understand, as fully as we are able, the ways we threaten the survival of other species. That is the goal of this chapter, which, to our knowledge, is one of the most comprehensive reviews available on this subject. We start with habitat loss, which is currently the most serious threat to biodiversity.

Habitat Loss: On Land
Humans have already altered to varying degrees nearly half of Earth’s land surface, and in the next thirty years, this number will likely rise to about 70 percent.[6] Given that the IUCN currently lists habitat loss as a contributor to the endangerment of nearly 50 percent of all threatened species, it is clear that habitat loss will remain a leading driver of species endangerment and extinction in coming decades. Some of the major factors resulting in habitat loss are considered below.

Deforestation
Forests range from hot, dripping rainforests to dry woodlands that merge into savannahs, from conifer forests in temperate regions to those that grade into tundras. They also include temperate deciduous forests (deciduous trees are those that lose their foliage, e.g., maples, oaks, and birches, for some part of the year). What qualifies as deforestation is equally diverse, ranging from absolute clear-cutting to selective logging to sustainable harvesting, and to the deforestation that accompanies damage by fires. Estimates of annual global deforestation tend to converge for tropical humid forests around the figure of 120,000 square kilometers (km2), or about 46,300 square miles. Only about half the original 14 to 18 million km2 (5.4 to 7 million square miles) of tropical humid forests remain, with much of the clearing having been done in the last fifty years. For tropical dry forests, annual rates of deforestation are around 40,000 km2 (around 15,400 square miles), or about 1 percent of what remains today.[7] These estimates are for forests that have been cleared. Estimates of tropical forests burned, selectively logged, or harmed by being near new forest edges are even larger than those for clear-cut areas. Some of these areas grow back, but most are left as almost useless land, capable of supporting only a fraction of their original diversity.
In other regions, such as in Asian Russia, up to 5,000 km2 of forests are cut each year, most of which is clear-cutting. Although these logged areas are generally replanted or left to reforest naturally, such practices have led to widespread forest degradation in the region. Temperate forests are recovering in some places, such as the eastern United States, and some are encouraged by the appearance of tree plantations around the world. Globally, some 2 million km2 (about 770,000 square miles) of these plantations have been planted, most of which are made up of pine or Eucalyptus trees. While these plantations have the outward appearance of forests, they cannot be considered natural forest ecosystems any more than single-crop farm fields can be considered natural substitutes for the ecosystems that they have replaced, such as the prairies in the U.S. Great Plains or the pampas of Argentina. Both planted systems have markedly reduced levels of biodiversity compared to their natural forbears. The growing trend toward large tree plantations instead of sustainably managed natural forests, as has been occurring in such countries as Finland, where a great proportion of forests are now even-aged stands of Scots Pine and Norway Spruce, will endanger large numbers of forest species.[8]
Population growth and migration into forested areas, government subsidies paid for forest clearance, corruption, improved harvesting technology, and, in some areas, human indifference to their destruction drive the overharvesting of tropical forests.
Most clearing of tropical rainforests (perhaps as much as 70 percent according to United Nations figures from the 1990s) occurs to make way for agriculture, including livestock grazing. While the newly established farms can provide habitat to support some species that had once lived in the rainforests, most cannot survive in their new homes. In addition, because many rainforest organisms can live only in limited areas of the forest that meet their peculiar needs for temperature, water, and food, and nowhere else (see discussion below on endemic species), when those areas are cut or burned down, those organisms are lost. Indeed, according to the IUCN’s 2006 Red List, forest clearing for crops and livestock is a threat to more than 20 percent of terrestrial species.

Other Threats to Species on Land
Cities may impinge upon and pollute habitats, making them less suitable for their flora and fauna. Presently home to about half the world’s population, cities are growing by 2 percent each year, so that urban populations, according to the U.N. population division, will grow to 60 percent of the world’s total by the year 2030, with even greater proportions in the developing world.[9] Also, the building of dams, irrigation projects, and other water development activities can disrupt the integrity of habitat and threaten species. While each of these activities brings great benefits to humanity, they all come with significant costs to species and ecosystems (see chapter 3 for a more detailed discussion of threats to ecosystem services).
Discerning the role of habitat loss among other drivers of species extinctions, such as introduced species and hunting, can sometimes be difficult. For example, some bird species such as the Passenger Pigeon (Ectopistes migratorius), the Carolina Parakeet (Conuropsis carolinensis), and Bachman’s Warbler (Vermivora bachmanii) became extinct in the forests of eastern North America following massive deforestation in the nineteenth century. But for the Passenger Pigeon, it was overhunting that ultimately led to its demise, with forest losses contributing both directly and indirectly, by serving to concentrate the birds into smaller and smaller areas, thereby making them more vulnerable to hunters. (See section on overexploitation on page 42 for further discussion of the Passenger Pigeon.)[10]
Other parts of the world, notably Europe, have not become centers for species extinctions despite extensive land transformations. Habitat destruction undeniably causes different numbers of extinctions in different places. Why should this be so?

Endemic Species and “Hotspots”
Another way to ask this question is: What are the features common to centers of human-caused extinctions? Each of the areas in the three case studies of extinction presented in chapter 1—Hawai’i, the Cape Floristic region, and Australia—and several others not mentioned, holds a high proportion of species found nowhere else. Scientists call such species endemics. Remote islands are rich in endemics. For example, endemics constitute 90 percent of Hawaiian plants and 100 percent of Hawaiian land birds. But continental areas can also be rich in endemics. About 70 percent of the plants in the Cape Floristic region, 74 percent of Australian mammals, more than 90 percent of North American fish, and the great majority of North American freshwater mollusks are endemic to those regions. In contrast, only about 1 percent of Britain’s birds and plants are endemics, and all of eastern North America in recent times has had only about thirty-five endemic birds (including the three mentioned above that are now extinct).
Past extinctions are so concentrated in small, endemic-rich areas that an analysis of global extinction is effectively a study of extinctions in only a few extinction centers. Why is this the case? Consider some simple models of extinction. The simplest one supposes only that some species groups are more vulnerable than others. This model does a poor job of predicting global patterns for the following reasons. First, the model predicts that the more species that are present, the more there will be to lose. Yet the number of species an area contains is not a good predictor of the number of extinctions. Relative to continents, islands have few species, yet they can suffer many extinctions. Second, if island birds were intrinsically vulnerable to extinction, then Hawai’i and Britain, with roughly the same number of breeding land birds and both with widespread habitat modification, would have suffered equally. Hawai’i had more than 100 extinctions; Britain, only three.[11]
All the Hawaiian species were found only on the islands; none of the British species was. This suggests another model of extinction, the so-called “cookie-cutter” model, where something destroys, or “cuts out,” a randomly selected area. Species that were in this cut-out area but that were also found elsewhere survive, for they can recolonize. Only some of the endemics go extinct, the proportion depending on the extent of the destruction. In this model, where habitat destruction “cuts out” areas, the number of extinctions correlates weakly with the area’s total number of species but strongly with the number of its endemics. And this seems to be the case. Small endemic-rich areas, called centers of endemism, contribute disproportionately to the total number of extinctions, with endemic species that have small, geographically concentrated ranges being the most at risk. The localization of endemics, then, is the key variable in understanding global patterns of recent—and future—extinctions.
Hotspots are centers of endemism that have unusually high levels of habitat destruction. Currently hotspots make up only about 1.4 percent of Earth’s total land surface (their original area had been almost ten times greater than it is now), yet they contain more than a third of all known mammals, birds, reptiles, and amphibians. Only slightly more than a third of hotspot habitat is presently protected in any way. Sixteen of the twenty-five areas are forests, with most of these being tropical forests. Even for the three that are relatively undisturbed—in the Amazon, the Congo, and New Guinea—only about half the original tropical forest remains. As a consequence of high levels of habitat loss, these twenty-five hotspots are where the majority of threatened and recently extinct species are to be found.[7]

Habitat Loss: In the Oceans
Athough scientists are uncertain about the extent of marine biodiversity, they have no doubts about the growing impact that humanity is having on the oceans. More than 50 percent of the world’s population lives within 100 miles (60 kilometers) of the coast, and the figure could rise to 75 percent by the year 2020.[12] It is hardly surprising, then, that coastal waters are becoming increasingly polluted and are suffering large-scale losses of wetland habitat. Moreover, some 95 percent of marine fish catches come from continental shelf regions, and these fisheries end up consuming a quarter to a third of all the primary production in these areas. (Primary production, the total amount of organic compounds produced by photosynthetic organisms harvesting energy from the Sun, constitutes the base of the food web, with herbivores consuming these organisms, called primary producers or autotrophs, and being consumed, in turn, by carnivores.)[13] It is in these same coastal waters that the majority of known marine biodiversity resides.[14]
As on land, the peak of marine biodiversity lies in the tropics, particularly in coral reefs. Coral reefs are home to almost 100,000 marine species (although, as stated in chapter 1, the total of coral reef species may be more than nine times that number), including an estimated 4,000 to 5,000 species of fish, which comprise almost 40 percent of the world’s known marine fishes.[15] Though their combined area is just 0.2 percent of the ocean surface, coral reefs fringe approximately one-sixth of the world’s shorelines.[16]
The global center of marine biodiversity lies in the Southeast Asian archipelago, encompassing the Philippine and Indonesian islands. This region, sometimes referred to as the Coral Triangle, supports the greatest concentrations of known marine species found anywhere on the planet, both in the coral reefs and in the vast expanses of its mangroves and seagrass beds. In the Atlantic Ocean, the Caribbean holds the greatest biodiversity. As on land, those reef areas that are the most threatened, including those in Southeast Asia and the Caribbean, are the same ones that hold the greatest number of endemic species. And, as on land, these marine hotspots are the most in danger.[15]
An estimated 20 percent of the planet’s reefs have already been destroyed by human activities, and an additional 50 percent are threatened and at risk of collapse.[17] Threats to reefs come from overfishing and damaging fishing practices, such as by using cyanide or dynamite; coastal development and pollution by sewage, agricultural runoff, and toxic substances; land erosion and silting; direct physical damage; the harvesting of coral for limestone, jewelry production, and for other industries; and the acidification of seawater by higher atmospheric carbon dioxide dissolving in water (impeding formation of the coral skeleton). But, most of all, reefs are threatened by warming sea surface temperatures from global warming that can cause coral bleaching and lead to various lethal infectious diseases (see section on cone snails in chapter 6, page 257). It is believed that such widespread impacts on coral reefs will translate into large numbers of extinctions, especially for coral reef species that have limited ranges.

Marine Habitat Loss from Fishing
In addition to coral reefs, several other marine ecosystems have been imperiled by human activity. Overfishing is widely regarded as the single greatest threat to marine biodiversity (this topic is also covered in the section on overexploitation below). Some fishing practices are particularly destructive. Bottom trawling, for example, in which weighted nets are dragged across the sea floor, destroys critical ocean floor habitat for developing organisms, undermining the marine food web. Dragging heavy trawling gear across the seabed has been likened to the clear-cutting of forests on land, but the scale of destruction in the case of bottom trawling is significantly greater. Trawls are estimated to scour nearly 1.5 billion hectares (~5,800,000 square miles) of continental shelf habitat each year, an area roughly one-tenth the size of the entire land surface of Earth, and 1,000 times the area of forests that are lost each year.[18] Much of that area has been hit by trawls before, sometimes many times, resulting in less diverse and less structurally complex habitats than those that existed before the onset of trawling. Trawling has had such a negative impact on shallow-water seafood stocks that in recent years trawlers have had to move to the deep oceans. Some 40 percent of trawling now occurs at depths beyond the continental shelves. Today’s trawlers can penetrate to depths as great as 2 kilometers (1.24 miles), and their deep-water catch can be found in supermarkets worldwide.[19] In a story that parallels what occurred in shallow waters, the trawlers that first fished these deep and virgin grounds brought up as much coral as fish. Yet, after only a few years, trawling these same areas yielded relatively little coral bycatch because the seafloor habitats had already been stripped bare.
Deep-water trawling has especially devastating eff ects on slow-growing marine organisms and their habitats, in particular, those found in deep-sea or “cold-water” coral reefs. These reefs, essentially unknown and unexplored until the 1990s, are found off the coast of all the world’s continents, in waters as deep as 1,000 meters (3280 feet). Nowhere is the analogy of clear-cutting forests more appropriate than it is for the tops of deep-water seamounts and steep continental slopes where deep-sea corals can be found. Dense and diverse communities of invertebrates that have taken thousands of years to develop are being cleared to bare rock in these habitats in the space of only a few years. Some of the largest sea fans brought up in trawls are hundreds to thousands of years old.[19] Not only are these deep and unseen habitats being destroyed, but along with them, there are almost certainly widespread extinctions, with many species highly vulnerable to habitat loss likely to be disappearing far more quickly than we can identify them.[20]
It has often been assumed that marine species are resilient to extinction, because they are believed to produce abundant off spring that disperse widely over large geographic ranges. But this is not so. Many marine species produce relatively few young and have limited dispersal, and a significant fraction have highly restricted geographic ranges.

Notes
[1] Pounds, J.A., et al., Widespread amphibian extinctions from epidemic disease driven by global warming. Nature, 2006;439(7073):161–167.
[2] Schindler, D.W., et al., Consequences of climate warming and lake acidification for UV-B penetration in North American boreal lakes. Nature, 1996;379(6567):705–708.
[3] Schindler, D.W., The cumulative effects of climate warming and other human stresses on Canadian freshwaters in the new millennium. Canadian Journal of Fisheries and Aquatic Sciences, 2001;58(1):18–29.
[4] Kohler, J., et al., Effects of UV on carbon assimilation of phytoplankton in a mixed water column. Aquatic Sciences, 2001;63(3):294–309.
[5] Tank, S.E., D.W. Schindler, and M.T. Arts, Direct and indirect effects of UV radiation on benthic communities: Epilithic food quality and invertebrate growth in four montane lakes. Oikos, 2003;103(3):651–667.
[6] U.N. Environment Programme, Global Environmental Outlook—3. Earthscan, London, 2002.
[7] Pimm, S.L., The World According to Pimm: A Scientist Audits the Earth. McGraw Hill, New York, 2001.
[8] Heinrich, B., The Trees in My Forest. HarperCollins, New York, 1997.
[9] UN Population Division, World Population Prospects: The 2005 Revision. United Nations, New York, 2005.
[10] Pimm, S.L., et al., The future of biodiversity. Science, 1995;269(5222):347–350.
[11] Pimm, S.L., and P. Raven, Biodiversity—extinction by numbers. Nature, 2000;403(6772):843–845.
[12] Small, C., and R.J. Nicholls, A global analysis of human settlement in coastal zones. Journal of Coastal Research, 2003;19(3):584–599.
[13] Pauly, D., and V. Christensen, Primary production required to sustain global fisheries. Nature, 1995;374(6519):255–257.
[14] Ray, G., et al., Effects of global warming on the biodiversity of coastal-marine zones, in Global Warming and Biological Diversity, R. Peters and T. Lovejoy (editors). Yale University, New Haven, CT, 1992, 91–104.
[15] Roberts, C.M., et al., Marine biodiversity hotspots and conservation priorities for tropical reefs. Science, 2002;295(5558):1280–1284.
[16] Birkeland, C., Life and Death of Coral Reefs. Springer, New York, 1997, 536.
[17] Wilkinson, C. (editor), Status of Coral Reefs of the World: 2004, Vol. 1. Australian Institute of Marine Science, Townsville, Queensland, Australia, 2004.
[18] Watling, L., and E.A. Norse, Disturbance of the seabed by mobile fishing gear: A comparison to forest clearcutting. Conservation Biology, 1998;12(6):1180–1197.
[19] Roberts, C.M., Deep impact: The rising toll of fishing in the deep sea. Trends in Ecology and Evolution, 2002;17(5):242–245.
[20] Roberts, J.M., A.J. Wheeler, and A. Freiwald, Reefs of the deep: The biology and geology of cold-water coral ecosystems. Science, 2006;312(5773):543–547.
Excerpted from Sustaining Life by Nobel Laureate Eric Chivian with Aaron Bernstein. Copyright © Oxford University Press, 2008. All rights reserved.

Eric Chivian, MD, is the founder and Director of the Center for Health and the Global Environment at Harvard Medical School. In 1980, he co-founded, with three other Harvard faculty members, International Physicians for the Prevention of Nuclear War, which won the 1985 Nobel Peace Prize. During the past 18 years, he has worked to involve physicians in the U.S. and abroad in efforts to protect the environment, and to increase public understanding of the potential human health consequences of global environmental change.
Aaron Bernstein, MD, has been affiliated with the Center for Health and the Global Environment since 2001 and is currently a resident in the Boston Combined Residency in Pediatrics at Harvard Medical School and the Boston University School of Medicine. He received his undergraduate degree from Stanford University and medical degree from the University of Chicago Pritzker School of Medicine.

sábado, 15 de novembro de 2008

Palestra: Ernst Götsch - O universo, a sucessão ecológica e as agroflorestas


É preciso preservar, mas é possível regenerar. O agricultor e pesquisador suíço Ernst Götsch é prova de que a agricultura regenerativa pode ser um caminho de desenvolvimento para o país. Estabelecido em uma fazenda na zona cacaueira do sul da Bahia desde os anos 80, vem desenvolvendo técnicas de recuperação de solos. O equivalente a 480 campos de futebol foi recomposto, dos quais 350 se transformaram na primeira Reserva Particular de Patrimônio Natural (RPPN) da Bahia. Além da colheita agrícola, observou-se que a fazenda desenvolveu seu próprio microclima, 14 nascentes de água foram recuperadas e a fauna repopulou o lugar. A partir do experimento – chamado de agricultura sintrópica –, Götsch elaborou um conjunto de princípios e técnicas para integrar produção de alimentos e regeneração natural de florestas que tem sido adaptado a diferentes regiões e climas nos últimos 30 anos.

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Uncontacted Tribes - Breve documentário da Survival 2007


Parte 1/2


Parte 2



Mais de cem tribos em todo o mundo rejeitam o contacto com estranhos. Eles são os povos mais vulneráveis do planeta.
Muitos deles estão a viver em permanente fuga, fugindo de invasões de suas terras pelos colonos, madeireiros, fazendeiros petrolíferas e criadores de gado. Eles têm muitas vezes visto os seus amigos e famílias morrer às mãos de forasteiros, em massacres não denunciados ou epidemias.
Esta é sua história.

Saber mais, consultando o projecto e acompanhando as campanhas em:

Uncontacted Tribes


quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Campanha 1 milhão de sementes para o Vale do Coa


No âmbito do projecto Bosques da Faia Brava, a Associação Transumância e Natureza (ATN), desafia-te a passar dias diferentes, dedicados à conservação do bosque autóctone, através da iniciativa de voluntariado 1 Milhão de Sementes para o Vale do Côa. Com o apoio de voluntários, pretendemos recuperar e melhorar o coberto florestal de áreas que foram afectadas pelos incêndios, as principais linhas de água e zonas agrícolas abandonadas, contribuindo assim para a conservação do mosaico agro-florestal e das espécies florísticas e faunísticas que dele depende. A grande meta desta iniciativa é recolher e semear 1 milhão de sementes de árvores autóctones nos próximos 5 anos, numa área de cerca de 500 ha, incluindo freixos, sobreiros, azinheiras, carvalhos negral e cerquinho, lodão bastardo e zelha. Inscreve-te já, as vagas são limitadas. Apoie-nos fazendo parte da nossa equipa!

Datas: 15 de Outubro de 2008 a 15 de Março de 2009 (iguais períodos entre 2009 e 2013)
Mais informações aqui



quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Educação Ambiental no Youtube - Smithsonian National Museum of Natural History


No centro das actividades do Museu estão habilmente documentadas as suas colecções : mais de 125 milhões de exemplares de ciências naturais e artefactos culturais,No centro das actividades do Museu são habilmente suas coleções documentadas: mais de 125 milhões de exemplares ciências naturais e culturais artefatos incluindo 30 milhões de insetos, 4 ½ milhão de plantas, 7 milhões de peixes, e de 2 milhões de artefatos culturais.
Contudo, o Museu pretende o aumento de público, divulgando os seus projectos, exposições e seminários noutras formas de comunicação. Neste caso, abrindo um canal no Youtube, inaugurado a 2 de Maio de 2007.

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Dia Mundial da Ciência pela Paz e o Desenvolvimento



O Dia Mundial da Ciência pela Paz e o Desenvolvimento é celebrado anualmente a 10 de novembro.

O propósito deste dia é destacar o papel da ciência no desenvolvimento e pacificação das sociedades, bem como promover a cooperação nacional e internacional neste domínio. Pretende-se ainda sensibilizar os decisores políticos para o apoio à ciência e para o seu uso para o desenvolvimento das sociedades.

Esta dia foi criado na 31ª. Conferência Geral da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), que ocorreu de 15 de outubro a 3 de novembro de 2001, através da Resolução 20.

Imagem: UN Photo/Jean-Marc Ferré (adaptado)
Documentos
Res. 20 da a 31ª. Conferência Geral da UNESCO que implementa Dia Mundial da Ciência pela Paz e o Desenvolvimento | UNESCO [en]
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Direito Ambiental e Política- curso ministrado por Holly Doremus


Embora incidindo, em parte, sobre o direito ambiental nos EUA (National Environmental Policy Act, Clean Air Act, and Clean Water Act) é interessante a forma como Holly Doremus perspectiva uma interacção com o federalismo ambiental e diferentes níveis de regulação da autoridade e sistema político na aplicação da lei.

Vídeo completo de todas as lições
, cerca de 1h 15 min., realização UCBerkeley Youtube

Ler mais
Artigos científicos de Holly Doremus

Blogue recomendado
Biolaw


domingo, 9 de novembro de 2008

120 mil professores, 120 mil Portugueses na rua


E voltou-se a fazer história. Depois de em Março, 100.000 professores terem descido a Avenida da Liberdade, Lisboa foi hoje invadida por 120.000, naquela que será a maior manifestação de professores jamais realizada em Portugal.[Fonte: Expresso Multimedia]

Comentário: A Ministra da Educação afirmou que a manifestação se trataou de uma guerrilha eleitoral, como se os Professores não fossem todos do mesmo País e vivêssemos num Estado democrático. Mais, os 20.000 professores avaliados no ano anterior foram os professores contratados (agora o Ministério da Educação não faz a distinção, porque lhe interessa). A manifestação não foi apenas pela suspensão desta avaliação. A manifestação conjunta de sindicatos e movimentos independentes foi também pela protecção da Escola Pública (contra as passagens administrativas dos Alunos, contra o novo estatuto do Aluno, fim da Escola em meios rurais, pelo direito de ensino gratuito a todas as crianças e jovens Portugueses), pela não divisão da carreira, contra as horas extraordinárias não-pagas e porque ao Professor é exigido demasiadas competências administrativas, restando pouco tempo e tranquilidade exigidas para Ensinar os Alunos. Além disso o Professor é apenas mais um cidadão. O seu trabalho desenvolve-se dentro da realidade envolvente que encontra (meios sócio-económicos e situação familiar dos Alunos da Escola ou Agrupamento onde o Professor está inserido). Só pode ser assim. Cabe aos outros agentes sociais cooperarem em benefício dos seus jovens e crianças e promover um Ensino Público justo, dinâmico certamente mas com qualidade e enquadrado com as políticas sócio-ambientais. Seremos capazes?

sábado, 8 de novembro de 2008

Musica do BioTerra: Paulo Bragança- Remar, Remar (versão em fado dos Xutos & Pontapés)



Depois de ouvir esta excelente interpretação, lembrei-me do sítio que vou muitas vezes com o meu filho visitar e chama-se GramáTICª. Conhecem? Contem imensos materiais didácticos, textos, documentos e fóruns temáticos para consulta, para esclarecimento de dúvidas de carácter científico e pedagógico sobre o conhecimento explícito da língua.

Verba docent, exempla trahunt
As palavras ensinam, os exemplos arrastam
(aforismo latino)

É nestes projectos que deposito a minha esperança e atitude que tenho mantido: de uma cidadania proactiva e interventiva e densa no nosso País. Ela existe e temos gente para melhorar Portugal, que labutam por um colectivo com mais justiça, mais e melhores vasos comunicantes na lusofonia (redes sociais, internet, poesia, ciência, arte, literatura, contos, oralidade) e mais Paz.