segunda-feira, 17 de janeiro de 2022

Fracasso da ação climática e clima extremo são os principais riscos que enfrentamos



De acordo com a 17ª edição do Global Risks Report do Fórum Económico Global, o fracasso da ação climática é o principal risco global que o mundo enfrenta. Ao analisar os riscos a curto, médio e longo prazo, é possível observar uma tendência de problemas relacionados com o clima, bem como com as estruturas sociais.

O clima extremo, as crises de subsistência, a perda de biodiversidade, a erosão da coesão social, as crises da dívida e as doenças infeciosas, ocupam os primeiros lugares dos tops de riscos globais, previstos para os próximos dez anos. Além disso, a maioria dos especialistas acredita que uma recuperação económica mundial será volátil e desigual ao longo dos próximos três anos.

“A colaboração dentro de sociedades e entre a comunidade internacional será fundamental para garantir uma recuperação global equilibrada e rápida. Os líderes globais devem juntar-se e adotar abordagens coordenadas com os vários públicos para resolver os desafios mundiais incessantes e criar resiliência antes da próxima crise”, afirma Saadia Zahidi, Managing Director do Fórum Económico Global.

No caso de Portugal, os principais riscos apontados pelos líderes são a estagnação económica, a crise da dívida, as crises de emprego e subsistência, a desigualdade digital e o colapso ou falta de sistemas de segurança social.

O relatório Global Risks Report 2022 incentiva os líderes a pensar além do ciclo de relatórios trimestrais e a criar políticas que giram riscos e que moldem a agenda para os próximos anos. O documento explora quatro áreas de riscos emergentes, a cibersegurança, a competição espacial, a transição climática desordenada e as pressões migratórias, sendo necessária uma coordenação global para que as mesmas sejam geridas com sucesso.

“A crise climática continua a ser a maior ameaça a longo prazo que a humanidade enfrenta. Falhar no combate às alterações climáticas pode diminuir em um sexto o PIB mundial e os compromissos estabelecidos na COP26 continuam a não ser suficientes para atingir o objetivo dos 1,5ºC”, refere Peter Giger, Group Chief Risk Officer do Zurich Insurance Group. “Ainda não é tarde demais para os governos e as empresas agirem perante os riscos que enfrentam e para impulsionarem uma transição inovadora, determinada e inclusiva, que proteja economias e pessoas.”

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