sábado, 22 de maio de 2021

Dia Internacional da Biodiversidade

                                

Hoje comemora-se o Dia Internacional da Biodiversidade, criado pela ONU no final de 1993, a data em que se comemorava era 29 de dezembro (a data de entrada em vigor da Convenção da Diversidade Biológica). Mais tarde, em dezembro de 2000, a ONU mudou a data de forma a comemorar a adoção do texto da Convenção sobre Diversidade Biológica.

Comemora-se este dia de forma a aumentar a compreensão e a consciencialização sobre os problemas da biodiversidade.

O termo que advém da “diversidade biológica”, refere-se à variedade de vida na Terra em todos os seus níveis, dos genes aos ecossistemas, e pode abranger os processos evolutivos, ecológicos e culturais que sustentam a vida.

A biodiversidade inclui não apenas espécies que consideramos raras, ameaçadas ou quase extintas, mas também todos os seres vivos – desde seres humanos a organismos de que pouco sabemos, como micróbios, fungos e invertebrados.

Cada uma dessas espécies e organismos trabalha em conjunto nos ecossistemas, como uma rede complexa, para manter o equilíbrio e sustentar a vida. A biodiversidade apoia tudo o que precisamos para sobreviver na natureza: comida, água potável, remédios e abrigo.

Porém, à medida que os humanos pressionam cada vez mais o planeta, usando e consumindo mais recursos do que nunca, corremos o risco de perturbar o equilíbrio dos ecossistemas e perder a biodiversidade.

As atividades humanas mudaram significativamente três quartos da superfície terrestre e dois terços da área oceânica. Somente entre 2010 e 2015, 32 milhões de hectares de floresta desapareceram; e nos últimos 150 anos, a cobertura de recife de coral vivo foi reduzida pela metade. O gelo glacial está a derreter a taxas surpreendentes enquanto a acidificação do oceano cresce, ameaçando a produtividade do oceano. As espécies selvagens estão a desaparecer dezenas a centenas de vezes mais rápido agora do que nos últimos 10 milhões de anos; e nos próximos 10 anos, uma em cada quatro espécies conhecidas poderá ter sido varrida do planeta.

O surgimento da COVID-19 deixou claro que, quando destruímos a biodiversidade, destruímos o sistema que sustenta a vida humana. Ao perturbar o delicado equilíbrio da natureza – invadindo a vida selvagem, reduzindo a diversidade genética nas populações de animais, causando mudanças climáticas e eventos climáticos extremos -, criamos condições ideais para a disseminação de vírus entre populações animais e humanas.

A reversão da perda de biodiversidade é a única maneira de restaurar e sustentar um planeta saudável. Isto só será possível quando entendermos a rede da vida em que vivemos e entendermos que ela funciona como um sistema inteiro.



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