terça-feira, 13 de abril de 2021

Caras conhecidas apoiam fim do comércio de barbatanas de tubarão



Iniciativa de Cidadania Europeia ‘Stop-finning – Stop the Trade’ quer reunir um milhão de assinaturas até janeiro de 2022.


Bárbara Guimarães, Cláudia Vieira, Francisco Garcia, João Manzarra, João Pedro Pais, Mariana Pacheco, Mónica Sintra, Sara Norte e Ricardo Carriço são apenas algumas das caras conhecidas que apoiam a Iniciativa de Cidadania Europeia ‘Stop-finning – Stop the Trade’, que pretende acabar com o comércio de barbatanas de tubarão.

Até dia 31 de janeiro de 2022, a iniciativa pretende reunir um milhão de assinaturas para que seja obrigatório, no comércio de tubarões e raias, manter as suas barbatanas unidas ao corpo para, desta forma, fomentar a redução substancial da pressão piscatória sobre estas espécies.

Uma proposta de alteração legislativa já apresentada à Comissão Europeia pelo grupo de cidadãos europeus promotores desta Iniciativa e que, nas últimas semanas, tem dado que falar.

Voluntários de todos os países da União Europeia (UE) têm vindo a organizar-se em grupos de apoio ao movimento. Em Portugal, um grupo de biólogos, mergulhadores, formadores e professores, têm sido o motor da divulgação desta Iniciativa de Cidadania Europeia. Estes cidadãos têm unido esforços voluntários para divulgar informação com o objetivo de angariar assinaturas para esta causa, mas, num comunicado enviado ao Notícias ao Minuto, o grupo revela que “as assinaturas recolhidas estão ainda muito aquém do necessário”.

Recorde-se que, recentemente, um grupo internacional de investigadores da Universidade Simon Fraser, Canadá, revelou que, nos últimos 50 anos, houve uma diminuição de 71% da abundância de espécies oceânicas de tubarões e raias, as quais desempenham um papel ecológico fundamental. Esta redução representa um perigo iminente, pois cerca de três-quartos destas espécies já se encontra em risco de extinção. A perda de biodiversidade nos nossos oceanos é altamente potenciada por ações antropogénicas, sendo a sobrepesca o principal fator. “Neste contexto, são necessárias medidas estritas e urgentes, para evitar o colapso destas populações”, explica a mesma nota. Portugal tem vindo a mostrar recentemente alguma liderança no que respeita à conservação de algumas das espécies de tubarões mais ameaças de extinção. Desde o dia 1 de janeiro que está proibido o desembarque de tubarões da espécie anequim nos portos nacionais e, desde o inicio de fevereiro, está também proibida a captura e comercialização de tubarões de profundidade.

Sem comentários: