sexta-feira, 1 de janeiro de 2021

História dos meses do ano



Porque hoje se inicia mais um ano, e esperamos que 2021 seja BOM, independentemente do calendário que nos orienta, apresentamos um pouco da nossa história dos meses do ano:

O ano romano original tinha 10 meses e começava em março "Martius", seguido de "Aprilis", "May", "Junius", "Quintilis", "Sextilis", "September", "October", "November" e "December", e provavelmente dois meses sem nome no final do inverno, quando não acontecia desenvolvimentos na agricultura.
Numa Pompilius, o segundo rei de Roma, cerca do ano 700 antes de Cristo, acrescentou os dois meses "Januarius" (janeiro) e "Februarius" (fevereiro), mudando também o início do ano de Martius para Januarius, e mudou o número de dias em vários meses para ser ímpar, um número de sorte. Depois de fevereiro, havia ocasionalmente o mês adicional "Intercalaris" (intercalar), que levou a ser em fevereiro o dia que se acrescenta a cada quatro anos.

No ano 46 antes de Cristo, Júlio César, na qualidade de pontífice máximo da República Romana, a quem competia a tarefa de decidir quando se introduziam os meses intercalares no calendário romano tradicional (um calendário de tipo lunissolar), reformou o calendário romano (daí o Calendário Juliano) mudando o número de dias em muitos meses e removendo o mês Intercalaris.

Após a sua implantação, o calendário Juliano passou por diversas modificações, sendo a primeira a mudança do nome do mês Quintilis para "Julius", em homenagem a Júlio Cesar, que morreu em 44 antes de Cristo. Outras se seguiram, entre as quais, a implementação do ano bissexto a cada quatro anos, pelo Imperador Augusto no ano 8 depois de Cristo e a mudança do nome do mês Sextilis para "Augustus", que passou a ter 31 dias, por vontade do Senado que tirou um dia a fevereiro (que ficou com 29) para que o seu mês tivesse os mesmos dias que o dedicado a Júlio César.

O Calendário Juliano, com as alterações de Augusto, continua a ser utilizado pelos ortodoxos, em vários países, onde os anos bissextos ocorrem sempre de quatro em quatro anos, enquanto no calendário gregoriano não são bissextos os anos seculares exceto os múltiplos de 400, o que hoje acumula uma diferença entre os dois calendários de 13 dias.

Na imagem, o 'Menologium rusticum Colotianum', um calendário datado do século I depois de Cristo, descoberto perto do Monte Palatino, em Roma, no início do século XVI, e que integra a 'Collezione Farnese' do Museo Archeologico Nazionale di Napoli (Itália). Cada face apresenta três meses do ano, tendo para cada mês, o número de dias, a duração das horas de luz e noite, as fases da lua, o signo do zodíaco, as divindades celebradas e os trabalhos agrícolas.

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