sexta-feira, 2 de novembro de 2018

Milho transgénico e glifosato - há alternativas eficazes?

Este evento realizou-se no dia 29 de Setembro 2018 na Herdade Tapada da Tojeira, Vila Velha de Ródão. A sessão foi dinamizada por Margarida Silva, bióloga e especialista em desenvolvimento sustentável e foi organizada pela Plataforma Transgénicos Fora! e Herdade Tapada da Tojeira (com apoio da Confederacão agricultores Portugal - CAP de Castelo Branco).


Em Portugal cultiva-se e consome-se milho transgénico na alimentação animal e humana mas não há informação que permita aos consumidores fazer escolhas informadas. Quase ninguém sabe o que são transgénicos e que riscos implicam. A sessão teve como objetivo contribuir para colmatar essa falha. Dirigida sobretudo aos agricultores da região, acabou por registar uma adesão heterogénea, com pessoas ligadas à agricultura, ao ambiente e ao ensino, incluindo alguns políticos locais do PSD e CDS. Esta sessão aponta para a urgência de fazer circular informação rigorosa e relevante que possa ultrapassar o clubismo instalado entre as bandeiras tradicionais da Direita e da Esquerda.

O planeta está em perigo e só pode ser salvo se todos nos unirmos na sua defesa. O conhecimento necessário está disponível mas não está acessível a todos.

Texto complementar 
Está a Alimentar as suas galinhas com Milho OGM? E sabe o que é isso?
O milho à venda nos sacos de rações traz na embalagem a designação de Organismo Geneticamente Modificado, ou OGM. Mas não se lhe dá importância porque as pessoas desconhecem o que significa. Se o que alimenta os animais acaba por nos ir parar ao prato e condicionar a nossa saúde não valerá a pena estarmos informados e pensarmos se queremos mesmo comprar estes produtos? 

Organismo geneticamente modificado é um ser vivo produzido em laboratório através de técnicas de engenharia genética. Este milho é diferente do que sempre se usou e portanto provocará efeitos diferentes, que se tornarão cada vez mais evidentes ao longo do tempo. Essa é uma das razões pelas quais a oposição às variedades OGM se iniciou no fim dos anos 90, e é cada vez maior. Uma coisa é fazer investigação em laboratório e outra, bem diferente, é comercializar produtos que não dão garantias inequívocas de serem inofensivos. 

Mas as grandes empresas querem lucros rápidos e o poder politico não tem estabelecido limites éticos e jurídicos eficazes. Um dos segredos mais à vista de todos é que agora a investigação científica é financiada, sobretudo, com dinheiro privado corrompendo a independência dos cientistas. O resultado final é que os interesses das populações e do ambiente passaram para segundo plano e a prioridade passou a ser a promoção dos transgénicos e dos pesticidas, em particular o glifosato (Roundup). 

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