sábado, 30 de julho de 2011

Código de barras da vida acelera identificação das espécies



Nos próximos quatro anos, 10% da biodiversidade brasileira será catalogada com ajuda da técnica conhecida como DNA barcoding e assim impedir o tráfego criminoso de animais exóticos


Para o Ibama, a cena não tem nada de inusitada. Uma pessoa é detida em flagrante no aeroporto com ovos presos ao corpo. Sabe-se que o tráfico de animais silvestres é considerado crime ambiental, mas não se sabe ao certo que espécie foi apreendida. Se a ave estiver na lista dos animais em risco de extinção, a punição pode ser mais dura. Mas como saber de que espécies são os ovos? A tarefa, às vezes árdua até para taxonomistas, deve receber uma mãozinha extra agora que brasileiros se uniram ao consórcio internacional Barcode of Life (iBol). Cerca de 10% da biodiversidade brasileira será catalogada em quatro anos com a ajuda de uma técnica conhecida como DNA barcoding, o ‘código de barras da vida’.

A ideia é a seguinte: um trecho da sequência de DNA de cada exemplar brasileiro será usado para produzir o que seria um ‘análogo’ do código de barras utilizado em produtos em geral. “A diferença é que para identificar produtos se utiliza uma sequência de números e nesta técnica se usam sequências de nucleotídeos, que são os bloquinhos que constituem o DNA”, explica Cláudio Oliveira, pesquisador do Instituto de Biociências da Unesp em Botuctatu e coordenador da Rede de Pesquisa de Identificação Molecular da Biodiversidade Brasileira (BR-BoL), criada no final de 2010. A meta é identificar 120.000 exemplares de 24.000 espécies nos próximos anos. “Assim como os códigos de barras são característicos dos produtos, as sequências de DNA são características das espécies."

O primeiro passo da rede brasileira é analisar o material que há tempos está disponível em laboratórios e coleções científicas. Isso, contudo, não impede que exemplares nunca antes catalogados sejam identificados: muitas espécies não se distinguem do ponto de vista morfológico, e apenas análises genéticas podem diferenciá-las. É o caso de uma nova espécie de Tetragonopterus, identificada pela equipe coordenada por Cláudio Oliveira. Trata-se de um peixe encontrado nas águas amazônicas do Rio Jari, na divisa entre os estados do Amapá e Pará. Os resultados obtidos pelo DNA barcoding revelaram uma significativa diferença  entre a nova espécie e as demais do gênero.

Pressa - Existem atualmente cerca de 1,7 milhão de espécies catalogadas no mundo, e estima-se que haja mais 4 milhões ainda desconhecidas. Só no Brasil, acredita-se que haja 600.000 espécies por conhecer (estimativas mais ‘otimistas’ apontam que o número pode chegar a quase 2 milhões). Os cientistas até poderiam se valer de estratégias convencionais da taxonomia para encontrá-las ao logo dos anos, mas há certa urgência em função de ameaças ambientais, do desmatamento às mudanças climáticas. “É muito importante que possamos ter a visão mais ampla possível da nossa biodiversidade antes que impactos irreversíveis levem um grande número de espécies à extinção”, ressalta Oliveira. “E é muito mais fácil conservar o que conhecemos.”

O que é DNA barcoding?

É a identificação genética dos seres vivos segundo determinados padrões. Para tanto, dois aparelhos são utilizados. No chamado termociclador, amostras de DNA são copiadas, a partir de algum tecido do animal, como pele, carne, sangue etc. No sequenciador, é feita a leitura do código genético. É a mesma estratégia do sequenciamento de genoma, a não ser por um detalhe: apenas um fragmento de um único gene presente em todas as espécies é usado para comparações – o gene codificador da proteína Citocromo Oxidase I (COI). Ele é considerado um bom marcador por combinar trechos muito variáveis a outros de grande regularidade. Mas não é o único, nem se presta a todo tipo de espécie. Para plantas, por exemplo, os cientistas costumam usar outros trechos do DNA.

O entomologista José Albertino Rafael, pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia, acredita que a técnica é um avanço para a taxonomia: “Vamos demorar mais mil anos para catalogar todos os animais se continuarmos no ritmo que estamos”. Para identificar uma nova espécie, é preciso compará-la aos exemplares já identificados. “Conforme o grupo vai ficando maior, fica mais difícil descrever novas espécies, porque é preciso conhecer todas as existentes e catalogadas”, explica. Um banco de códigos de barra pode acelerar as comparações. Mas o cientista Rafael ressalva que isso não exclui a necessidade de caracterizar a espécie morfologicamente.

Escala - A análise de material genética faz tempo é uma ferramenta conhecida dos cientistas. A equipe do geneticista da PUCRS, Eduardo Eizirik, por exemplo, realizava trabalhos de identificação molecular de organismos com técnicas semelhantes há mais de cinco anos. “O que mudou com o barcoding foi a escala. É a ideia de padronizar os processos de identificação em nível global para toda a biodiversidade e prezar pelo zelo no processamento de vários passos necessários para criar uma base de dados completa e integrada”, explica o pesquisador, que passou a coordenar a geração de código de barras em mamíferos, aves, répteis e anfíbios.  “Até onde eu sei, nunca houve uma rede de pesquisa no Brasil focada nesse assunto com esta amplitude, então isso já é uma conquista”.

Para além do ambiente acadêmico, uma rede ampla e padronizada de identificação genética pode ter aplicações tanto no combate ao tráfico de animais como no controle de fraudes no comércio de produtos animais. Isso porque o barcoding permite a identificação da espécie a partir de partes dos bichos, como um pedaço de carne, osso ou pelos, sangue etc. Nos Estados Unidos, o código de barras da vida já está sendo usado pela Food and Drug Administration, que regula alimentos e medicamentos, como forma de conter fraudes na importação de produtos animais.
Arte/VEJA

quinta-feira, 28 de julho de 2011

Música do BioTerra: Andreas Scholl canta "Flow my tears"


Flow, my tears, fall from your springs!
Exiled for ever, let me mourn;
Where night's black bird her sad infamy sings,
There let me live forlorn.

Down vain lights, shine you no more!

No nights are dark enough for those
That in despair their lost fortunes deplore.
Light doth but shame disclose.

Never may my woes be relieved,

Since pity is fled;
And tears and sighs and groans my weary days
Of all joys have deprived.

From the highest spire of contentment

My fortune is thrown;
And fear and grief and pain for my deserts
Are my hopes, since hope is gone.

Hark! you shadows that in darkness dwell,

Learn to contemn light
Happy, happy they that in hell
Feel not the world's despite.


 

quarta-feira, 27 de julho de 2011

Decência e Honestidade: As Organizações Não Governamentais de Ambiente dizem "Não Obrigado!" ao Fundo Baixo Sabor




Comunicado de Imprensa

22 de Julho de 2011 (embargo às 5h da manhã)

As Organizações Não Governamentais de Ambiente dizem “Não Obrigado!” ao Fundo Baixo Sabor

As Organizações Não Governamentais de Ambiente boicotam o concurso de 2011 para o Fundo Baixo Sabor como protesto contra a destruição de ecossistemas de elevado valor ambiental por decisão do governo e da EDP. As principais ONGA dizem: “Não Obrigado! Abdicamos do Fundo Baixo Sabor enquanto se persistir nesta política de secundarizar as questões de ambiente e de desrespeito dos compromissos assumidos por Portugal em relação à protecção da Biodiversidade e da qualidade da água.

O desenvolvimento das obras do empreendimento hidroeléctrico do Baixo Sabor, já com dois anos de percurso, mostra que as preocupações ambientais do governo e da EDP são secundárias, pois os relatórios periódicos entregues à comissão de acompanhamento ambiental mostram fortes impactes negativos e um desfasamento considerável entre as propostas de correcção dos problemas e a sua real implementação no terreno. O decorrer da obra tem revelado muitos problemas nos processos de monitorização, na poluição gerada e na afectação da fauna e flora das zonas intervencionadas.

A fraude é ainda maior, quando se constata que o “Fundo para a Conservação na Natureza e da Biodiversidade”, cujo prazo de candidatura termina hoje, exclui da tipologia de operações a aprovar os projectos de conservação da natureza e da biodiversidade.

Neste sentido, as principais ONGA de Portugal decidiram prescindir de candidatar-se ao Fundo Baixo Sabor de 2011 (este ano no valor de 800 mil de euros), como forma de protesto e em nome da transparência e da verdade sobre os impactes negativos das grandes barragens. As ONGA não se opõem à existência de fundos de Conservação da Natureza. As ONGA censuram, sim, a postura hipócrita dos governos que concedem licenciamentos causadores de capacidade destrutiva às empresas, em troca de programas de distribuição de verbas que, potencialmente, poderão ter valências positivas para o ambiente, a aplicar numa área que pode não corresponder à zona mais afectada pela destruição. O Estado e a EDP procedem assim a uma reprovável campanha de greenwashing, destinada essencialmente a mostrar uma postura de preocupação ambiental que não possuem, numa perspectiva de convencer as populações das zonas afectadas e das zonas a afectar em futuros empreendimentos, que a destruição da biodiversidade tem mais valor económico que a sua protecção. Tudo isto com o dinheiro dos consumidores que pagam na factura, com ou sem vontade.

Para que se compreenda melhor o processo é relevante informar que o Fundo do Aproveitamento Hidroeléctrico do Baixo Sabor (AHBS), aqui designado por Fundo Baixo Sabor, foi criado pelo Ministério do Ambiente e do Ordenamento do Território, por Despacho nº 14136/2010 (2ª Série), de 9 de Setembro e aprovado o seu Regulamento de Gestão, posteriormente alterado pelo Despacho nº 18872/2010 (2ª Série), de 21 de Dezembro. De acordo com as indicações do estado português, a EDP vai depositar uma verba anual de 800 mil euros no fundo financeiro durante os 75 anos da concessão da barragem do Baixo Sabor. Este valor é depois cobrado na factura de electricidade, pelo que, na verdade, a EDP não pagará nada, apenas aumentará o que cobra pelos serviços do monopólio que detém.

As políticas de ordenamento do território e de conservação da natureza levadas a cabo nas últimas décadas têm subvalorizado as questões ambientais, têm provocado fortes impactos negativos no património natural e têm tratado os ecossistemas e as espécies ameaçadas com a delicadeza de um rolo compressor. Raramente se tem atribuído aos ecossistemas e à Biodiversidade a importância que os mesmos têm para as populações humanas pelos serviços actualmente prestados e por prestar, a médio e longo prazo. Não há apostas na valorização dos recursos naturais numa perspectiva de sustentabilidade, no sentido de melhorar a vida das populações humanas. Mais ainda, o Estado vai-se demitindo das suas obrigações em termos de conservação da natureza e de garantia da qualidade da água e coloca as empresas a pagar projectos de compensação ambiental.

Por tudo isto, as ONGA abaixo indicadas dizem “Não Obrigado! Abdicamos do Fundo Baixo Sabor” enquanto se persistir na secundarização das questões ambientais e na continuação de políticas com forte destruição da Biodiversidade, enquanto se pretender calar as instituições com a distribuição de financiamento para actividades e acções que não conseguem repor sequer uma pequena parte do património perdido.


ONGA aderentes ao boicote:

– Aldeia
– CEAI
– COAGRET
– FAPAS
– GEOTA
– LPN
– Quercus
– SPEA

terça-feira, 26 de julho de 2011

Michel Serres - Mestiçar

Neste episódio, a contribuição científica da China e da Índia; o mundo árabe-islâmico, com retratos de cientistas pouco conhecidos como Ibn Al Haytham e Ibn Khaldun.

Pedagogia dos caracóis- por Rubem Alves


Escola- Balanço de Avaliações: "Electrónica" lenta! A lentidão é o orgulho da Escola! 

Colectivamente precisamos novamente do TEMPO para a focagem!

Os caracóis são moluscos lerdos. Andam muito, muito devagar. Ninguém tomaria os caracóis como exemplos. Embora suas conchas sejam belas e construídas com precisão matemática, o que chama a atenção de quem os observa é sua pachorra. Caracóis não têm pressa. Falta-lhes dinamismo, virtude essencial àqueles que vivem no mundo moderno. Quem anda devagar fica para trás. Quem iria imaginar que um educador, ao observar um caracol, tivesse uma inspiração pedagógica? Pois foi o que encontrei numa revista italiana, Cem Mondialità. A fotografia que ilustra o referido artigo é a de um menino, rosto apoiado na carteira, a observar tranqüilamente um caracol que se arrasta sobre a tampa da carteira. E o título do artigo é A pedagogia do caracol.
Caracol tem pedagogia a ensinar? O autor conta o sucedido com uma menininha que, ao voltar para a casa, queixou-se: "Mamãe, os professores dizem 'É preciso andar rápido, nada de vagareza, para frente, para frente. Mamãe, onde é a frente?". E aí ele passa a falar sobre a virtude pedagógica da
vagareza. Pode ser que "chegar na frente" não seja tão importante assim! Quem sabe o "estar indo" seja mais educativo que chegar! No "estar indo" aprende-se um jeito de ser. Nietzsche se ria dos turistas que subiam as montanhas como animais, estúpidos e suados. Não haviam aprendido que há vistas maravilhosas no caminho que sobe... Riobaldo acrescentaria: "O real não está nem na saída e nem na chegada; ele se dispõe para a gente é no meio da travessia". O adágio da Sonata ao Luar tocado "presto" seria um horror. As notas seriam as mesmas. Mas a beleza não se encontra no presto; ela está é na vagareza do "adágio". Ele aconselha os professores a estarem com seus alunos no ritmo "adágio". Sem pressa.
A lentidão é virtude a ser aprendida num mundo em que a vida corre ao ritmo das máquinas. Gastar tempo conversando com os alunos. Saber sobre as suas vidas, os seus sonhos. Que importa que o programa fique atrasado? A vida é vagarosa. Os processos vitais são vagarosos. Quando a vida se apressa é porque algo não vai bem.
Adrenalina no sangue, o coração disparado em fibrilação, diarréia. Observar as nuvens. Conversar sobre as suas formas. A observação das nuvens faz os pensamentos ficarem tranqüilos. As notícias dos jornais são escritas depressa. Por isso têm curta duração. Mas a poesia se escreve devagar. Por isso ela não envelhece. Inventaram essa monstruosidade chamada leitura dinâmica. Ela pressupõe que um texto é feito com poucas idéias centrais, tudo o mais sendo encheção de lingüiça. A técnica da leitura dinâmica é ir direto às idéias centrais, desprezando o resto como lixo.
Já imaginaram sexo dinâmico, que dispensa os "entretantos" e vai direto ao "finalmente"? Essa é uma maneira canina de fazer amor. Mas não é isso a que os jovens são obrigados quando, ao se preparar para o vestibular, se põem a ler "resumos" de obras literárias? Um resumo é o resultado escrito de uma leitura dinâmica. É preciso ler tendo a lesma como modelo... Devagar. Por causa do prazer. O prazer anda devagar. Você leu esse artigo dinamicamente ou lesmicamente?

fonte: Revista Educação, edição 100

segunda-feira, 25 de julho de 2011

The World at 7 Billion People: How Much More Growth Can the Planet Support?

With global population expected to surpass 7 billion people this year, the staggering impact on an overtaxed planet is becoming more and more evident.
Demographers aren't known for their sense of humor, but the ones who work for the United Nations recently announced that the world's human population will hit 7 billion on Halloween this year. Since censuses and other surveys can scarcely justify such a precise calculation, it's tempting to imagine that the UN Population Division, the data shop that pinpointed the Day of 7 Billion, is hinting that we should all be afraid, be very afraid.

We have reason to be. The 21st century is not yet a dozen years old, and there are already 1 billion more people than in October 1999 — with the outlook for future energy and food supplies looking bleaker than it has for decades. It took humanity until the early 19th century to gain its first billion people; then another 1.5 billion followed over the next century and a half. In just the last 60 years the world's population has gained yet another 4.5 billion. Never before have so many animals of one species anything like our size inhabited the planet.

And this species interacts with its surroundings far more intensely than any other ever has. Planet Earth has become Planet Humanity, as we co-opt its carbon, water, and nitrogen cycles so completely that no other force can compare. For the first time in life's 3-billion-plus-year history, one form of life — ours — condemns to extinction significant proportions of the plants and animals that are our only known companions in the universe.

Did someone just remark that these impacts don't stem from our population, but from our consumption? Probably, as this assertion emerges often from journals, books, and the blogosphere. It's as though a geometry text were to propound the axiom that it is not length that determines the area of a rectangle, but width. Would we worry about our individual consumption of energy and natural resources if humanity still had the stable population of roughly 300 million people — less than today's U.S. number — that the species maintained throughout the first millennium of the current era?

It is precisely because our population is so large and growing so fast that we must care, ever more with each generation, how much we as individuals are out of sync with environmental sustainability.

Our diets, our modes of moving, and our urge to keep interior temperatures close to 70 degrees Fahrenheit no matter what is happening outside — none of these make us awful people. It's just that collectively, these behaviors are moving basic planetary systems into danger zones.

Yet another argument often advanced to wave off population is the assertion that all of us could fit into Los Angeles with room to wiggle our shoulders. The image may comfort some. But space, of course, has never been the issue. The impacts of our needs, greeds, and wants are. We should bemoan — and aggressively address — the gross inequity that characterizes individual consumption around the world. But we should also acknowledge that over the decades-long span of most human lifetimes, most of us are likely to consume a fair amount, regardless of where and how we live; no human being, no matter how poor, can escape interacting with the environment, which is one reason population matters so much. And given the global economic system and the development optimistically anticipated in all regions of the world, we each have a tendency to consume more as that lifetime proceeds. A parent of seven poor children may be the grandparent of 10 to 15 much more affluent ones climbing up the ladder of middle-class consumption.

This, in fact, is the story of China, often seen not as an example of population's impact on the environment but that of rapid industrialization alone. Yet this one country, having grown demographically for millennia, is home to 1.34 billion people. One reason the growth even of low-consuming populations is hazardous is that bursts of per-capita consumption have typically followed decades of rapid demographic growth that occurred while per-capita consumption rates were low.

Examples include the United States in the 19th and 20th centuries, China at the turn of the 21st, and India possibly in the coming decade. More immediately worrisome from an environmental perspective, of course, is that the United States and the industrialized world as a whole still have growing populations, despite recent slowdowns in the growth rate, while already living high up on the per-capita consumption ladder.

domingo, 24 de julho de 2011

Música do Bioterra: Cocteau Twins - She Will Destroy You

Música do BioTerra: Amy Winehouse - Will You Still Love Me Tomorrow


Tonight, you're mine completely
You give your love so sweetly
Tonight the light of love is in your eyes
Will you still love me tomorrow?

Is this a lasting treasure
Or just a moment's pleasure?
Can I believe the magic of your sighs?
Will you still love me tomorrow? Yeah, yeah

Tonight with words unspoken
You say that I'm the only one, the only one, yeah
But will my heart be broken
When the night meets the morning star?

I'd like to know that your love
Is love I can be sure of, ooh woah, yeah
So tell me now
'Cause I won't ask again

Still love me tomorrow?
Will you still love me tomorrow?
Will you still love me tomorrow?
(Will you still love me tomorrow?)
(Will you still love me?)

Biografia

Fundação

sábado, 23 de julho de 2011

My tribute to Oslo Victims - Blind Dumb Deaf




Anders Behring Breivik não é islâmico, nem comunista. Não é da Al Qaeda, nem de nenhuma organização marxista. É de direita, não fala árabe, consta que não tem grandes antecedentes criminais e terá sido ele o autor dos atentados que deflagraram na Noruega, com um número ainda indeterminado de vítimas mortais.

Blast rocks central Oslo, Norway PM's office
 
Extrema-direita....um aviso vindo do frio.Já há alguns anos eu vinha denunciando junto da AI para a concentração de bandas de rock nórdicas de extrema direita...eis os resultados. Ainda estão insatisifeitos -tem quase toda "riqueza" do mundo, consomem droga vinda dos países periféricos, diamantes vindas dos países periféricos, carne vinda dos países periféricos mas têm ódio a outros países, os perfiéricos....
Quem são os terroristas? O espaço shengen ou as empresas de rating? os muslims com fome e tiranias a peso da droga e dos diamantes ou os nórdicos seus consumidores e donos do petróleo e do nuclear e das telecomunicações? Os que morrem à fome e até à morte 4 milhões de pessoas ma Somália ou os milhões de obesos e as vidas de estrelas dos bilionários deste mundo, aparecendo nas capas das Forbes, sem nunca serem presos? Perguntas que ficam no ar! Por isso tenho uma música que exprime muito o que se está a passar nest atribulado 2011! 

Blind dumb deafen offends
I was never a part of it
[x2]

At the bosom
Or the breast
Or the forehead
Or the fist

Blind dumb deafen offends
I was never a part of it
[x2]

My mouthing at you
My tongue the stake
I should welt should I hold you
I should gash should I kiss you

Blind dumb deafen offends
I was never a part of it
[x4]

sexta-feira, 22 de julho de 2011

O QUE SÃO AGÊNCIAS DE RATING? (narrativa bem criativa e realista)


Todos os dias o Miguel, filho do dono da mercearia, rouba pastilhas elásticas ao pai para as vender aos colegas na escola.

Os colegas, cujos pais só lhes dão dinheiro para uma pastilha, não resistem e começam a consumir em média cinco pastilhas diárias, pagando uma e ficando a dever quatro.

Até que um dia, quando já todos devem bastante dinheiro ao Miguel, ele conversa com o Cabeças, - alcunha do matulão da escola, um tipo que já chumbou quatro vezes - e nomeia-o como a sua agência de rating.

Basicamente, cada vez que um miúdo quer ficar a dever mais uma pastilha ao Miguel, é o Cabeças que dá o aval, classificando a capacidade financeira de cada um dos putos com "A+", "A", "A-", "B"...e por aí fora.

A Ritinha, que já está com uma dívida muito grande e com um peso na consciência ainda maior, acaba por confessar aos pais que tem consumido mais pastilhas do que devia.

Os pais, percebendo que a Ritinha está endividada, estabelecem um plano de ajuda para que ela possa saldar a sua dívida, aumentando-lhe a semanada mas obrigando-a a prometer que não irá gastar mais enquanto não pagar a dívida contraída.

O Cabeças quando descobre isto, desce imediatamente o rating da Ritinha junto do Miguel que, por sua vez, passa a vender-lhe cada pastilha pelo dobro do preço. A Ritinha, já viciada em pastilhas, prolonga o pagamento da sua dívida, dividindo o Miguel o lucro daí obtido com o Cabeças que, sendo o mais forte, é respeitado por todos.

In blog "Partilhar Diferenças"

Michel Serres - Queimar

Neste episódio, a Revolução Industrial - da invenção da máquina a vapor à elaboração das teorias da termodinâmica; como as máquinas mudaram a História.

quinta-feira, 21 de julho de 2011

U2 : Like a Song



Há um júbilo no ar que não sinto em mim. Os termos económicos afiguram-se-me estranhos e com tantos anglicismos que rapidamente me apercebo "quem" subjuga quem...citigroup, moby´s e NYC bolsa, entre poucas outras. Portanto quem concede crédito também é responsável pela ética ou falta dela. Pensem nisto.

Não pretendo nada do meu blogue ou do meu facebook ou dos meus tuitos. Desejava um mundo com mais cor, sério, honesto, transparente, vertical, universal, mais simples  e fluído como uma canção - like a song.

Não compreendo também se vale a pena ter o meu nome e património espelhado na Forbes. E questiono muito se é um acto patriótico ou planetário e até ecologicamente sustentável. 

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Eis a face mais negra de intervenção pós-FMI - ou lutas até ao fim contra eles e mais pessoas no mundo DIZER UM BASTA!!! ou VAMOS morrendo em agonia....começando pelos mais fracos e a submissão completa até...não sei?

Sem saber que estava sendo gravado, Diretor do IBAMA reconhece intenção de exterminar índios




Sem saber que estava sendo gravado, Diretor do IBAMA reconhece intenção de exterminar índios


Em entrevista a uma equipe de TV da Austrália, sem saber que estava sendo filmado, o presidente do IBAMA, Curt Trennepohl, sugeriu que o Brasil faria com os índios a mesma coisa que a Austrália fez com os aborígenes, população nativa do país da Oceania que foi praticamente extinta do continente por colonos britânicos em campanhas de extermínio no século 19.

A TV fazia uma reportagem sobre a licença de instalação da usina de Belo Monte, assinada por Trennepohl. Indagado pela repórter se sua função seria de “cuidar do ambiente”, ele respondeu: “Não, meu trabalho é minimizar os impactos”.

Irritado com o tom recriminatório adotado pela jornalista, Trennepohl rebateu: “Vocês têm os aborígenes lá e não os respeitam”. Ouviu de réplica: “Então vocês vão fazer com os índios a mesma coisa que nós fizemos com os aborígines?”, para em seguida confirmar: “Sim, sim”.

Fonte: aqui e aqui
O EXEMPLO DA INTERVENÇÃO DO FMI NO BRASIL

1) Relação entre FMI e o Brasil
A relação entre o FMI e o Brasil especificamente, foi constituída de altos e baixos no decorrer dos anos.
“Durante os anos 80, em decorrência da crise, da divida externa e da delicada situação do balanço de pagamentos brasileiro, o país recebeu assistência financeira e cumpriu vários programas de ajusteeconômico monitorados pelo Fundo” (ALMEIDA, 2006).
a) 1949 - Primeira Operação contratada pelo Brasil com umas das organizações de Bretton Woods. Na década seguinte começaram as operações com o Fundo Monetário, com o aval do Eximbank.
b) Com eleição de Juscelino Kubtischek foi rompido um acordo stand by negociado no ano anterior pelo Ministro Lucas Lopes.
c) 1961- Após renuncia de Jânio Quadros novo acordo stand by, cujo acordo teve impacto importante no âmbito econômico, que foi a unificação dos diferentes regimes cambiais.
d) Durante a presidência de João Goulart, o Brasil não chegou a contrair empréstimo com as entidades internacionais.
e) Com o governo militar (1965 a 1972) houveram sucessivos acordos stand by.
“De fato esses acordos não eram necessários do ponto de vista estrito da balança de pagamento,
justificando-se apenas como uma espécie de “selo de qualidade” das políticas econômicas implementadas nessa fase de estabilização.” (ALMEIDA, 2006)
f) Fase do milagre econômico brasileiro (1967) e a primeira crise do petróleo (1973), o governo evitou fazer acordo com o FMI.
“De resto, o FMI teve papel pouco ativo na fase de grandes turbulências dos anos 70, atingindo ele mesmo pela alteração quase completa dos fundamentos que tinham presidido sua atuação institucional desde a assinatura de Bretton Woods: o regime de paridade fixa e a conversibilidade do dólar em ouro a uma taxa
estável“ (ALMEIDA, 2006).
g) 1979 – Nova crise do petróleo, agravando ainda mais as transações correntes da Balança de Pagamentos do Brasil, porém o governo Figueiredo hesitou em primeira instancia de recorrer ao FMI, somente recorreu quando a situação estava fora de controle .
h) 1983 - é negociado um acordo conhecido como “EFF” (Extend Fund Facility), e no final do regime militar o Brasil beneficiou-se de créditos emergências do FMI.
“Mas não conseguiu cumprir parte das exigências e requerimentos formulados pelo staff do órgão e estabelecidos por sua diretoria pois não obtinha condições políticas para um conjunto de reformas tendentes a desindexar a economia brasileira e a colocar as contas públicas sob controle” (ALMEIDA, 2006)
i) A partir de 1985 – O Brasil passa a depender do FMI. O governo anunciou a suspensão dos pagamentos dos juros sobre a divida oficial, com o objetivo de pressionar novas facilidades creditícias.
j) Em 1987 – O governo declarou uma moratória e, envolvendo o pagamento de juros dos empréstimos dos credores privados.
k) 1990 – Com o Presidente Fernando Collor de Mello foi possível o ajuste estrutural, via  da economia, levando ao Plano Real, o que ocasionou uma solução parcial do problema da
dívida.
l) 2002 – O Brasil torna-se cliente do FMI
Atualmente o Brasil não tem nenhum acordo com o Fundo Monetário. Em 2005 o Brasil hesitou em renovar acordo com o mesmo.
Segundo Lula “Agora temos a chance de imperdível de andar por nossas próprias pernas”
De acordo com Antônio Palocci (2006):
“Pelos acordos com o FMI, o Brasil se comprometia a fazer superávits primários, um dinheiro economizado para pagar os juros e, com isso, impedir o descontrole do gerenciamento da dívida pública. Quanto maior o aperto fiscal, menor é o recurso disponível para investimento em geral. Sem o FMI, é possível agora que o governo afrouxe suas metas fiscais, liberando assim mais dinheiro para investimentos”.
Um ponto a contrapor do beneficio de o Brasil não depender mais do FMI é que “as condicionalidades tradicionais, impostos pelo Fundo, já foram complemente internalizadas, expressando-se agora em leis brasileiras e coincidindo com opões internas de política econômica” (BENJAMIN, 2006).

5. Considerações Finais
Abordamos nesse artigo, um histórico da instituição do Fundo Monetário Internacional, na conferência de
Bretton Woods. Analisamos também as relações do Brasil com o FMI desde sua fundação, uma vez que
participou desse processo.
Como país em expansão, as relações do Brasil com o FMI propiciaram planos de desenvolvimento, como
podemos notar pela seqüência cronológica com que os acontecimentos foram abordados.
Entretanto, devemos observar a relação de dependência existente nas negociações com o FMI, que sendo
administrado pelos países membros, possue maior percentual por parte dos Estados Unidos.
Julgamos proveitoso o pesquisa desse assunto, pela importância que assume em nossa área de estudo,
podendo fazer uma ponte entre os fatos ocorridos e as negociações que por ventura ocorrerem.
Referências Bibliográficas
ALMEIDA, P. R. De. Disponível em: . Acesso em 23 maio 06.
BANJAMIN C.; RIBEIRO, R. T.; Disponível em: . Acesso em 07 jun. 06.
KRUGMAN, P.R.;OBSTFELD, M. Economia International – Téoria Política. São Paulo: MAKRON Books,
Fonte: aqui



terça-feira, 19 de julho de 2011

Bailado e Ópera e Teatro - porque mais gente devia ter acesso mais democrático a estes espectáculos



INTRO
Roubaram-me o ordenado e a o congelamento da carreira durante anos impediu-me  o sonho que esperava quando progredisse na vida,  de poder assistir a algo que só uma vez vi e que eu amo IMENSO: BAILADO. Se fui ao Teatro conto pelos meus dedos talvez uns cinco a seis vezes e porque algumas delas foi em visitas de estudo . Ao Teatro Rivoli pré e pós Filipe La Feria nunca consegui reunir nem tempo nem dinheiro para os ver.  Umas vezes diziam-me no Teatro São João e Rivoli que os bilhetes já estavam "reservados" . 
Entretanto pediram-me para fazer mais justificações das notas dos meus alunos e das negativas que eles tinham. Pediram-me que precisava de justificar as faltas disciplinares e justificar a minha autoridade. Depois disseram-me que o meu trabalho  de antiguidade se convertia em trabalho não lectivo, esperando horas vazias na escola porque os alunos não querem o apoio, pois dizem-me que os pais pagam em explicaodores fora. Pediram-me para ser formador profissional (ficava mais barato ao Estado) e dar aulas aos CEF e CNO. Entretanto pediram-me que tinha que reunir-me mais vezes fora de horas, algumas até às 21.30. Depois o meu salário ficou congelado (a bem nacional, disseram-me) mas já há mais de 6 anos que não tem subido de acordo com o custo de vida (que eu não contribui uma migalha de parte para esse aumento da dívida pública). Dizem e baptizaram a todos os portugueses que o trabalho deixou de ser um bom negócio . Desde 1987 o que está a dar é a precariedade. Entretanto que o que  importa é o "tempo de qualidade" com os filhos, 15 minutos é o suficiente, que na  cozinha basta 1euro e  5 minutos. Também o que está a dar é ter  2 e 3 empregos  e mesmo assim sobreendividar a  família. e aumentar o número de divórcios. E o meu país..que se lixe: a vida é para curtir  agora! Também o que está a dar é descredibilizar os sindicatos e os funcionários públicos, mas descredibilizar  as empresas de rating nunca (apenas se mecherem nos bolsos dos "intocáveis"- esses sonsos). Dizem-me que o spread vai aumentar, o IVA vai aumentar, os custos médicos vão aumentar e...portanto e por tudo isto, lá adio os espectáculos de bailado.


O bailado é universal, a linguagem é própria e de elevada espiritualidade e elevação efémera, lúdica ou intemporal, firme e sólida , mas sempre construtiva de novas abstrações e de esforço físico e suor transmutados em paixão, amor, não-violência e/ ou guerra, do ódio, da revolta, da compaixão- sentimentos universais.
O bailado e seus espectáculos então deviam ser mais democratizados. Constituem uma purga de todos os demónios de um dia a dia por vezes cinzentão...nessa hora e meia ou duas perfigura-se um relaxamento e uma revigoração pela Esperança de que o Alvorecer será do Perdão, de Ser Maior e da Decência. Uns acreditam nessa propriedade e corajosos destacam-se do rebanho de políticos, pescadores, dos hackers, financeiros,  autarcas,  investigadores, pedreiros, vendedores, engenheiros e canalizadores e não a abdicam dos demais e fazem trazer/atrair até eles mais companheiros nessa viagem. Obrigado aos meus leitores que me visitam. Fazem acreditar nessa Propriedade e aumentar o seu Território e Tempo.

sábado, 16 de julho de 2011

O caso News of The World - quando a imprensa pode derrubar ou eleger chefes de estado

Demorou mas estabeleceu-se os limites das imprensas tablóides e até ao ciclo perverso de subida e queda de Primeiros-Ministros (cá talvez os fenómenos pouco democráticos das sondagens?)



Incluíndo a National Geographic
Vivemos individual e colectivamente numa eterna dicotomia lucro/partilha; ganância/altruísmo...em pequena escala talvez os impactos sejam reduzidos, agora extrapolados para a política e economia e grandes canais de divulgação de notícias, bem é o desastre. 

Falta reflectirmos como aprofundar a nossa representatividade na partilha do poder nacional. 


As decisões actualizadas quase ao minuto de milhões de decisões da net/das bolsas/dos mercados/ dos média darão tempo para essa focagem?

Alguns números do império empresarial:

38.799 milhões de dólares     valores dos activos
2. 539 milhões de dólares      lucros em 2010
150  é o nº de jornais controlados pelo grupo na Austrália

98% de lares que sintonizam os canais Fox
40% dos jornais do Reino Unido controlados pelo grupo
37 países onde tem interesse
14,5 milhões de britânicos que lêem jornais do grupo, por semana

5.423 milhões é o valor das receitas com a indústria cinematográfica
4. 350 milhões é o valor das receitas dos títulos da imprensa no mundo em 2010

sexta-feira, 15 de julho de 2011

Eco-anedota do dia

 Eu sugeria uma versão ainda mais rebelde, mais freak...para aqueles que são mesmo fanáticos por gravata e até reduzirão ainda mais a pegada ecológica...at your service, Madam



Agora a sério.
A RAN matem-se nos mesmos locais, embora muito danificada, a REN também, embora depauperada, o Mar geologicamente ainda pouco pode mudar, embora mal gerido. Porquê tantos anos estes ministérios mudarem com a mudança das gravatas políticas? 

Pavan Sukhdev: Coloquem um valor na natureza!


Todos os dias usamos materiais da Terra sem pensar e de graça. Mas se tivéssemos que pagar por seu valor real, isto nos faria mais cuidadosos sobre o que usamos e gastamos? Pense em Pavan Sukhdev como um banqueiro da natureza, que avalia as riquezas naturais da Terra e mensura valores para cada elemento natural. Nesta palestra do TED Global, ele apresenta gráficos reveladores que farão você pensar de uma forma diferente sobre o custo do ar, água, árvores e outros seres do planeta.

“Estou aqui para falar para vocês sobre a invisibilidade económica da natureza. A má notícia é que o setor de cobrança da Mãe Natureza ainda não funciona, então as faturas não são emitidas. Mas precisamos fazer algo sobre este problema”, diz o palestrante, que faz parte do projeto TEEB, criado em 2007 para medir o quanto de capital natural estava sendo perdido (na ordem de US$ 2 triliões a US$ 3 triliões) e o que pode ser feito para frear isso.

Ao longo da palestra, Sukhdev cita exemplos de invisibilidade económica da natureza, como as chuvas geradas pela floresta amazónica que mantêm a agricultura de países como Uruguai, Paraguai, Argentina e Brasil, sem receber nada em troca, ou ainda a polinização feita por insetos como as abelhas, responsável por 8% do total da produção agrícola mundial.

“A invisibilidade económica da natureza não pode continuar, porque incentivo e desincentivo económicos são muito poderosos. A economia tornou-se a moeda das políticas públicas. E a menos que tratemos dessa invisibilidade, teremos os resultados que nós vemos agora, que são a perda e degradação progressiva desse valioso bem natural”, diz Pavan Sukhdev.

Para o palestrante, essa falta de preocupação com os recursos naturais acontece por causa de uma inabilidade dos homens de perceber a diferença entre benefícios públicos e lucros privados. “Nós constantemente tendemos a ignorar a riqueza pública, simplesmente porque é uma riqueza comum, são bens comuns”, diz ao citar o exemplo de um mangue na Tailândia que, utilizado como fazenda da camarão valeria 16 vezes mais do que se mantido intacto. Porém, ao incluir os custos de recuperação da área degradada e benefícios naturais do mangue, a diferença é invertida para a casa dos 200%.

“Eu penso que a primeira coisa a fazer é reconhecer o capital natural. Basicamente, a matéria da vida é o capital natural, e precisamos reconhecer e criar isto em nossos sistemas. Quando medimos o PIB como índice de performance económica em nível nacional, não incluímos nossa maior riqueza em termos de país. Quando medimos performances corporativas, não incluímos nosso impacto na natureza e o que nosso negócio custa à sociedade. Isto tem que parar”, afirma Pavan Sukhdev.

quinta-feira, 14 de julho de 2011

A mercadorização da liberdade - já se aperceberam?

Sem Tempo para lamentações 
Estamos na era mais parva, estúpida e mais sociopata de sempre
 ~ No Time to Cry~




A internet é uma rede neurocerebral artificial. Dispõe de imensa informação mas está a ficar demasiado controleira por excesso de uma programação em escalada de pressupostos economicistas e contendo os mesmos vícios de forma e conteúdo dos modelos dos "programadores" que também são/estão subjugados aos "mercados", e entregamo-nos neste enorme faz de conta da "liberdade"...e se  insistirmos em colocarmos demasiado inputs financeiros e "marketing" e regulações económicas, meramente empresariais e sempre na tónica da Economia, caíremos na mercadorização da liberdade. Tudo do isto leva a um constrangimento e obstrução completa, terminando em nosso colapso e em arrasto do planeta. 

Regressando à minha ideia de que vivemos numa Neo-Idade Média.

Na Idade Média tínhamos as cruzadas, havia os eremitas, os mártires e a peste. Hoje temos a bíblia financeira, as cruzadas são os investidores que obtêm lucros astronómicos, derrubando civilizações ditas periféricas, os actuais eremitas serão os pontos de sustentabilidade (ecovilas, associações cívicas, correntes artísticas alternativas, naturismo, desobediência civil, novas comunidades: permacultores, food not bombs, wnbr , massa crítica), os crimes socioambientais de maior escala que os mártires de outras épocas (nunca antes vistos- estes investidores são autênticos sociopatas) e a peste traduz-se na actual e factual insegurança genética (aumentado a frequência de epidemias) causada pela artificialização das nossas condições de saúde e a perda da biodiversidade (causada pelas monoculturas de OGM, perda de  biodiversidade nas florestas tropicais e a sobrepesca). 

Desculpem recorrer um pouco a argumentos algo religiosos ou esotéricos, mas não averiguo outro argumento mais profundo. Estamos agora numa nova cruzada, precisamos de um empowerment (empoderamento) colectivo que derrube esta fascizante e decrépita bíblia da economia. 
Depois de um ar mais livre, veremos como progredir.

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Obra de Vladimir Dimitrov


Já que não posso viajar até à Bulgária, vem a Bulgária até a mim
Vladimir Dimitrov - Maistora (1882 - 1960), foi um pintor búlgaro, desenhista e professor. Ele é considerado um dos mais talentosos pintores do século 20 búlgaros e, provavelmente, o estilista mais notáveis ​​na pintura búlgara na era pós-Guerra Russo-Turca. Seus retratos e composições têm cor expressiva, idealista e alta qualidade da imagem e da força simbólica .

Vladimir Dimitrov nasceu em Frolosh, perto de Kyustendil e começou a sua carreira como balconista. Em 1903 ele matriculou-se na Escola de Desenho em Sofia, onde tinha sido chamado de Master (Maistora) pela primeira vez. Em 1922, ele conheceu o americano John Crane em Roma e vendeu-lhe muito do seu trabalho para os próximos anos.

Vladimir Dimitrov era um artista que incluiu cores vivas dentro de sua arte e hoje se considera sua obra um tipo fauvista mais do qe expressionista.

terça-feira, 12 de julho de 2011

Michel Serres- Abrir

Neste episódio, a revolução de Nicolau Copérnico, Galileu Galiei, Johannes Kepler e Isaac Newton: da hipótese geocêntrica à infinidade do Universo; a visão humana do cosmos.

UBUNTU - No ano internacional do Voluntariado, gosto da ideia base- diálogo intergeracional

"Ubuntu" é de origem Sul-africana.

"Uma pessoa com Ubuntu está aberta e disponível aos outros, assegurada pelos outros, não sente intimidada que os outros sejam capazes e bons, para ele ou ela ter própria auto-confiança que vem do conhecimento que ele ou ela tem o seu próprio lugar no grande todo" - Arcebispo Desmond Tutu em Nenhum Futuro Sem Perdão (No Future Without Forgiveness)



Critica-se muito a geração poder das flores (flower power) e Maio 68.
Pois a geração flower power conseguiu muitas coisas boas: o crescimento da consciência verde e que o ambiente é necessário na equação económica-política (surgimento de partidos Os Verdes), a emancipação da mulher em definitivo, o planeamento familiar, cuidados maternais e infantis, o aparecimento e crescimento de muitas organizações ambientais (Greenpeace, WWF, Friends of Earth, Quercus) e a própria consciência europeia (ampliação da UE, projectos Comenius e Erasmus). "Culpo" mais a era 90, a era do yuppie (juventude rapidamente rica, birrenta e mimada) do sobre-endividamento familiar, estatal e privado, os anos da proliferação da globalização e do dinheiro tóxico e finalmente uma ideia colectiva de HIPERMODERNIDADE 
No entanto, devido a esta crise a vários níveis, mais do que atirar "pedras" e fazermos mais "barulho" e "violência" de discursos,devemos dizer UBUNTU- significa: "Sou quem sou, porque somos todos nós!"
Atentem para o detalhe: porque SOMOS, não pelo que temos... 

Como diz um bom amigo meu José Gomes 
Peço à Vida para me dar amanhã, aquilo que eu hoje quero para os outros. É solução para todos os problemas pessoais e sociais. É entender O SENTIDO DA VIDA.É a Nova Era, o Novo Mundo. Era assim no Princípio.

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Números do Financial Secrecy Index - as empresas de notação são apenas um dos prismas


2009 Results 
Download: PDF | Excel

Secrecy Jurisdiction Opacity Score Global Scale Weight Opacity Component Value Financial Secrecy Index Value Financial Secrecy Index Rank
USA (Delaware) 92 0.17767 84.6 1503.80 1
Luxembourg 87 0.14890 75.7 1127.02 2
Switzerland 100 0.05134 100.0 513.40 3
Cayman Islands 92 0.04767 84.6 403.48 4
United Kingdom (City of London) 42 0.19716 17.6 347.79 5
Ireland  62 0.03739 38.4 143.73 6
Bermuda 92 0.01445 84.6 122.30 7
Singapore 79 0.01752 62.4 109.34 8
Belgium 73 0.01475 53.3 78.60 9
Hong Kong 62 0.01986 38.4 76.34 10
Jersey 87 0.01007 75.7 76.22 11
Austria 91 0.00511 82.8 42.32 12
Guernsey 79 0.00580 62.4 36.20 13
Bahrain 92 0.00278 84.6 23.53 14
Netherlands 58 0.00689 33.6 23.18 15
British Virgin Islands 92 0.00177 84.6 14.98 16
Portugal (Madeira) 92 0.00146 84.6 12.36 17
Cyprus 75 0.00206 56.3 11.59 18
Panama 92 0.00128 84.6 10.83 19
Israel 90 0.00128 81.0 10.37 20
Malta 83 0.00126 68.9 8.68 21
Hungary 75 0.00136 56.3 7.65 22
Malaysia (Labuan) 100 0.00072 100.0 7.20 23
Isle of Man 83 0.00084 68.9 5.79 24
Philippines 83 0.00074 68.9 5.10 25
Latvia 75 0.00073 56.3 4.11 26
Lebanon 91 0.00032 82.8 2.65 27
Barbados 100 0.00026 100.0 2.60 28
Macao 87 0.00025 75.7 1.89 29
Uruguay 87 0.00024 75.7 1.82 30
United Arab Emirates (Dubai) 92 0.00018 84.6 1.52 31
Mauritius 96 0.00013 92.2 1.20 32
Bahamas 100 0.00011 100.0 1.10 33
Costa Rica 92 0.00006 84.6 0.51 34
Vanuatu 100 0.00005 100.0 0.50 35
Aruba 83 0.00004 68.9 0.28 36
Belize 100 0.00002 100.0 0.20 37
Netherlands Antilles 75 0.00002 56.3 0.11 38
Brunei* 100 0.00001 100.0 0.10 joint 39
Dominica* 100 0.00001 100.0 0.10 joint 39
Samoa* 100 0.00001 100.0 0.10 joint 39
Seychelles* 100 0.00001 100.0 0.10 joint 39
St Lucia* 100 0.00001 100.0 0.10 joint 39
St Vincent & Grenadines* 100 0.00001 100.0 0.10 joint 39
Turks & Caicos Islands* 100 0.00001 100.0 0.10 joint 39
Antigua & Barbuda* 92 0.00001 84.6 0.08 joint 46
Cook Islands* 92 0.00001 84.6 0.08 joint 46
Gibraltar* 92 0.00001 84.6 0.08 joint 46
Grenada* 92 0.00001 84.6 0.08 joint 46
Marshall Islands* 92 0.00001 84.6 0.08 joint 46
Nauru* 92 0.00001 84.6 0.08 joint 46
St Kitts & Nevis* 92 0.00001 84.6 0.08 joint 46
US Virgin Islands* 92 0.00001 84.6 0.08 joint 46
Liberia* 90 0.00001 81.0 0.08 54
Liechtenstein* 87 0.00001 75.7 0.08 joint 55
Anguilla* 87 0.00001 75.7 0.08 joint 55
Andorra* 83 0.00001 68.9 0.07 57
Maldives* 80 0.00001 64.0 0.06 58
Montserrat* 79 0.00001 62.4 0.06 59
Monaco* 67 0.00001 44.9 0.04 60
*   Jurisdictions marked with an asterix are ranked according to their opacity score.
O segredo bancário no mundo- escandaloso!

::>Total de empresas registadas numa moradia em Luxemburgo (paraíso fiscal): 19 mil
::>(quase ao lado de Haiti) Total de empresas registadas nas Bristish Virgin Islands: 813.516
 ::>50% do comércio mundial passa pelos paraísos fiscais (dados da ATTAC)
::>1 bilião de dólares ao ano, é o valor de perda de receita fiscal dos países da OCDE
por causa dos paraísos fiscais
::> 11.5 biliões de dólares é o montante transferido para off-shores pelos homens mais ricos do mundo

Saiba mais em
Financial Secrecy Index  que denuncia não apenas os paraísos fiscais mas também as "jurisdições de segredo", um conceito alargado para incluir não apenas os países com forte sigilo bancário, como a Suíça, mas também aqueles que como o Reino Unido, EUA, Irlanda (sim! em 6º)  e em  e Portugal, na Madeira (17º- vergonha!!!) apresentam buracos legislativos que permitem a evasão fiscal e a opacidade dos seus sujeitos activos (adaptado de Visão, 7 Julho 2011).


sábado, 9 de julho de 2011

Michel Serres- Descobrir

Neste episódio, os grandes descobrimentos marítimos; a história de Marco Polo, Fernão de Magalhães, James Cook e outros viajantes.

Música do BioTerra: The Clash- Complete Control


The Clash- Complete Control

The Clash - Oficial
The Clash- Youtube
"Better the occasional fault of a government that lives in a spirit of charity, than the consistent omissions of a government frozen in the ice of its own indifference" -- FDR, 1940.

Dear American Middle Class:
There is an insidious fantasy afoot in this country that you, the middle class, somehow do not have the right to make the government further your ends.
You do not need statistics or fancy analysis to know that you struggle just to maintain your standard of living, to educate your children, to afford decent healthcare and to enjoy a dignified retirement. You know from experience how that struggle was made far more difficult by the disastrous Bush administration, and the challenge it has been first to halt, then stabilize, and then slowly reverse that trend.
For nearly 40 years the right-wing has told you that it is illegitimate for you to use government to ease your struggles and improve your lives. You have been told that taxing the wealthy, or regulating industries and markets, threatens your job, and that you have no right to do it. You have been told that America can only have limited, small government and that any suggestion to extend its activities into any other sphere of economic activity is illegitimate. You have been told that taxing the top 1% of estates is a "death tax". You have been told that regulating industry to ensure safety of the air you breathe, the water you drink, the food you eat, your children's toys, the cars you drive, the buildings you live and work in, the drugs you are prescribed, and so forth, kill jobs, and that you have no right to do it. You have been told that the government providing a secure old-age pension, medical care when you become elderly, medical care for veterans and the poor, and nursing-home care when you need it are "foreign", "socialist", "european" policies alien to America's traditions. You have even been told that the First Lady championing obesity prevention is the "nanny state".
Yet, the very same people who have been telling you all that have used that very same government to transfer enormous wealth to themselves, to design trade deals that undermine your wages, to subsidize themselves for shipping your jobs overseas, to eliminate regulations that had prevented major financial collapses for half a century, to cut their own taxes, to establish loopholes that allow enormously profitable corporations to escape taxes, to delay or stop enforcing regulations, to reduce competition by approving mergers of gigantic corporations, to eliminate city and county elected officials, to abrogate contracts, and so forth. They have also enlarged the scope of government intervention in your private lives, telling women what they can and cannot do with their bodies, even forcing physicians to read scientifically false information to pregnant women.
They engaged in voter intimidation, invented stories about 'voter fraud', enacted measures making it more difficult to register to vote, and, for good measure, they captured the judiciary, having them overturn a century of precedent so that corporations can use unlimited resources to buy our elections. They have told you that corporations are amoral, existing only for their shareholders, and yet that they are persons that have to right to influence our elections.
When reality caught up with their fantasies and lies, and their system imploded, did they depend on the rugged individualism they insist you rely upon regardless of the consequences to you and your family to dig themselves out of the mess they created? Of course not! They rushed on bended Armani-suited knees to the same government they tell you that you cannot use to shore up your security or improve your lives, to bailout their jobs, their enterprises, and to do it with your money. They then used this period of enormous insecurity to consolidate their power even further, and to make you pay for the calamity they visited upon you.
The right-wing strategy is clear. Weaken the middle class, destroy your organizing ability, intimidate and disenfranchise voters, and, most insidiously, convince you that it is wrong and illegitimate even to attempt to use your one strength - numbers - to make government work for you.
Don't buy it.
You, the American middle class, have just as much right to take the reins of power and make government work for your interests as the right-wing has so successfully done for theirs. There is nothing wrong, foreign, un-American or illegitimate about it.
Indeed, it is perfectly right. It is what our system of government was designed to do. Listen to the reasons the Founders fashioned the Constitution: "to establish justice", "to provide for a common defense", "to promote the general welfare", from the Preamble to the Constitution.
Here are some things you can have government do for you to make life better for yourselves, your children and your grandchildren. Donate your time and money to, and vote ONLY for, people who will:
1. Raise tax revenues from the wealthy to reduce debt, invest in the future;
2. Make corporations pay their fair share of taxes;
3. End loopholes that subsidize shipping jobs overseas;
4. Cut spending: create jobs, reduce healthcare inflation, reduce military spending.
5. Preserve social security;
6. Support a public option and/or medicare-for-all for healthcare;
7. Maintain Medicare as a guaranteed benefit for the elderly;
8. Invest in clean, domestically-produced energy;
9. Invest in upgrading/modernizing roads, bridges, rail, electric grid, and so forth;
10. Support a Constitutional Amendment declaring corporations are not people, and money is not speech;
11. Impose increasingly higher percentage capital requirements on banks as they become larger;
12. Impose a financial transactions' tax;
13. Invest in your children;
14. Preserve and enlarge our National Parks, "America's greatest idea".
You have every right to do this. And, more. You can follow Donald Trump's idea to tax accumulated wealth over $10M, and reduce the national debt that is causing so much apoplexy by 50% in a single stroke.
But, how?
First, and most importantly, you need to exorcise any vestige of doubt that you have the absolute right to do this. It is in the Constitution. There is nothing illegitimate, nothing wrong, nothing un-American, nothing foreign, nothing mean-spirited, in asserting your rights and power. You are not a wimp, a wuss, or a weakling for doing it. In fact, you are all of those if you do not. Anyone would do the same for their family.
Second, ignore any claims or suggestions that you have no such right. Do not waste your mental or emotional energies defending your right to make the government work for you.
Third, when they tell you that "it is not really in your interests" to do something that seems, logically, in your interests, ignore them. They are not in the least interested in you. Never forget the words of Republican Governor Arnold Schwarzeneggar:
"Does anyone really believe that these companies, out of the goodness of their black oil hearts, are spending millions and millions of dollars to protect jobs?...They are blatantly trying to manipulate the will of the people and the public good... Their motivation is self-serving greed".
This same concept applies to insurance companies that oppose the public option (or medicare-for-all), manufacturing companies that support subsidizing moving jobs overseas, or the maintenance of tax havens, and so forth. Fourth, when you are bombarded with "information" purporting to predict indirect consequences, just support direct, straightforward actions that will help you. Remember, Ronald Reagan predictions about the dire future for America under Medicare:
The doctor begins to lose freedom... So a doctor decides he wants to practice in one town and the government has to say to him, you can't live in that town. You have to go someplace else. And from here it's only a short step to dictating where he will go... All of us can see what happens once you establish the precedent that the government can determine a man's working place and his working methods, determine his employment. From here it's a short step to all the rest of socialism, to determining his pay. And pretty soon your son won't decide, when he's in school, where he will go or what he will do for a living. He will wait for the government to tell him where he will go to work and what he will do.
For example, Medicare is a direct, straightforward program -- if you are over 65, you are guaranteed health care. Period. End of story. The American people ignored Ronald Reagan's nonsense about indirect consequences, had Medicare enacted and have enjoyed its benefits ever since. [Years later, Reagan denied opposing Medicare].
Same with social security. It is a guaranteed payment. When you reach retirement age, you get it.
Raising taxes on the wealthy increases revenues to the government, reduces deficits, enables investments. Direct, straightforward. If they try to skirt the law, nail them.
Investing in clean, domestically produced energy means people have to be employed to produce it, here at home. No overseas nonsense. Right here, in your America. And, if they tell you that if you scrap oil subsidies, you have to get rid of the others, you answer: "when solar, wind, biofuels, wave-generated electricity have had subsidies for 75 years like the oil companies have had, come talk to us".
Fifth, when they tell you that "government doesn't know how to do X or Y", say, "sure, government makes mistakes, but so does every other human institution, and at least it is trying to help the middle class". Consider your situation for the last several decades. Government that supported your interests was mercilessly attacked. The only reason your air is clean, or water remains pure, or drugs remain safe and effective, or food is safe, is that regulations and agencies already on the books were not so readily dislodged. And, the government spawned the internet, contained the bird flu, pushed the frontiers of science forward in multiple fields that spawned innovation.
But, with the war on your right to have government fulfill your interests, your income remained stagnant, or you lost your job. Healthcare costs skyrocketed, and you may have been denied coverage. The value of your home, your major asset, evaporated -- assuming you are still in it. Your retirement funds, other than social security, were wiped out. As the character Elaine said in response to Seinfeld's comment that getting married would be a big change for her, "Jerry, it's 2:30 in the morning, I'm at a cock fight. What am I hanging on to?".
Lastly, recognize that you are all in this together, that your strength is in numbers. Do not let them pit one group against another. Small farmers and urban workers, shopkeepers and public employees, your interests are aligned. When Scott Walker (R-WI) lies to you that public employees' salaries or benefits are higher than yours, do not even bother refuting it -- instead, join together to increase yours.
You have every right to make government work for you. Do it.