segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Os puzzles

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Temos hipóteses de construir outros puzzles mais envolventes e amigos do nosso planeta e da nossa sobrevivência. A ideia mais derrubadora/desconstruidora do puzzle neoliberal é exactamente pegando na ideia do puzzle. A agrotecnologia intensiva, os transgénicos, a pesca intensiva, os biocombustíveis, a nanotecnologia e o nuclear estão dentro de um puzzle gigante que se revela INsustentável e perigosamente auto-destrutivo, uma vez que para lá dos lucros (=poder=tirania) das corporações, a subsidiarização estatal "mantem" todo a artificialismo e (pseudo) virtuosidades económicas dos países do G8/G20 e retira/oprime os países (=populações) cada vez mais pobres e dependentes e "cultiva" toda a mentalidade do desperdício/consumismo que só entra nesse puzzle!!!
Tentemos colocar os transgénicos numa agricultura amiga do solo, da biodiversidade, da eficiência hídrica e energética??? Não dá mais, não é? A peça não encaixa de forma nenhuma!
Nos EUA tentam "penetrar" mansamente por via "legal": são alimentos orgânicos todos os que contêm até 5% de  transgénicos na sua composição (?!) (ler aqui)
Tentemos colocar o nuclear num puzzle onde é aceite princípios da eficiência energética, eficiência hídrica, menos poluição, planeamento das redes de acesso à energia, liberdade local de obtenção de fontes de energia mais amigas do ambiente....esta peça não encaixa...e perde significado....
Coloquemos a tónica no acesso e não na produção (alimentos, energia, água, ar, solo, etc) e verificam que o puzzle actual ainda é mais injusto, fonte de desperdícios tremendos e criador de uma "felicidade" humana artificial, menos prolongada e pouco inteligente (= parva). Há tecnologias humanas bem eficientes em relação à Natureza, outras são um complemento (=auxilares)...mas há que apresentar outros puzzles.
O puzzle das corporações não serve mais.Mesmo a riqueza produtiva de ciência ficará muito pobre, pois a diversidade de sementes, de espécies marinhas, espécies cinegéticas, etc estará condenada a um pensamento único, e tão frágil como o pseudo-ecossistema por nós criado.
Os meus alunos VERIFICAM rapidamente quais as melhores opções.
Tal como estes jovens cidadãos, pais (quiçá), creio que os meus leitores não vão desejar mais este modelo de DES-envolvimento.




1.De 1983 até 2007, de acordo com um estudo realizado pelo sociólogo William G. Dumhoff, a distribuição do património líquido entre o quintil mais rico (20%) da população e os outros quatro quintos combinado (80%), passou de 81,3% da riqueza detida por primeiro quintil para 85,1 por cento da riqueza. No mesmo período, o fundo (80%) caiu de 18,7% da riqueza para 15%.


1 comentário:

Cristina Paulo disse...

João, antes de mais bom 2011! Partilhei no facebook. tenho que colocar a leitura em dia :)
Beijinhos