sexta-feira, 17 de novembro de 2006

GBIF - Colecções biológicas ainda sem base de dados


Wokshop Dados da rede GBIF: o protocolo DiGIR

O ano de 2007 pode dar à diversidade biológica portuguesa um portal na Internet, onde os espécimes possam ser consultados, sem custos, por todos. Actualmente, das 94 colecções registadas - com um total de 2,4 milhões espécimes - apenas dez por cento dos registos estão em bases de dados.

A ideia partiu da OCDE (Organização de Cooperação e Desenvolvimento Económico) para eliminar um obstáculo à conservação da natureza: a falta de informação. Mas também para facilitar a vida a um turista com férias marcadas para o Peru e que queira saber que espécies lá pode encontrar.

Em Portugal, o GBIF (Global Biodiversity Information Facility) está a dar os primeiros passos. O plano de acção - para organizar, manter e ampliar uma rede de informação sobre diversidade biológica - aguarda "luz verde" do Ministério da Ciência.

Já existe um protótipo em funcionamento, diz Fernanda Souto-Sepúlveda, ponto de contacto do GBIF, do Gabinete de Relações Internacionais da Ciência e do Ensino Superior. O protótipo tem uma colecção de botânica do Museu Nacional de História Natural e outra de algas da Universidade de Coimbra. Mas "há muitos mais dados em Portugal que podem ser disponibilizados" através da bioinformática, comenta Fernanda Souto-Sepúlveda.

Segundo o inquérito Biocase, realizado no Verão de 2006, nas 94 colecções registadas - com um total de 2,4 milhões espécimes - apenas dez por cento dos registos estão em bases de dados. E a maioria das colecções tem menos de 50 por cento dos registos digitalizados.

O plano de acção, a cinco anos, prevê a criação de um portal bilingue na Internet que permita a consulta tanto ao cientista como ao cidadão comum. Lá serão encontrados dados sobre o espécime, incluindo uma fotografia e o local onde foi encontrado. O portal estará ligado à plataforma internacional de pesquisa de dados da GBIF.
(Fonte Público)


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